Brasil pode virar uma imensa CPI.

Depois da Petrobras, os parlamentares querem investigar os empréstimos secretos do BNDES e as empresas do setor elétrico pois, ao que tudo indicado, o PT e seus sequazes espalharam corrupção e roubo por todo o setor público. É o caso dos fundos de pensão, onde propinas eram pagas para que o dinheiro dos funcionários públicos fosse aplicado em títulos podres. A matéria a seguir é do Estadão.

Em meio à relação conturbada com o Congresso Nacional, o governo vai ter de evitar outro conflito: a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos fundos de pensão de estatais direcionada a apurar irregularidades na Previ, do Banco do Brasil; na Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal; na Petros, da Petrobrás; e no Postalis, dos Correios. Os três últimos somam déficits bilionários.

Até esta segunda-feira, a oposição já contava com 113 das 171 assinaturas necessárias para investigar indícios de aplicação incorreta dos recursos e manipulação na gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos que provocaram “prejuízos vultosos” entre 2003 e 2015.

O Estado revelou nesta segunda-feira que somente o Postalis tem um déficit de R$ 5,6 bilhões, que será equacionado pelos participantes do fundo de pensão e pela patrocinadora. Os aposentados e pensionistas terão cortes nos contracheques de 25,98%. Por exemplo, quem recebe o benefício de R$ 10 mil, terá R$ 2.598 a menos no final do mês por causa do corte. Já os funcionários da ativa terão redução nos salários que, no limite, pode chegar a esse porcentual. Os Correios esclareceram, em nota, que 71.154 funcionários da ativa terão descontados de 1,71% a 24,28% dos proventos. Isso porque o porcentual depende do valor benefício contratado no planos.

Os cortes nos contracheques dos aposentados e do pessoal da ativa começam a valer em abril deste ano e ocorrerão por 15 anos e meio. O déficit será reavaliado a cada ano a partir do retorno dos investimentos e da expectativa de vida dos participantes. Funcionários dos Correios que terão os salários impactados tentam reverter a decisão do conselho deliberativo do Postalis na Justiça e ameaçam paralisar os trabalhos.

No Congresso, parlamentares da oposição ingressaram com requerimentos para convocar o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, para prestar esclarecimentos sobre o rombo e a divisão do prejuízo do Postalis com os trabalhadores. “É inaceitável que o funcionário dos Correios pague pela gestão fraudulenta do Postalis”, justificou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). “O aparelhamento político dos fundos de previdência complementar, associado aos prejuízos bilionários, deve ser investigado com a máxima urgência”, complementou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR).

Investimentos. A nova diretoria financeira do Postalis tenta reverter o rombo bilionário da fundação adotando uma política de investimento mais conservadora, que permita maior liquidez das aplicações. No fim de 2013, as aplicações em títulos públicos eram de apenas R$ 30 milhões. Agora, o Postalis tenta aumentar a participação desses papéis, aproveitando o momento de juros básicos da economia e inflação em elevação.

Fontes do Postalis disseram que, em anos anteriores, os investimentos eram decididos sem nenhum tipo de respaldo técnico. O déficit de R$ 5,6 bilhões engloba os rombos dos anos anteriores e a dívida de R$ 1,1 bilhão dos Correios (que está sendo cobrada na Justiça). Entre as principais baixas de aplicações estão dois investimentos polêmicos.

Entre 2006 e 2009, foram direcionados R$ 422 milhões em três empresas de energia: a Raesa (Rio Amazonas Energia) e a New Energy, além da Multiner. O Postalis teve de baixar no balanço prejuízo de R$ 342 milhões com esses investimentos.

Sem cortes. Os Correios divulgaram nota nesta segunda-feira na qual esclarecem que a solução para o déficit de um dos planos do Postalis com os funcionários da ativa, aposentados e pensionistas está amparada na lei de previdência complementar. “Pela lei de previdência complementar, os fundos de pensão são obrigados a promover essa medida. Os Correios, como patrocinadores do plano, contribuirão de forma paritária, conforme previsto na legislação.”

Segundo a nota dos Correios, não procede a informação da reportagem do ‘Estado’ de que cada servidor pagará 25,9% do salário para cobrir o déficit do fundo. Os Correios informam que o impacto médio sobre os salários dos funcionários da ativa será de 3,88%. A estatal não informou na nota, mas os aposentados e pensionistas terão cortes de 25,98% nos benefícios.

13 comentários

Muy buenas Coronel.
Se tirarem a tampa do BNDS, ( Banco Nacional da Desídia Social), a coisa vai feder e muito.
Fora PT, Fora Dilma, Fora Lula.
Dia 12, todos para a rua.

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Caramba, é muita roubalheira. Já passa da hora de investigar todos os fundos de pensão, seus assistidos tem esperneado contra essas aplicações duvidosas, cadê a PREVIC?????

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Coronel,
com toda certeza o Petrolão é fichinha junto ao BNDES.

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Só tem um detalhe IMPORTANTÍSSIMO:
Pelo andar da 'carruagem já lotada' de bandidos achacadores, os ladrões protagonistas dessas novas operações "pega ladrão" anunciadas, até que se inicie a prisão desses marginais, eles vão ter muuuuuuito tempo para limpar o local do crime, o que vai dificultar incriminar os culpados.

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Vai que é sua, durval ângelo! Se alguém não se lembra, é o petralha que, num vídeo que ficou famoso, elogia o papel da ECT na sujíssima campanha de dilmente em Minas. Confissão mais escancarada não há. Tomara que os carteiros tenham aprendido a lição.

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A coisa esta' cada vez mais preta para este governo. E quando chegar ao petros, entao, tudo indica que a vaca vai tossir mais ainda.Como estao se sentindo os funcionarios defensores do partido do atraso, o pt?

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Pois é, o melhor é criar uma lei que extradite essas pessoas incluindo os recém chegados de fora que vieram para apoiá-los, já que no Brasil não há pena de morte.

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Coronel, que venha logo o "BRASILÃO"!

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O pior é que ainda vai sobrar (como sempre) para os menos assistidos que vão invariavelmente e irremediavelmente arcar com esta roubalheira perpetrada pela corja petraalha.
Que se fú os postálicos, cefálicos, e outros fundos de pensões que nestes 12
anos foram usados pelos petralhas para se locupletar.

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humm... deixa eu ver se eu entendi!

eLLes faliram o postalis, e ao invés de serem presos e devolverem o dinheiro do fundo, os prejudicados é que vão arcar com o prejuízo.

Chame a AGU! Oh wait! Aposentado não é terrorista italiano!

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Vai que é tua oposição!

Vamos infernizar a vida deLLes com a verdade! ELLes odeiam!

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Ainda falta um CPI para propagandas (a do Fies feita usando Prezi foi de matar), das loterias, dos bancos públicos e privados, da minha casa minha vida.... Enfim a lista é bem grande! Mas para você vê como é a cabeça deles e que eles não estão nem aí em jogar a gente de volta para o passado eu vi uma apresentadora dar os prejuízos de um desastre natural em dólares! Me lembrou minha infância nos anos 90! Essa mesma disse que a culpa da desestabilização econômica do país foi a crise de 2009!Não sei se é socialista, mas tem chegando perto!

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Os Correios informam que o impacto médio sobre os salários dos funcionários da ativa será de 3,88% mas os aposentados e pensionistas terão cortes de 25,98% nos benefícios. Isso é covardia da pior espécie! Justamente os aposentados, os mais velhos que não tem mais a pressão das greves para reagir é que serão os maiores penalizados... Muito triste essa incapacidade para se colocar no lugar dos outros. Não sabem o quanto o idoso gasta com a saúde e que a grande maioria não tem nenhum plano de saúde, por falta de dinheiro?
Enquanto isso, dilma não cogita cortar nenhum dos seus ministérios inúteis que só servem como cabide de emprego para os apadrinhados indicados pelo pt e corja alugada. Deveria cortar todos os inúteis, pelo menos a metade, e o número dos restantes (20) ainda seria excessivo.
Por isso, aposentados, compareçam em peso nas manifestações do dia 12 abril de 2015. Venham de cadeira de rodas, bengala ou amparados por familiares. Não fiquem em casa parados.

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