Bendito molotov.

Nada melhor para um ex-presidente investigado por tráfico de influência internacional, usando o BNDES como suporte, do que ser alvo de uma "bomba". Dá para dizer que é mais um golpe da direita reacionária, mobilizar a militância, criar um factóide às vésperas das revistas semanais que devem trazer novas revelações espúrias sobre a famíglia Lula. 

Segundo o Estadão, o Instituto Lula informou nesta sexta-feira, 31, que foi alvo de um ‘ataque político’. Em nota, a Assessoria de Imprensa do Instituto destacou que um ‘artefato explosivo’ foi arremessado contra o seu prédio-sede. O objeto foi atirado de um carro. O ataque, segundo o Instituto, ocorreu por volta de 22 horas desta quinta, 30. Ninguém ficou ferido.

A Secretaria de Segurança Pública confirmou que ‘uma pequena bomba de fabricação caseira foi lançada no Instituto Lula’. O fato está sendo investigado.

Dilma, 5 anos de crimes contra o Brasil.

O TCU já investiga, além das pedaladas do primeiro e criminoso mandato de Dilma Rousseff, a repetição da prática em 2015. A dívida do governo para com a o BB e a Caixa já aumentou em mais de R$ 2 bilhões neste ano. É um círculo vicioso. Dilma não consegue governar sem usar as pedaladas fiscais, um crime passível de impeachment. Já são cinco anos de crimes e finalmente o TCU e o Congresso Nacional tem a oportunidade de dar um basta nisso, reprovando as contas da presidente e abrindo um processo de impeachment para colocar o Brasil nos eixos. Leia, abaixo, artigo de Rogério Werneck , doutor em Economia por Harvard, publicado no Estadão, intitulado "Dilma no Tribunal de Contas".

Há poucos meses, ao se dar conta das reais proporções da devastação fiscal ocorrida no primeiro mandato da presidente Dilma, o País foi levado a crer que os danos poderiam ser reparados num par de anos. Submetido a novo choque de realidade, contudo, constata agora que os desdobramentos da devastação fiscal deverão ser muito mais custosos e prolongados do que supunha.

No embate que se travou dentro do governo, prevaleceu, como se temia, a ideia de um ajuste fiscal bem menos ambicioso do que o que fora prometido. Como isso deverá implicar elevação persistente e substancial da dívida pública como proporção do PIB, é bem provável que o País perca o grau de investimento. E que tenha de enfrentar condições muito mais adversas para reconstruir a economia e retomar o crescimento.

É nesse clima de desalento com as perspectivas da economia e de indignação com as enormes dificuldades de reparar os danos da devastação fiscal dos últimos quatro anos que as contas de 2014 da presidente Dilma deverão ser apreciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, em seguida, pelo Congresso.

Os problemas que a presidente vem enfrentando no TCU decorrem, em boa medida, de lambanças cometidas no calor da campanha eleitoral, para dissimular, a qualquer custo, a gravidade da deterioração das contas públicas. Tendo deixado de repassar às instituições financeiras federais recursos suficientes para bancar as transferências governamentais pagas por essas instituições, o Tesouro apelou para as chamadas pedaladas fiscais. Para não sustar os pagamentos das transferências, permitiu-se “entrar no cheque especial”, ou seja, contrair dívida com as instituições financeiras que controla, o que é estritamente vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

As pedaladas fizeram parte de uma operação de dissimulação mais ampla, cuidadosamente concertada. Em agosto de 2014, enquanto o ministro Guido Mantega continuava reiterando o compromisso do governo com a meta de superávit primário de 1,9% do PIB, dirigentes das instituições financeiras federais já não escondiam sua preocupação com os montantes dos saldos em vermelho nas contas do Tesouro ('Folha de S.Paulo', 17 e 22/8/2014). 

A farsa seria mantida por dois meses mais. Às vésperas do primeiro turno, o então secretário do Tesouro, Arno Augustin, “muito satisfeito” com a “bem-sucedida” política fiscal, continuava asseverando que a meta de 1,9% do PIB ainda seria cumprida ('Estado', 1.º/10/2014).

Reeleita a presidente Dilma, em segundo turno, a desatinada operação de dissimulação pôde, afinal, ser desmontada. O que se seguiu foi bem sintetizado pelo título de uma matéria do 'Estado' de 1.º/11: Governo para de ‘pedalar’ e gastos disparam. Quando as reais dimensões do rombo fiscal de 2014 foram por fim conhecidas, constatou-se que, em vez de um superávit primário de 1,9% do PIB, o setor público gerara um déficit de 0,6% do PIB.

Desde que a LRF foi promulgada, em 2000, jamais se vira descalabro fiscal parecido. Pelo vulto que adquiriram, as pedaladas foram cruciais para esconder do eleitorado as reais proporções do desastre. Alega agora o governo que o tamanho da violação não importa. E que, no passado, o TCU fechou os olhos para irregularidades similares. 

Agarrando-se ao formalismo de quem acredita que merece a mesma condenação quem rouba um pão ou um bilhão, a Advocacia-Geral da União (AGU) argui que “usar o cheque especial não tem nenhuma relação com o volume, mas com o fato de usar o cheque especial”. E que, “se for para revisar o passado, temos de condenar todo mundo, todos os governos anteriores” ('Estado', 24/7).

Temendo o pior, a AGU quer pautar a decisão do TCU: “Não há uma avaliação de conduta aqui, mas das contas. Não é possível responsabilizar a presidente” ('Estado', 23/7). Mas, tendo em vista quem se beneficiou com as pedaladas e o desolador atoleiro fiscal em que o País foi metido, será difícil de convencer o Tribunal - e, mais ainda, o Congresso - de que a conduta da presidente não vem ao caso.

*Economista, doutor pela Universidade de Harvard, é professor titular do Departamento de Economia da PUC-Rio.

Imagem dos partidos políticos desaba na avaliação da população, mostra Ibope.

Clique na imagem para ampliar ou clique no link. 

(Ibope) As instituições políticas brasileiras passam por uma crise de confiança no país. É o que mostra o Índice de Confiança Social (ICS), realizado pelo IBOPE Inteligência. Segundo a pesquisa, que mede a confiança dos brasileiros em 18 instituições e quatro grupos sociais, Partidos Políticos, Congresso Nacional, Presidente da República, Governo Federal, Sistema Eleitoral e Governo Municipal são as instituições que mais perdem a confiança da população.
Realizado desde 2009, sempre no mês de julho, o ICS registrou uma queda de confiança em todas as instituições e grupos sociais em 2013, período pós-manifestações. Algumas conseguiram se recuperar em 2014 e também em 2015, o que não é o caso das instituições políticas, que caem novamente neste ano.
Em uma escala que vai de 0 a 100, sendo 100 o índice máximo de confiança, os Partidos Políticos mantêm a última colocação do ranking, com 17 pontos, praticamente metade do índice que obtiveram em 2010 (33 pontos) e 13 pontos a menos do que no ano passado.
O Congresso Nacional continua com a penúltima colocação, posição agora compartilhada com a Presidente da República, que até 2012 oscilava entre a terceira e a quarta posição. Em 2015, ambos obtêm 22 pontos e atingem seu menor índice desde 2009. Enquanto o Congresso registra uma queda de 15 pontos em sua confiança em relação ao ano passado, a presidente, que tinha 44 pontos em 2014, apresenta a maior queda de confiança dentre todas as instituições medidas: 22 pontos. Em 2010, último ano do governo Lula, chegou a ter 69 pontos, o maior da série histórica, quando ocupou o posto de terceira instituição na qual os brasileiros mais confiavam. O Governo Federal também registra queda expressiva, indo de 43 para 30.
Além das instituições políticas, o Sistema Público de Saúde, que havia recuperado a confiança em 2014, é o que apresenta a maior queda: de 42 para 34 pontos.
Mais confiáveis - O Corpo de Bombeiros, que ocupa a primeira posição desde 2009, segue no topo do ranking e registra a maior evolução na confiança da população, passando de 73 em 2014 para 81 pontos neste ano.  O mesmo movimento ocorre com as Igrejas que mantêm a segunda colocação, subindo de 66 para 71 pontos e recuperam o patamar de 2012. A recuperação da confiança nesta instituição se dá independentemente da religião dos entrevistados: entre católicos, de 67 em 2014 para 72 agora; entre evangélicos, de 71 para 78; entre adeptos de outras religiões ou ateus, de 62 para 68.
Na terceira posição estão as Forças Armadas (de 62 para 63), seguidas pelos Meios de Comunicação (de 54 para 59), que interrompem um movimento contínuo de queda que vinha ocorrendo desde o início da medição.

A Transnordestina do Alckmin.

A Ferrovia Transnordestina, um dos ícones do petismo, está atrasada cinco anos e ninguém sabe quando fica pronta. São Paulo também tem o seu mau exemplo: Geraldo Alckmin (PSDB) rescindiu a contratação da obra das novas estações da linha 4-amarela do metrô de São Paulo –que deverão sofrer um novo atraso de pelo menos um ano. São dezenas e dezenas de mudanças de projetos, fornecedoress, métodos, uma verdadeira bagunça gerencial.

O rompimento do contrato foi anunciado com a justificativa de que as empresas do consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção, não respeitaram prazos, abandonaram os trabalhos, não atenderam normas de qualidade e segurança e deixaram de pagar subcontratadas e fornecedores. 

Na assinatura do contrato, em 2006, a previsão do governo tucano era que todas as estações estivessem concluídas até 2010. Agora, a perspectiva mais otimista é 2018. O primeiro projeto básico foi consolidado em 1993, e a construção da linha chegou a ser anunciada pelo então governador Mário Covas (PSDB) em 1995. Vinte anos atrás...

Dilma vai ao Rio inaugurar conjunto Meia Casa, Meia Vida. Sem água, sem asfalto, sem escola.

(Globo) Empenhada em priorizar uma agenda positiva em meio à crise política e às revelações da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff entrega nesta sexta-feira, em Maricá, no Grande Rio, dois conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida cujas obras, já atrasadas um ano e meio, e que foram terminadas às pressas. Nesta quinta-feira, as 2.932 unidades divididas em dois condomínios não tinham água e luz. Além disso, os imóveis visitados pelo GLOBO ficam em bairros que não têm infraestrutura básica, como saneamento.

Os conjuntos, batizados com nomes de guerrilheiros que lutaram contra a ditadura, custaram R$ 195 milhões. A solenidade de entrega das chaves, que terá a presença do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Washington Quaquá (PT), será no condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu. Em frente, onde deveria estar creche, posto de saúde e escola — contrapartida da prefeitura no convênio federal — só há um terreno vazio.

Ontem, operários corriam com os últimos preparativos para receber Dilma: pintura de canteiros, limpeza de terrenos baldios e coleta de lixo. Não havia água nas torneiras nem para os funcionários da prefeitura que trabalhavam. Nas proximidades, era possível ver ruas asfaltadas pela metade. Não havia calçadas e meio-fio. Em Itaipuaçu, só a via principal, por onde vão passar as autoridades, tem pavimentação completa.

Moradora da região há 10 anos, a auxiliar de produção Meire Ribeiro da Silva, de 42 anos, empurrava um carrinho de mão com dois galões de água. A filha Camile, de 12 anos, tentava equilibrar cinco garrafas PET. Sob o sol forte, as duas caminhavam em direção à bomba de um poço artesiano clandestino.

Empenhada em priorizar uma agenda positiva em meio à crise política e às revelações da Operação Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff entrega nesta sexta-feira, em Maricá, no Grande Rio, dois conjuntos habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida cujas obras, já atrasadas um ano e meio, e que foram terminadas às pressas. Nesta quinta-feira, as 2.932 unidades divididas em dois condomínios não tinham água e luz. Além disso, os imóveis visitados pelo GLOBO ficam em bairros que não têm infraestrutura básica, como saneamento.

Os conjuntos, batizados com nomes de guerrilheiros que lutaram contra a ditadura, custaram R$ 195 milhões. A solenidade de entrega das chaves, que terá a presença do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Washington Quaquá (PT), será no condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu. Em frente, onde deveria estar creche, posto de saúde e escola — contrapartida da prefeitura no convênio federal — só há um terreno vazio.

Ontem, operários corriam com os últimos preparativos para receber Dilma: pintura de canteiros, limpeza de terrenos baldios e coleta de lixo. Não havia água nas torneiras nem para os funcionários da prefeitura que trabalhavam. Nas proximidades, era possível ver ruas asfaltadas pela metade. Não havia calçadas e meio-fio. Em Itaipuaçu, só a via principal, por onde vão passar as autoridades, tem pavimentação completa.

Moradora da região há 10 anos, a auxiliar de produção Meire Ribeiro da Silva, de 42 anos, empurrava um carrinho de mão com dois galões de água. A filha Camile, de 12 anos, tentava equilibrar cinco garrafas PET. Sob o sol forte, as duas caminhavam em direção à bomba de um poço artesiano clandestino.

Falou e disse.

Clique na figura e amplie. Este é o post que o Antagonista do Mário Sabino e do Diogo Mainardi publicaram hoje, envolvendo o governador que acha que cumprir a lei é um trauma para o Brasil.

E aí, Alckmin, Marconi, Richa e Jatene, o que você lucraram com esta reunião idiota com a Dilma?

Gostaram de ouvir ela envolver os estados na crise econômica, dividindo responsabilidades? Gostaram da aulinha de como gerir o estado de vocês? Gostaram de ver a presidente se colocar acima de vocês e ter a petulância de dizer que todos se elegeram em outro momento? Igualou a campanha séria de vocês com o assalto que o governo dela cometeu contra os cofres públicos. Gostaram de ouvir ela defender o mandato até 2018, mesmo podendo ser cassada a qualquer momento por improbidade administrativa ou por sucessivos crimes eleitorais? Vocês nem falar, falaram. Vocês só ouviram. Não há plano de governo. Não há governo. Mas mesmo apesar de vocês, há Oposição. E, por favor, se não vão ajudar, pelo menos não atrapalhem. Afinal de contas, vocês preferem os 7,7% que aprovam Dilma e não os 80% que a rejeitam. 

MPF denuncia o laranja do PImentel do PT.

 Benê e o pai.

(Estadão) O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia à Justiça contra sete ex-funcionários do Ministério das Cidades e dois empresários, por suposta prática dos crimes de peculato e fraude em licitação. Entre os denunciados está Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. Ligado ao PT, o empresário é investigado também na Operação Acrônimo, que envolve o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) e apura suposta prática de crime eleitoral na campanha do petista de 2014. 

A Polícia Federal identificou na Acrônimo indícios de que o empresário pagou "vantagens indevidas" ao governador mineiro, o que motivou a abertura de um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na denúncia encaminhada pelo MPF do Distrito Federal, Bené e outras oito pessoas são acusados de desviar R$ 2,9 milhões dos cofres públicos por meio de irregularidades em um contrato que previa a organização de 14 eventos pelo Ministério das Cidades entre os anos de 2007 e 2009. A Dialog Serviços de Comunicação, atual Due Promoções e Eventos, controlada por Bené, foi contratada.

O empresário brasiliense Benedito Rodrigues Neto (à esquerda/terno escuro e gravata vermelha), acompanhado do pai, Romeu José de Oliveira. Estão entre os ex-servidores denunciados a ex-subsecretária de Planejamento, Orçamento e Administração Substituta do Ministério das Cidades Magda Oliveira de Myron Cardoso e o coordenador de Licitação da pasta, Francisco de Assis Rodrigues Froés. O MPF aponta que só em um dos eventos, a 3ª Conferência Nacional das Cidades, o grupo desviou R$ 1,2 milhão. O MPF também propôs uma ação de improbidade administrativa, para recuperar os valores desviados.

A fraude, segundo os investigadores, teve início na fase de elaboração do edital do pregão eletrônico que permitira gerar a contratação da empresa. Após a contratação, 20 dos 37 itens fornecidos pela empresa para o evento estavam entre 40% e 1.559% mais caros que os contratados por outros órgãos da Administração em licitação no mesmo período.

Pelo menos um governador tucano honra o partido.

Pelo menos um dos seis governadores tucanos não aparecerá na fotografia da reunião com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta-feira. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, mandou em seu lugar a vice-governadora Rose Modesto. Agora pela manhã, Azambuja se reuniu em Campo Grande com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, em um evento da pasta. À tarde, quando os governadores estiverem reunidos com Dilma, o tucano vai participar dos eventos de abertura do 16º Festival de Inverno de Bonito. 

Ontem, o governador Beto Richa (PR) teve uma reunião prévia com Geraldo Alckmin (SP) para definir uma posição conjunta durante a reunião com Dilma, que quer mostrar o apoio dos 27 governadores contra votações que colocam o governo em situação de risco e comprometem o ajuste fiscal. Os governadores tucanos não aceitarão, por exemplo, qualquer menção a apoio ou pacto contra impeachment ou votação das contas da presidente Dilma pela “pedaladas fiscais”, por exemplo.

Sobre a participação dos governadores tucanos no encontro com Dilma, o presidente nacional do PSDB criticou, no início da semana, sua tentativa de que os 27 chefes estaduais “lhe joguem uma boia salva-vidas”. Também disse que os governadores estariam sofrendo constrangimentos e ameaças veladas em relação à aprovação de matérias que teriam consequências nas administrações estaduais.

Hoje os governadores tucanos tem vários motivos para cumprimentar a Dilma: a Selic subiu para 14,25%, ela vetou o aumento dos aposentados, o rotativo do cartão de crédito chegou a 372% ao ano, o dólar bateu em R$ 3,40, o cheque especial atingiu 272% ao ano e o Brasil foi rebaixado um degrau no grau de investimento.  Parabéns ao Azambuja, que foi pra Bonito, porque a coisa em Brasília está muito feia.







Governadores tucanos vão para reunião com Dilma já tendo que engolir o veto ao reajuste dos aposentados aprovado pelo Senado.

(O Globo) A presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste às aposentadorias com base no cálculo de aumento do salário mínimo. O veto, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, é aos artigos da Medida Provisória aprovada pelo Congresso Nacional que estende aos beneficiários da Previdência as mesmas regras de aumento do mínimo.

No texto publicado no Diário Oficial, o governo afirma que consultou os ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Justiça, da Previdência e a Advocacia Geral da União sobre o veto. O aumento do salário mínimo é feito com base na inflação somado ao crescimento do PIB de dois anos anteriores.


Numa derrota do governo, o Senado aprovou no início de julho a medida provisória que estendia a todos os aposentados as regras de reajuste do salário mínimo. A fórmula garantia ao trabalhador e ao aposentado ganhos reais — acima da inflação — de acordo com o crescimento da economia. Mas, já naquela dia, o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse que a presidente Dilma vetaria a medida.

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De acordo com cálculos da Previdência, cada 1% de aumento no valor dos benefícios acima do piso traz um impacto nas despesas de R$ 2 bilhões por ano. Embora impacto da medida, se sancionada, fosse pequeno no próximo ano e nulo em 2017, devido à estagnação da economia, a área técnica do governo temia a indexação do reajuste ao crescimento da economia até 2019. Segundo a Previdência, se essa política estivesse em vigor nos últimos nove anos, o gasto médio anual seria de R$ 8,1 bilhões.

Os aposentados que ganham até um salário-mínimo continuarão sendo beneficiados pela política de reajuste acima da inflação.

Mais uma gráfica fantasma na campanha eleitoral criminosa de Dilma.

(Folha de São Paulo) A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição pagou R$ 6,15 milhões a uma gráfica que não tem nenhum funcionário registrado e cujos documentos apontam como presidente o motorista Vivaldo Dias da Silva, que em 2013 recebia R$ 1.490. 

A Rede Seg Gráfica e Editora, de São Paulo, aparece como a oitava fornecedora que mais recebeu dinheiro da campanha presidencial petista no ano passado, de acordo com os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Funcionários do TSE que examinaram as contas da campanha de Dilma descobriram a situação da gráfica ao cruzar as informações da empresa com o banco de dados do Ministério do Trabalho. 

A descoberta fez surgir a suspeita de que a gráfica não tinha a estrutura necessária para prestar os serviços pelos quais foi remunerada pelo PT. Algumas das notas da gráfica entregues pelo partido ao TSE trazem a afirmação de que a empresa produziu folders para a campanha eleitoral. As contas da presidente foram aprovadas em dezembro por unanimidade pela Justiça Eleitoral, mas com ressalvas. Por isso, o tribunal continuou analisando os casos que provocaram as ressalvas. 

Não é a primeira vez que vem à tona que uma empresa contratada pela campanha de Dilma Rousseff em 2014 tem como dono, nos documentos oficiais, um motorista. Como a Folha revelou em dezembro de 2014, a Focal Comunicação, a segunda que mais faturou na campanha presidencial de Dilma (R$ 24 milhões), também tinha um motorista (salário de cerca de R$ 2 mil até 2013) como sócio. A Focal só ficou atrás da empresa do marqueteiro João Santana, destinatária de um montante de R$ 70 milhões. 

O empresário Carlos Cortegoso admitiu na época que era o verdadeiro dono da Focal, tendo justificado o registro em nome do motorista como fruto de uma inclinação sua de dar chances para seus empregados progredirem. A Justiça Eleitoral pediu à Polícia Federal apuração sobre a Focal e outra gráfica, a VTBP, que ganhou R$ 23 milhões da campanha. O TSE agora poderá enviar novo ofício à PF pedindo que investigue também a Rede Seg. 

IDAS E VINDAS
A Folha visitou a sede da gráfica nesta quarta-feira (29). Segundo Rogério Zanardo, que recebeu a reportagem no local, a Rede Seg pertence a sua família e o motorista Vivaldo não é dono, mas funcionário da empresa. Ele não soube explicar por que a gráfica está registrada em nome do motorista e afirmou que o maquinário estava desligado porque a gráfica está sem serviço no momento. "Ele é um bom motorista, não pega guia [de rua] e dirige faz tempo", afirmou. 

O irmão de Rogério Zanardo, no entanto, deu versão diferente. De acordo com Rodrigo Zanardo, que se apresentou como gerente da gráfica, Vivaldo é mesmo dono da empresa, além de motorista. Segundo ele, o maquinário é de propriedade do motorista, que pediu ajuda a ele para administrar a empresa, uma vez que os irmãos são proprietários de outra gráfica, a Graftec. 

Segundo consulta feita pelo TSE, Vivaldo possuiu vínculo empregatício entre 2006 e 2007 como eletricista com a Graftec e, de 2009 a 2013, como motorista em uma empresa chamada Artetécnica Gravações, com salário mensal de R$ 1.490. Mais tarde, o próprio Vivaldo chegou ao local e afirmou ser "sócio" e "motorista". "Eu gosto de trabalhar, e é um rendimento a mais que tenho."

Taxa de juros explode e atinge o dobro da aprovação da Dilma: Selic chega a 14,25%.

(Congresso em Foco) Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou nesta quarta-feira (29) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. Na reunião anterior, no início de junho, a taxa também tinha sido reajustada em 0,5 ponto.

Com o reajuste, a Selic retorna ao nível de outubro de 2006, quando também estava em 14,25% ao ano. A taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Em comunicado, o Copom indicou que os juros básicos devem ficar inalterados daqui para a frente. “O comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016″, destacou o texto.

Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. No entanto, ao anunciar a nova meta de esforço fiscal, na semana passada, o governo estimou que o IPCA encerre o ano em 9%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 9,31% nos 12 meses terminados em junho. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2015 em 9,23%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. De acordo com o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 1,76% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2015. O governo prevê redução de 1,5% segundo as projeções enviadas pelo Ministério do Planejamento ao Congresso na semana passada.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Maria do Rosário levou R$ 145 mil de propina da Engevix, segundo diretor da empresa.

(Estadão) O vice-presidente da Engevix Engenharia Gerson de Mello Almada revelou aos investigadores da operação Lava Jato que encaminhou uma lista indicando políticos do PT para receberem doação da empresa ao lobista Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas da empreiteira e que decidiu fazer acordo de delação premiada na Lava Jato. O empreiteiro, contudo, disse não se recordar se a doação aos políticos da sigla foi abatida das “comissões” que ele devia a Pascowitch.

“Que a lista refere-se a uma doação feita ao Partido dos Trabalhadores, tendo o declarante (Gerson Almada) nominado os candidatos que gostaria de verem beneficiados com parte dos recursos; que essa lista foi entregue a Milton Pascowitch, tratando-se a doação no valor de R$ 400 mil feita de forma espontânea”, relatou o executivo à Polícia Federal, em depoimento no dia 1.º de abril de 2015.

Ele indicou ainda que o dinheiro foi repassado para as campanhas dos parlamentares Vicente Cândido, Maria do Rosário, “Mirian” (que o depoimento não identifica), os deputados estaduais do PT Rio Grande do Sul Altemir Tortelli, Marcos Daneluz e Nelsinho Metalúrgico, além dos irmãos Nilto Tatto e Enio Tatto, deputado federal e deputado estadual por São Paulo, respectivamente.

Conforme lançado na prestação de contas da candidata, ela recebeu R$ 145 mil da Engevix, que foi a sua terceira maior doadora. Também recebeu R$ 37.500 da Queiroz Galvão e R$ 33.250 da Andrade Gutierrez.  Ao todo foram R$ 215.750 das empreiteiras do Petrolão.

O maior doador de Maria do Rosário foi a Mineração Corumbaense, subsidiária da Vale do Rio Doce, com R$ 200 mil. E o segundo maior doador foi a União de Faculdades do Amapá Ltda., com R$ 200 mil. Ninguém sabe qual o interesse deste doador em uma deputada gaúcha, mas em se tratando do PT logo, logo vai aparecer. 

Facebook da Dilma sai do PT e vai para a SECOM, determinam os rápidos e vigilantes conselheiros da Comissão de Ética Pùblica.

(O Globo) A Comissão de Ética Pública aprovou, nesta terça-feira, recomendação à Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) para que assuma a página da presidente Dilma Rousseff no Facebook, atualmente administrada pelo PT. O colegiado decidiu ainda que a Secom terá de apagar as postagens com conteúdo político-partidário já publicadas. Também mandou restringir os temas “ao papel informativo da comunicação oficial e a pronunciamentos políticos de caráter geral”, proibindo a veiculação de mensagens pessoais e partidárias.

A Secom disse que "não foi notificada sobre a decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, mas reconhece a importância do órgão e está disposta a seguir eventuais sugestões que sejam feitas". Ao recomendar que a Secom assuma a conta de Dilma no Facebook, a Comissão de Ética toma como exemplo o perfil da presidente no microblog Twitter, que é administrado pela assessoria do Palácio do Planalto.

A decisão da comissão foi motivada pelo processo para apurar a conduta do ex-ministro da Secom Thomas Traumann, no vazamento de documento interno do governo, em que fazia críticas à política de comunicação e propunha a estratégia de reação ao momento político adverso ao Palácio do Planalto. Os conselheiros decidiram que Thomas não cometeu infração ética, mas consideraram que o ex-ministro usou linguagem impropria ao falar da responsabilidade da comunicação oficial.

Chamou a atenção do relator do procedimento, conselheiro Mauro Menezes, a frase: "A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas precisa ser disparada por soldados fora dele". A passagem, em que o ex-ministro defende a participação dos aliados do governo na comunicação, especialmente os blogueiros aliados do Palácio do Planalto, foi considerada bélica e dúbia.
Diante de uma análise feita pelo ex-ministro, de que o governo federal deveria combinar ações de comunicação com a prefeitura de São Paulo, administrada pelo petista Fernando Haddad, a comissão recomendou que as páginas da presidente nas redes sociais não sejam usadas para dar prestígio a outras autoridades. No texto, o ex-ministro da Secom afirmou que "não há como recuperar a imagem do governo Dilma em São Paulo sem ajudar a levantar a popularidade do Haddad".

A Comissão de Ética diz que a comunicação do governo deve ter papel informativo e "não deve ser produzida com a finalidade de subsidiar ou favorecer a participação de autoridades em disputas político-partidárias". Para embasar seu voto, o relator cita os modelos adotados pela Casa Branca e pelo governo do Reino Unido.

Dialoga Brasil da Dilma é uma empulhação que passa longe, muito longe do dia-a-dia dos brasileiros.

O novo site do governo, lançado às pressas dentro da tal agenda positiva, é um amontoado de mentiras, como tudo neste governo. Bem boladinho, mas com conteúdo totalmente fake e alguns erros crassos. Primeiro, são 4 temas e não 14 como afirma a página. E não são 80 programas, são muito menos. Mas a coisa tinha que ser grandiosa...

Sobre o conteúdo fake, vejam estas propostas para a Saúde e vejam se elas vêm de gente que está na fila do SUS, esperando seis meses por uma consulta e um ano por uma mamografia:

Clique na imagem para ampliar. Ou clique neste link.

As propostas acima - está na cara! - saíram de algum documento oficial de planejamento estratégico e foram lançados ali. Imaginem a Dona Zezé, esperando há seis meses por uma biópsia, escrevendo "implementar".  Novamente, Dilma faz um programa para as elites. Se quisesse atender aos pobres, bastaria ler as estatísticas do Datasus.

Governadores tucanos escolhem ficar ao lado de 7,7% da população que ainda apoia Dilma. Em troca de uns caraminguás e contra mais de 80% dos brasileiros.

Querem fazer a coisa certa, senhores governadores tucanos? Sentem com a presidência do partido e as bancadas no Congresso, tirem uma pauta com cinco pontos em comum, nomeiem um interlocutor e vão para esta reunião com a Dilma. Isto é ser Oposição. Agora, juntar meia dúzia de sorrisinhos beirando a idiotice para tentar sair bem na foto, não vai levar a nada. Neste momento, os governadores tucanos estão ficando ao lado dos 7,7% que ainda apoiam Dilma e contra a maioria do povo brasileiro. Acham que sairá alguma solução desta reunião? Não há pauta bomba alguma contra os governos estaduais no Congresso. Muito antes pelo contrário. Nunca o pacto federativo esteve tão perto de ser votado, por exemplo. O que sairá desta reunião? Uma bela foto para que Dilma faça o marketing da união entre os executivos para pressionar o Congresso que tem lutado como nunca a favor dos governadores. Que as bancadas esqueçam os governadores, pois nenhum busca a reeleição. Governador não é oposição. Todos os tucanos querem ser presidente, a não ser o Azambuja que a gente nem sabe direito qual o Mato Grosso dirige e o Jatene lá do Pará. E nenhum, cá entre nós, tem a mínima condição de sê-lo.

(Estado)  Em São Paulo, governadores tucanos indicaram que vão endossar o pedido da presidente para que ajudem a impedir que o Legislativo aprove “pautas-bomba” – aquelas que elevam as despesas e ameaçam o ajuste fiscal – e gere gastos em cascata nos Estados.

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou que não interessa a nenhum governador “o prolongamento da crise econômica”. “É preciso conversar muito, todos nós, sobre as dificuldades que os governos enfrentam por causa da recessão”, disse o tucano, após participar da abertura de uma feira agrícola no centro de exposições do Anhembi, na zona norte de São Paulo.

Também presente no evento, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que a pauta do Congresso não pode “desencadear desequilíbrios” nas contas públicas, especialmente agora em que os Estados passam “por momentos de dificuldades”. “Já pedimos ao Senado e à Câmara que não votem pautas que imponham despesas e comprometimentos aos Estados sem previsão de receita. Porque nós já fomos surpreendidos por esse momento de dificuldades”, declarou o tucano. “Essas pautas têm desencadeado uma série de desequilíbrios. Eu acho que essa pauta deve ser comum, servindo à União e aos Estados.”

Para o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), é preciso evitar a criação de novas despesas. “Devemos ser responsáveis o suficiente para o quanto a crise está prejudicando o País e, consequentemente, todas as unidades da federação, sobretudo na arrecadação.”

Anfitrião do encontro, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), disse apenas que vai para a reunião com a disposição de defender medidas que gerem empregos. O Planalto pretende mostrar no compromisso com os governadores que, apesar das dificuldades, o governo tem rumo e poderá sair da crise.

‘Natural’. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ressaltou ontem que a ida de governadores do partido à reunião convocada pela presidente é “natural”, mas não significa apoio à petista. “É absolutamente natural que governadores, independentemente de serem da oposição ou da base do governo, se reúnam com a presidente da República, por mais fragilizada que ela esteja”, disse. “Em relação aos governadores do PSDB, o que não se cogita é qualquer manifestação de apoio a esse governo.”

O blog pediu, a PF atendeu.

Ontem o Blog fez este post. Hoje a Folha publica a seguinte matéria:

Em sua busca e a apreensão desta terça-feira (28), a Polícia Federal procurou documentos para embasar suspeitas de que houve irregularidades na execução do programa de submarinos da Marinha, que visa colocar no mar um modelo de propulsão nuclear por volta de 2025. As suspeitas surgiram em etapas anteriores da Lava Jato, segundo a Folha apurou, em que a Odebrecht foi alvo de investigações. 

A empreiteira é a maior parceira nacional do projeto, sendo responsável pelas obras do estaleiro e da base naval em Itaguaí (RJ). Assinado em 2009 como parte do acordo militar Brasil-França, o maior da história do país, o contrato dos submarinos é um negócio gigantesco: € 6,7 bilhões (algo como R$ 18 bi quando foi assinado; hoje, R$ 25 bi). 

O acordo foi uma das estrelas do segundo mandato de Lula. Seus termos preveem que os franceses fornecerão tecnologia para a construção de quatro submarinos convencionais, movidos por motores diesel-elétricos, e um nuclear –a menina dos olhos dos almirantes, já que apenas seis países operam esse tipo de armamento hoje. 

A fabricação já está em curso, com seções do primeiro modelo convencional sendo integradas no Rio.
A Odebrecht foi subcontratada pelo estaleiro DCNS francês para assumir as obras da nova base por € 1,7 bilhão. Não houve licitação, o que provocou críticas veladas de suas concorrentes à época. Como se trata de um negócio envolvendo a segurança nacional, tudo é sigiloso e fora das regras da Lei de Licitações. Isso é praxe em praticamente todo o mundo e deverá dificultar apurações da PF. 

O acordo sofreu críticas por ter feito o Brasil adquirir uma família diferente de submarinos, a classe Scorpène francesa, vista por especialistas como inferior aos novos modelos alemães –o Brasil já utilizava submarinos de desenho germânico, numa parceria que remonta a 1983. A DCNS tem longo currículo de acusações de pagamentos de propina e outras suspeitas em negócios com os mesmos submarinos na Índia e na Malásia. Os franceses sempre negaram irregularidades. A Odebrecht nega as acusações no âmbito da Lava Jato.

87% dos baianos dizem que Dilma mentiu para se reeleger e 65,1% votaria em Aécio se a eleição fosse hoje.


(Congresso em Foco) A presidente Dilma não falou a verdade sobre a situação econômica do país com o objetivo de vencer as eleições de 2014. É o que pensa a grande maioria dos eleitores da Bahia, estado onde a presidente teve 70% dos votos do segundo turno no ano passado. 

De acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (28) pelo instituto Paraná Pesquisas, 84,9% dos entrevistados acreditam que a presidente mentiu ou omitiu em relação à gravidade da crise econômica para renovar o seu mandato por mais quatro anos. Apenas 10,6% acreditam que ela falou a verdade durante a campanha. Outros 4,6% não responderam. 

A pesquisa também aponta que o governo Dilma é rejeitado por 84,4% dos eleitores baianos. No primeiro turno da eleição presidencial, Dilma obteve ampla maioria na Bahia. Recebeu 61,4% dos votos válidos, enquanto Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) tiveram 18% da preferência. No segundo turno, a petista teve 70% dos votos válidos contra 30% de Aécio.

Mas se a eleição fosse hoje o resultado seria outro, de acordo com a pesquisa. Na simulação de um novo confronto entre Dilma e Aécio, o tucano aparece com 65,1% das intenções de voto ante 14,9% da petista. Segundo o levantamento, 68,3% dos entrevistados baianos apoiam o impeachment da presidente. Outros 22,8% responderam que são contra o afastamento da presidente.

O instituto Paraná Pesquisas ouviu 1.284 eleitores em 68 municípios da Bahia, entre os dias 21 e 26 de julho. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro, de três pontos percentuais. Veja os números da pesquisa sobre Dilma na Bahia:

De uma maneira geral, o Sr(a) diria que aprova ou desaprova a administração da Presidente Dilma Rousseff até o momento?
  • Aprova 13,2%
  • Desaprova 84,4%
  • Não sabe/não opinou 2,4%
O Sr(a) seria a favor ou contra ao impeachment, ou seja o afastamento da Presidente Dilma Rousseff?
  • A favor 68,3%
  • Contra 22,8%
  • Nem a favor, nem contra 6,8%
  • Não sabe/não opinou 2,0%
A Presidente eleita Dilma Rousseff falou ou não falou a verdade durante as eleições sobre a real situação do país para ganhar as eleições?
  • Falou a verdade 10,6%
  • Não falou a verdade 84,9%
  • Não sabe/não opinou 4,6%
Caso o segundo turno das eleições para Presidente do Brasil fossem hoje e o Sr(a) tivesse que escolher entre Aécio Neves e Dilma Rousseff em quem o Sr(a) votaria?
  • Não sabe 7,9%
  • Nenhum 12,1%
  • Aécio Neves 65,1%
  • Dilma Rousseff 14,9%
Contra Lula, Aécio tem 45,3% das intenções de voto, e Lula, 39,7%.

Com 85% de desaprovação entre os paranaenses, Beto Richa quer ajudar Dilma e ir contra o partido. Não é à toa que meteu o Paraná no buraco em que está.

Hoje, Beto Richa, governador do Paraná que fez movimento para aprovar Luiz Fachin para o STF, declarou que o PSDB não deveria chamar para as manifestações de 16 de agosto, conforme decidido pelo partido e informado por Aécio Neves. O paranaense acha que pode parecer retaliação ou revanchismo. Quem é você para se manifestar, senhor Beto Richa? O senhor não representa nem mesmo o eleitorado do seu estado! O senhor é o governador pior avaliado do Brasil!

Beto Richa deveria, em primeiro lugar , olhar as pesquisas antes de falar bobagem e asneiras. Sua aprovação no Paraná é muito parecida com a de Dilma, que tem 87%. Richa tem 85% de desaprovação e, portanto, não representa o cidadão paranaense. Aliás, envergonha os eleitores de lá. Em vez de querer dar opinião nacional, Beto Richa deveria cuidar do seu estado, onde a sua má gestão, a falta de traquejo político e as atitudes insanas jogaram o Paraná no buraco. Abaixo, pesquisa realizada no mês passado.Pela aprovação do governador, realmente nem precisa chamar o povo do Paraná. Ele vai sozinho. E também vai sobrar cacete para cima dele. E com toda na razão!
Clique na imagem para ampliar ou clique neste link.

Chegaram em Angra. Quando vão explodir o programa secreto de submarinos?

É a mesma Odebrecht que comanda o projeto dos submarinos junto com os os franceses, que deve consumir R$ 30 bilhões até 2029. Alguma dúvida que chegará a R$ 60 bilhões? O TCU está de olho!

(O Globo) O presidente licenciado da Eletronuclar, Othon Luiz Pinheiro da Silva(foto), preso nesta terça-feira em nova fase da Operação Lava-Jato, teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas pagas pelas empresas Andrade Gutierrez e Engevix, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF). Os pagamentos teriam sido realizados entre 2009 e 2014 por meio de empresas de fachada contratadas pelas empreiteiras apenas para repassar recursos ao dirigente da estatal. A Força-Tarefa disse que está apenas no início das investigações e que o caso pode ser “muito maior”, segundo o delegado federal Igor Romário de Paula. 

De acordo com os investigadores, um dos pagamentos direcionados a Othon ocorreu em dezembro do ano passado, dias depois da prisão de executivos de grandes empresas fornecedoras da Petrobras. Para o procurador Athayde Ribeiro Costa, integrante da Força-Tarefa da Lava-Jato, a realização de um pagamento dessa natureza em meio às investigações torna ainda mais grave a suspeita de envolvimento do dirigente da Eletronuclear.

- Mais uma vez vimos que a corrupção é endêmica e os indicativos são é de que ela está espalhada por vários órgãos e em metástase - disse o procurador em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira, em Curitiba, sobre a 16ª fase da Operação Lava-Jato. - A corrupção não está restrita à Petrobras, se espalhou por outros órgãos da administração pública - completou Igor Romário de Paula.

O pagamento realizado em dezembro de 2014 foi realizado para a empresa Aratec Engenharia Consultoria & Representações, com sede em Barueri, no interior de São Paulo. De acordo com o registro da Receita Federal, as sócias da empresa são Ana Cristina da Silvia Toniolo e Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani. As duas são investigadas na operação e foram alvos de mandados de condução coercitiva na manhã desta terça-feira, para que prestem depoimento à Justiça. 

Para a PF e o MPF, Othon Luiz Pinheiro da Silva é o verdadeiro dono da Aratec. Os pagamentos a ele teriam sido realizados por meio de quatro empresas de fachada, subcontratadas pela Andrade Gutierrez e pela Engevix: CG consultoria, JNobre Engenharia, Link Projetos e Participações e Deutschebras Comercial e Engenharia. - Essas empresas são personagens novos na operação e detectamos indícios de que realmente havia repasse de propina, porque elas não tinham quadro técnico necessário para prestar serviços - afirmou Ribeiro Costa.

A origem dos pagamentos ao presidente da estatal seriam um contrato da Andrade Gutierrez com a Eletronuclear, de 1983, que recebeu aditivo de R$ 1,2 bilhão, em 2009, e a licitação de Angra 3, que teria sido direcionada para sete empresas que formaram os dois consórcios vencedores da montagem da usina, entre elas a Andrade. Em 2014, os consórcios se uniram em uma única empresa, que passou a se chamar consórcio Angramon. Todos os integrantes são investigados nesta nova fase da Lava-Jato.

- Houve reunião em que representantes das empreiteiras (que integram o consórcio Angramon) discutiram acerca de eventual repasse para o senhor Othon Luiz - disse Ribeiro Costa.De acordo com MPF, embora a Engevix não participe do consórcio principal de Angra 3, a empresa mantém outros contratos com a estatal  - A Engevix tem alguns contratos vinculados à Eletronuclear. Também há indícios de pagamento de propina desde então - disse o procurador.

Com relação a Flavio Barra, o executivo da Andrade Guttierez que foi preso, “ele foi indicado, apontado por Dalton Avancini, como o representante da Andrade Guttierez que discutia valores a respeito da propina de Angra III”, disse Ribeiro da Costa.

POLÍTICOS NÃO APARECERAM NAS INVESTIGAÇÕES
A nova operação é baseada em informações prestadas em delação premiada pelo diretor da Camargo Corrêa Dalton Avancini. Segundo o procurador, o depoimento não foi a única fonte para ação desta terça-feira e para o pedido de prisão de Othon.- A palavra do colaborador, por si só, não leva a medidas de prisão, ainda que temporária. Nós fizemos o nosso trabalho, fizemos investigações e corroboramos em grande parte tudo que foi dito pelo Dalton Avancini. As investigações ainda continuam. E elementos ainda vão ser trazidos aos autos - afirmou Ribeiro Costa, mencionando o material apreendido nesta terça-feira nas salas dos executivos e informações de contas de e-mails, que também seriam recolhidas. 

Para o delegado da PF Igor Romário de Paula, esta é apenas uma primeira ação focada na área de energia. - Pode parecer um valor pequeno (a propina de R$ 4,5 milhões), mas é um primeiro passo da investigação na área de energia. Tem muito ainda a ser apurado - afirmou. Embora o único político alvo desta nova fase seja o presidente licenciado da Eletronuclear, o delegado acredita que, com a avanço das investigações, pode-se chegar a novos nomes vinculados a partidos.

Igor disse ainda que há mais indícios de corrupção a apurar no setor de energia, “e isso ficou mais concreto com o Dalton, que trouxe muita documentação a respeito da participação da Camargo Corrêa neste consórcio, no acerto de preços”. - Não estão exauridos todos os contratos da Angramon, então isso pode ser muito maior - declarou o delegado.
 
Por meio de nota, a Andrade Gutierrez informou que acompanha a nova fase da Operação Lava-Jato e disse estar sempre “à disposição da Justiça”. “Os advogados (da empresa) estão analisando os termos desta ação da Polícia Federal para se pronunciar”, informou a empreiteira.

Cunha na ofensiva contra o governo.


(Folha) O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tratou publicamente como favas contadas que o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitará, em parecer, as contas de 2014 de Dilma Rousseff.A análise das "pedaladas fiscais" é uma das apostas da oposição para sustentar um pedido de impeachment da presidente no Congresso. 

Cunha falou sobre o assunto em palestra a empresários, nesta segunda-feira (27), em São Paulo. Começou de forma didática: "O TCU vai proferir um parecer pela aprovação ou pela rejeição das contas. Caberá ao Congresso votar esse parecer". 

Na sequência, fez sua previsão. "Se a Comissão Mista de Orçamento acolher o parecer do tribunal, faz uma proposta de decreto legislativo pela rejeição." Ele disse ser importante explicar que a palavra final é do Congresso para evitar "frustrações". 

A fala foi repleta de críticas ao PT e à presidente Dilma. Ele disse que a sigla está abaixo do volume morto e é mais impopular do que a petista. Afirmou ainda que os pedidos de impeachment serão analisados sob ótica jurídica. Acusado por um dos delatores da Lava Jato de ter recebido US$ 5 milhões em propina, disse ver as "digitais" do governo no caso e que o Planalto não o "engole e, de certa forma, teme a continuidade" do seu trabalho. 

Cunha ainda rebateu os que defendem sua saída da chefia da Câmara. "Se pedem em relação a mim, deviam começar pedindo o afastamento de ministros e, talvez, discutindo o da presidente."
Durante todo o evento, deu sinais de que permanecerá na ofensiva. "A história não reserva espaço a covardes."

PF deflagra Operação Radioatividade para investigar falcatruas de R$ 4 bilhões em Angra 3.

 
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, 28, a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade. Cerca de 180 agentes cumprem 30 mandados judiciais em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. O foco das investigações são contratos firmados por empresas como a Eletronuclear, uma subsidiária da Eletrobrás. O TCU já detectou que a obra está R$ 4 bilhões acima do inicial.

A operação investiga formações de cartel e ajuste prévio de licitações nas obras da usina de Angra 3, além de pagamento de propinas a funcionários da estatal. Dos 30 mandados judiciais, 23 são de busca e apreensão, 2 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. Os dois presos serão levados  para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Apenas para "ilustrar", o Consórcios Angra 3 é formado por Queiroz Galvão, Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) e Techint Engenharia, e Una 3, composto por Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht, Camargo Correa e UTC Engenharia. 

Depois da resposta recebida, subitamente Dilma ficou contra conversar com FHC.

(Folha) Menos de uma semana após ministros do PT apoiarem uma aproximação entre governo e oposição, a presidente Dilma Rousseff criticou a ideia em reunião fechada, nesta segunda-feira (27). Em encontro com sua coordenação política, Dilma classificou a defesa pública do diálogo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de "absurda". 

Ninguém citou nominalmente Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) e Jaques Wagner (Defesa), mas o recado foi dirigido à dupla, que apoiou publicamente na semana passada a ideia de uma conversa entre o ex-presidente Lula e Dilma com FHC. Como a Folha revelou, Lula autorizou amigos em comum a procurar Fernando Henrique e propor uma conversa entre os dois sobre a crise política. 

O objetivo imediato da aproximação seria buscar conciliadores que pudessem frear os líderes oposicionistas que defendem o impeachment de Dilma. Além de FHC, Lula também procurou o senador tucano José Serra (SP). As declarações irritaram dirigentes petistas, principalmente após o ex-presidente tucano vir a público dizer que não é hora de conversar com o governo e que nenhuma agenda que não fosse pública pareceria "conchavo". 

O senador e presidente do partido, Aécio Neves (PSDB-MG), endossou nesta segunda (27) a posição de FHC. "Em torno do que o ex-presidente Lula quer discutir com o ex-presidente FHC? Só se for para ele fazer um mea-culpa e assumir a responsabilidade por tudo o que está aí. Ou então querem é criar um pano de fundo para mostrar que somos todos iguais ao PT. Não somos. Nossa aliança é com o povo", disse. Ele sinalizou ainda que não há espaço para este tipo de diálogo no momento. "Não se conversa com quem não se confia e nós não confiamos no PT", disse

Dilma culpa Lava Jato pela queda de 1% do PIB.

Não, a culpa não é da corrupção petista. A culpa é da investigação da corrupção. Esta é a visão da presidente da República, Dilma Rousseff. Se  a Justiça não estivesse investigando, o PIB do Brasil não cairia, afirmou. Só faltou dizer que o PIB do PT cresceria uns 3%. A declaração foi dada a cerca de 10 ministros na tarde de hoje para pedir que ajudem a garantir apoio político no Congresso. A petista quis reforçar a avaliação sobre as dificuldades na economia. Num trecho do encontro no Palácio do Planalto, afirmou que os efeitos da Operação Lava Jato provocaram uma queda de 1 ponto percentual no PIB brasileiro.Eles não vão aprender nunca. A não sair quando forem chutados porta à fora do Palácio do Planalto.

Aécio critica reunião marqueteira de Dilma com governadores. E nós estamos de olho em Alckmin, Richa, Marconi, Reinaldo e Jatene. Ou estão conosco ou contra nós.

(Maria Lima, O Globo) O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta segunda-feira que a única responsável se, por alguma decisão institucional não conseguir concluir o mandato, é a própria presidente Dilma Rousseff, e não a oposição. Ao retornar a Brasília, ele criticou a tentativa do PT e da presidente de “dividir sua crise” com os governadores, ao constrangê-los a participar de uma "reunião desnecessária", na próxima quinta-feira, para discutir o projeto de reforma do ICMS.

Na próxima semana o PSDB começa a veicular inserções de 30 segundos convocando “os indignados” com a crise, a participar da manifestação nacional marcada pelos movimentos de rua, para o dia 16 de agosto. O tucano negou que haja divisão no PSDB sobre o destino da presidente, se deveria ser afastada por impeachment, cassação do diploma da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou se ela deve cumprir seu mandato até o fim. Aécio disse, entretanto, que o PSDB não pode desconhecer a realidade das ruas e a indignação da sociedade. 

Segundo Aécio, apesar de se aproximar dos movimentos de rua para a manifestação que se anuncia gigantesca, o PT e o governo erram o alvo ao culpar a oposição por um eventual impedimento da presidente Dilma.— O que vai acontecer depende mais do governo e do PT do que dos partidos de oposição. O que queremos é que as instituições funcionem e façam o seu trabalho. Eu digo uma coisa: se um dia eu tiver a oportunidade de ser presidente da República, será unicamente pelo caminho do voto, não por outra saída qualquer. Mesmo porque ninguém conseguirá enfrentar a profunda crise que atravessamos se não for legitimado pelo voto. Para nós o calendário de 2018 sempre foi o mais adequado, mas a presidente Dilma só agrava a situação a cada dia, o que deixa a incerteza de cumprir seu mandato até o final — disse Aécio.

JULGAMENTO DE CONTAS NO TCU
Ele criticou a condução dada ao processo das contas da presidente que serão julgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pelo advogado geral da União, Luís Inácio Adams, pela presidente e seus ministros. Chamou de “patética” a entrevista de Adams dizendo que o julgamento tem de ser técnico, mas afirmou que “por debaixo dos panos” estão constrangendo os ministros e os governadores para agirem politicamente para impedir a reprovação das contas.

— O constrangimento chega ao inimaginável de ameaças veladas e de trazer a Brasília os governadores para dar apoio a presidente Dilma para tirar uma fotografia e simular apoio por uma coisa com a qual não tem nada a ver. Essa reunião é uma busca de socorro de alguém que quer que lhe joguem uma boia salva-vidas. O que a presidente tem é de fazer um mea-culpa para ver se recupera um pouco da credibilidade que ainda lhe resta — criticou Aécio.

O presidente do PSDB diz que é natural que governadores se reúnam com a presidente para discutir problemas administrativos. Mas nesse caso, a reunião de quinta-feira não passa de uma tentativa de “cooptar” apoios de setores da oposição, o que seria uma clara demonstração de fragilidade do governo.

'FH DEU O TOM CERTO'
Sobre os recados dados pelo Planalto de busca de um pacto pela governabilidade com as oposições, Aécio disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu o tom certo: não se dá socorro para salvar o que não deve ser salvo. Ironizando , Aécio disse que o PT trava uma disputa desleal com o PSDB, porque faz mais oposição ao governo Dilma do que todos os partidos de oposição juntos.

— Fernando Henrique deu o tom certo: quem pariu Mateus que o embale. Não nos culpem . A instabilidade que atravessam é obra desse governo. Isso não é mais um governo. É um arremedo de governo e o desfecho da presidente Dilma é responsabilidade exclusiva dela, não das oposições — disse Aécio, completando.— Não se conversa com quem não se confia. E nós não confiamos no PT.

Com um levantamento das pedaladas fiscais, Aécio mostrou que entre setembro, antes das eleições, e dezembro, depois de reeleita, a presidente Dilma e a equipe econômica esconderam um buraco de R$100 bilhões nas contas do governo. — Isso é fraude. A presidente Dilma não deu a população brasileira a oportunidade de fazer sua escolha com base na realidade que eles esconderam — disse Aécio, comparando as pedaladas e maquiagem fiscal aos crimes de colarinho branco. — Se o presidente de um banco pega o dinheiro dos correntistas para pagar suas contas ele vai preso. Isso é muito fácil de ser compreendido. Se eles não forem responsabilizados por isso vamos voltar ao tempo das republiquetas — disse.

BC vai trocar nome do Relatório Focus para Relatório Buracus.

(Estadão)Mais uma vez, o mercado financeiro revisou para baixo suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. A expectativa de retração de 1,70% no Relatório de Mercado Focus foi substituída por uma queda de 1,76% agora. Há um mês, a mediana das previsões estava negativa em 1,49%.

A perspectiva de recuperação da atividade no ano que vem também segue debilitada. Passou de 0,33% para 0,20% nesta segunda-feira. Vale lembrar que o BC revisou para pior sua projeção, de queda de 0,6% para retração de 1,1%. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, a instituição informou que a mudança ocorreu em função de piora nas perspectivas para a indústria, cuja expectativa de PIB recuou de -2,3% para -3%.

Segundo o BC, essa piora foi influenciada por impactos das reduções projetadas para a indústria de transformação, de -3,4% para -6%, e para a produção e distribuição de eletricidade, água e gás, de -1,4% para -5,6%, refletindo cenário de aumento da participação de termoelétricas na oferta de energia e de redução do consumo de água no primeiro trimestre do ano. Para o setor de serviços, a autoridade monetária, que até março via uma ligeira expansão de 0,1% em 2015, passou a projetar queda de 0,8%.

No boletim Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial, no entanto, foi mantida em baixa de 5%. Já para 2016, a mediana das estimativas passou de +1,50%..

Inflação. Após três semanas seguidas de redução, a mediana das projeções para o IPCA de 2016 ficou estancada. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,50%. O fim de 2016 é o foco da autoridade monetária neste momento, já que promete entregar a inflação no centro da meta daqui a pouco mais de um ano. Pelos cálculos da instituição revelados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o IPCA ficará em 4,8% em 2016 no cenário de referência e em 5,1% no de mercado. A luta do BC no momento é tentar convencer o mercado de que chegará ao centro da meta em 2016.

Pela 15ª rodada consecutiva, porém, a estimativa para o IPCA deste ano avançou de 9,15% da semana anterior para 9,23% agora. No RTI de junho, o BC havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.

Para a inflação de curto prazo, foi visto mais um aumento das estimativas para o IPCA de julho na pesquisa Focus, que subiu de 0,50% para 0,58% de uma semana para outra. No caso de agosto, no entanto, a taxa estimada permaneceu em 0,30% no período.
As projeções para os preços administrados em 2015 voltaram a subir. A mediana passou de 15% para 15,10% agora. Para 2016, a expectativa no boletim Focus apresentada hoje sofreu uma redução, de 5,96% para 5,92%. Essas projeções são mais pessimistas que a do Banco Central. Segundo o último Relatório Trimestral de Inflação de junho, a autoridade monetária revisou de 11% para 13,7% sua expectativa para os preços administrados em 2015. 

Para 2016, a instituição manteve a previsão de alta de 5,3%, mesmo valor do relatório anterior, apresentado em março. A piora da projeção do BC considera variações ocorridas, até maio, nos preços da gasolina (9,3%) e do gás de bujão (4,3%) e previsões de redução de 3% nas tarifas de telefonia fixa e de aumento de 43,4% nos preços da eletricidade. Depois do recado duro enviado pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, o mercado financeiro manteve as expectativas para o comportamento da Selic esta semana. 

O consenso para os participantes do Relatório de Mercado Focus é o de que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará em meio ponto a taxa básica de juros, para 14,25% ao ano - atualmente a Selic está em 13,75% ao ano. O levantamento, no entanto, mostrou uma diminuição das projeções para o encerramento do ano. A estimativa de que a Selic vai encerrar 2015 em 14,50% ao ano, indicada por três semanas consecutivas, passou agora para 14,25% ao ano. 

Entre os economistas que mais acertam as projeções para o rumo da taxa básica de juros, o Top 5 no médio prazo, não houve mudanças para este ano: a Selic vai encerrar 2015 em 14,25%. Já para 2016, a mediana das previsões passou de 11,75% ao ano para 11,63%, o que denota uma divisão de opinião entre os componentes desse grupo.

Após uma semana de pausa, sem qualquer mudança no Relatório de Mercado Focus, o documento atualizado esta manhã pelo Banco Central, trouxe expectativa de alta para o dólar neste ano. A mediana das estimativas para o câmbio em 2015 passou de R$ 3,23 para R$ 3,25. Há quatro semanas, o ponto central da pesquisa estava em R$ 3,20.

Após FHC dizer ao PT "fala com a minha mão", humilhado, o partido bate boca.

(O Globo) A recusa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em conversar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com a presidente Dilma Rousseff sobre a situação política do governo causou constrangimento entre petistas. Integrantes do partido consideraram um erro o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) ter declarado, a partir de notícias sobre suposto interesse de Lula no encontro, que Dilma estaria disposta a fazer o mesmo.

— O que me surpreendeu foram as declarações de Edinho dizendo que via isso (o encontro) com bons olhos. Esse episódio trouxe mais desgaste do que solução - criticou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Em mensagem postada sábado no Facebook, Fernando Henrique descartou conversa que não seja pública com o governo. Segundo ele, qualquer encontro reservado neste momento "pareceria conchavo": "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo", escreveu o ex-presidente.

Pátria educadora vira pátria paralisada e sem verba.

 Artigo publicado hoje na Folha de São Paulo por Aécio Neves, presidente do PSDB, intitulada "Educadora?"

São muitos os problemas da educação brasileira. Falta de planejamento, inadequação da grade curricular, pouca valorização dos professores, investimento baixo em pesquisa e outros desafios se acumulam há anos, sem solução. 

Essa precariedade generalizada é fruto da mesma fonte: a incapacidade do país de tratar a educação como política de Estado prioritária. Nada mais falacioso do que o slogan "Pátria Educadora", anunciado com júbilo pela presidente Dilma como âncora de seu segundo mandato, e solenemente ignorado em sua gestão. Programas como Fies, Pronatec e Ciência sem Fronteiras sofreram uma degola radical. O Ministério da Educação foi dos mais atingidos no arrocho fiscal em curso. 
 
É nesse contexto de fragilidade que o país assiste, com assombro, ao desmonte das universidades públicas brasileiras. Trata-se de uma das piores crises vividas pelo setor em toda a sua história.
Neste ano, a verba repassada para as universidades federais foi reduzida em 30%, provocando adiamento de obras, paralisação de cursos e atraso no pagamento de bolsas. 

Grandes universidades como a UFMG, UFRJ ou a UNB, entre outras, enfrentam graves dificuldades. Milhares de alunos são prejudicados, mas não apenas eles. O colapso do sistema universitário atinge também o cidadão ao afetar o atendimento em hospitais universitários, os serviços de atenção jurídica e uma série de programas voltados para a sociedade. 

É também muito grave a situação de órgãos capazes de impactar a modernização de nossa economia. Instituições de importância estratégica como o CNPq e a Capes nunca estiveram tão abandonadas.

Denúncias revelam que a Capes cortou 75% da verba de custeio para apoio à pós-graduação. É como desligar a tomada que nos dá acesso a setores de ponta do conhecimento. Menos pesquisa, menos inovação, menor competitividade. 

A educação deficiente está na raiz de nossa baixa produtividade. Não há como competir no mercado global a bordo dos nossos indicadores. O momento exige responsabilidade e compromisso. Não há milagre capaz de reverter a presente situação. Bons resultados na Educação não surgem da noite para o dia, dependem de políticas públicas consistentes e de longo prazo. 
 
Mas é possível, em curto prazo, fazer mais do que promover cortes orçamentários destinados a encobrir rombos fiscais provenientes de má gestão. Ao escolher um slogan que contraria na realidade, o governo dá mais uma demonstração da opção pelo marketing.
 
Ao golpear a universidade brasileira, a "Pátria Educadora" atinge o sonho de milhares de jovens que enxergam na formação superior uma fonte de qualificação e de ascensão social. Não é justo que façamos isso com aqueles que irão responder pelo futuro do país.