Pedagogia da corrupção: outro amigo de Chalita envolvido.

Um amigo do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) que ele indicou para assessorar a diretoria da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) foi sócio de uma empresa que tinha interesse em fazer negócios com o governo estadual.
 
Alexandre Eduardo de Freitas, um professor de educação física que era diretor da academia de ginástica que Chalita frequentava, trabalhou no governo durante pouco mais de um ano, de abril de 2004 a junho de 2005, quando Chalita era o secretário estadual da Educação. Freitas foi assessor da diretoria executiva da FDE e ganhava R$ 10,6 mil por mês. Seis meses depois de sua saída, a fundação contratou por R$ 2,45 milhões, e sem licitação, uma empresa da qual Freitas tinha sido sócio até recentemente, a EAB (Editoras Associadas do Brasil), para fornecer software educativo.
 
Freitas ajudou a fundar essa empresa em 2003 e deixou de ser sócio em janeiro de 2005, quando faltavam poucos meses para ele deixar o governo estadual e o contrato milionário da fundação com a empresa ser assinado. A editora foi criada pelo empresário Chaim Zaher, que na época era dono do grupo educacional COC e agora está sob investigação do Ministério Público de São Paulo sob suspeita de ter pago despesas pessoais de Chalita no período em que ele foi secretário, entre 2002 e 2006.
 
O deputado é alvo de 11 inquéritos abertos a partir de depoimentos do analista de sistemas Roberto Grobman, que foi sócio de outra empresa ligada ao COC e diz ter atuado como assessor informal de Chalita na Secretaria da Educação. O deputado nega ter indicado Freitas para favorecer negócios privados.
 
Freitas manteve um pé no governo e outro na iniciativa privada durante nove dos 14 meses em que trabalhou na FDE. Grobman disse ao Ministério Público que ele frequentava o apartamento de Chalita e também trabalhou como seu "personal trainer", o que o deputado nega. O professor de educação física morou em outro apartamento que pertenceu a Chalita, e o indicou como seu endereço residencial na documentação de abertura da EAB. O deputado vendeu esse imóvel em maio de 2004.
 
Além do amigo de Chalita, a EAB tinha outros três sócios: um executivo do COC, a mulher de outro diretor do grupo e Adilson Durante Filho, um colaborador do então deputado estadual Paulo Barbosa (PSDB), que foi o número dois de Chalita na Secretaria da Educação e atualmente é o prefeito de Santos.(Folha de São Paulo)

7 comentários

Nenhuma surpresa Coronel!

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Balaio de "siri"...pegaram o Chalita...a penca est vindo junto...aos poucos....ahahahah. Quero novidade.

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Rapaz a reportagem da FOLHA não cita o NOME do GOVERNADOR Alckmin uma só vez, mas como se o CHALITA era homem de confiança do Alckmin? Como sempre a reportagem da FOLHA não deixa claro quem era e quem é o CHALITA.

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Cel
Nos ilícitos cometidos por Chalita sempre aparecem homens ou com chave de seu aptº ou usando um outro aptº. Será que ele é???????ou parece mas não é?
Esther

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Coronel, querido

Demorou prá chegarem no personal que até as pedras do calçamento das ruas sabiam. Como bem lembrou uma querida colega, cadê o jornalismo investigativo que não coloca tudo? Mas tudo mesmo.

Quanto ao Alckmin, prezado senhor que falou dele, o Chalita saiu do governo Alckmin faz tempo. Saiu do PSDB faz tempo e hoje está na base allugada como tantos outros.

Beijo, Coronel

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As estripulias do CHALITA foram feitas justamente quando ele era secretario de educação do ALCKMIN, 2002 a 2006. Pelo “DOMINIO do FATO” o Sr° governador também nos deve explicação.

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Toda vez que leio esse tipo de notícia fico me perguntando se honestidade é a primeira qualidade humana a entrar em extinção. Só isso explica a quantidade de patifarias que fazem os nossos políticos desocupados. Um absurdo.

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