Chávez e Correa: nada menos bolivariano.

Hugo Chávez e Rafael Correa fazem o seu discurso político em cima do ideal de uma Gran Colômbia, sonho perseguido até a morte pelo Grande Libertador Simón Bolívar. Se efetivamente sonhassem com esta grande nação unificada, não haveria motivos para que ambos causasssem tanta celeuma com a invasão ocasional da fronteira do Equador, promovida pela Colômbia, na busca de narcoterroristas seqüestradores. Afinal de contas, fronteiras pouco importam nesta visão de uma Gran Colômbia. Deveriam saudar o episódio como um passo adiante na busca da unificação e não como uma agressão. Na verdade, as lutas do Grande Libertador Simón Bolívar estão sendo usadas para fins escusos e como pano de fundo para um projeto de poder que não cabe no ideário bolivariano. Ao contrário de uma cruzada pela liberdade, Chávez e Correa inspiram-se nas FARC, pretendendo tornar os povos equatoriano e venezuelano reféns dos seus projetos ditatoriais, onde não existe democracia, liberdade de imprensa, prática política e garantias individuais. Nada mais distante de Bolívar, cuja luta começou com o seguinte juramento:

"Eu não reconhecerei por governantes legítimos de minha Pátria senão aos eleitos pela livre e espontânea vontade do povo; e sendo o sistema republicano o mais aceitável à Governação das Américas, empregarei todos os meios que estejam ao meu alcance para o fazer admitir a seus habitantes".

Para conhecer, sob outra perspectiva, a vida, a luta e a verdadeira obra do Libertador Simón Bolívar, ler aqui e aqui.