Comissão da Verdade envereda para a criminalização de inocentes, aparelhada por ONG ambientalista financiada com dinheiro americano.

O trecho abaixo é estarrecedor, parte de uma entrevista de Maria Rita Kehl, psicanalista que faz parte da Comissão da Verdade, publicada hoje em O Globo. Ela afirma que, a respeito de índios, não está ouvindo a FUNAI ou qualquer outro órgão que atue com os índios. Está ouvindo o ISA, Instituto Sócio Ambiental, ONG financiada por dinheiro "gringo" para pesquisar riquezas da Amazônia, por detrás de seu interesse por índios.
 
O Globo: Houve índios torturados?
 
Maria Rita Kehl: Teve pouca tortura com índio, pelo que eu saiba até hoje. Há fotos horríveis de índio pendurado em pau de arara, de uma índia cortada ao meio. Mas são poucos casos. Estou começando a olhar a parte indígena agora, em colaboração com o Instituto Sócio Ambiental, que está há quarenta anos pesquisando indígena, então seria antecipar algo que ainda não sabemos. A violação contra os indígenas foi o modo como a terra deles foi ocupada. À força, às vezes à bala, queimando tudo. Expulsando e aí, sim, torturando os casos de resistência. Tem dois tipos de violação. O primeiro é a disputa por terra, o fazendeiro vai, expulsa à bala. E o outro, importantíssimo, principalmente a partir dos anos 70, foram as políticas de ocupação da Amazônia pelos governos Médici e Geisel, o “integrar para não entregar”. Foi aí que se entregou para grandes empresas e fazendeiros, para fazer hidrelétricas, estradas. Os índios foram tratados não como brasileiros que tinham que ser eventualmente remanejados, mas como lixo na beira do caminho: tira eles dali.
 
É bom que a Frente Parlamentar da Agropecuária e que o próprio Governo fiquem atentos para onde está indo a Comissão da Verdade. Sem ter o que provar contra os militares, pode estar abrindo caminho para criminalizar os "ruralistas" e ser um elemento decisivo para impedir as construção de grandes obras na Amazônia. Dilma queria chocar o país com o relatório? O tiro vai sair pela culatra.

Gentileza demais da conta.

Comentário: Marina Silva é a maior adversária da agropecuária brasileira. Foi desmascarada durante o debate do Código Florestal, pois encontrou, finalmente, oposição estruturada contra as suas teses sonháticas. É bom o PSDB olhar o mapa vermelho e azul do país, o mapa dos votos, para ver em que regiões o azul preponderou. Em vez de defender as ongs internacionais e a sua representante, o tucanato deveria estar preocupado com o avanço da Dilma sobre os seus principais redutos eleitorais, localizados nas ilhas de excelência rurais deste país. Marina Silva, na hora H, não dará um voto ao PSDB. Vai para a neutralidade e não duvidem que pregue voto branco ou nulo. Já a sua simples presença ao lados dos tucanos, representa a perda de votos que, estes sim, podem ser cruciais para o segundo turno. Entre o risco Marina Silva e o risco Dilma Rousseff, 99% do Campo votará na petista. E que os tucanos não se queixem de pragmatismo, quando estão usando de gentileza demais da conta com a maior inimiga da produção agropecuária. Ser gentil com Marina Silva, não atacando desde já o seu fanatismo, representa a perda de muitos votos no Brasil Rural, que não serão compensados por votos urbanos dos adoradores da "santa". O PSDB não está precisando tomar um banho de povo, apenas. Está precisando tomar um banho de roça. Abaixo, coluna de Dora Kramer, intitulada "Gentil patrocínio", publicada hoje no Estadão.
 
Não é ato oficial nem explícito: informal e discretamente o PSDB está ajudando Marina Silva a coletar assinaturas para a criação de seu novo partido. Migrantes do tucanato para a Rede dos “sonháticos” comentaram com antigos companheiros de partido que está havendo dificuldade na coleta dos apoios exigidos pela Justiça Eleitoral para conceder registro à legenda que precisa estar legalizada até início de outubro.

Em vários estados, a estrutura do PSDB se movimenta para arregimentar signatários e também para conferir as assinaturas. Em Minas Gerais, por exemplo, há prefeitos encarregados de contribuir cada um com 2 mil nomes devidamente checados. Solidariedade? Pragmatismo: se Marina conseguir criar a tempo a sua Rede, muito provavelmente concorrerá à Presidência em 2014. Para a oposição é um bom negócio, pois quanto mais numerosos forem os concorrentes, maior a divisão de votos. Consequentemente, aumenta a chance de haver segundo turno.

O raciocínio parte do princípio de que hoje quem tem votos é a presidente Dilma Rousseff. A oposição pode até vir a ficar bem, mas por enquanto sabe que está mal na foto. Precisa recorrer a todos os recursos a fim de tentar equilibrar o jogo, já que a situação tem a popularidade da presidente, a exposição inerente ao cargo e todos os meios à disposição.

Uma das maneiras é incentivar a concorrência que possa subtrair votos de onde eles estão mais concentrados: no governo. Marina pode até não repetir o desempenho de 2010, quando atraiu 20 milhões de eleitores. Mas, se entrar na disputa, fica com parte do eleitorado de esquerda, jovens e decepcionados com a política em geral.

Claro que o governador Eduardo Campos também entra nessa conta. Por enquanto, os tucanos estão achando ótima a movimentação dele e não o veem como uma ameaça ao senador e provável candidato do PSDB, Aécio Neves. Ao contrário. Na avaliação deles, Campos ajuda a difundir críticas ao governo e a atrair eleitores no Nordeste. Aqui de novo o mesmo raciocínio: quem tem votos da região é Dilma, não o PSDB. Portanto, ela teria a perder.

Além da questão regional, na visão dos tucanos, o governador de Pernambuco também atrairia parcela do eleitorado governista que já estaria cansado do PT, crítico à maneira de Dilma governar e em busca de uma “novidade”. Isso sem falar no potencial de desagregação da base aliada ao governo que o PSDB enxerga na presença de Eduardo Campos em cena como provável candidato.

Muito bem, vamos que saia tudo conforme o desenho desse figurino, que haja segundo turno, que o candidato tucano passe para a etapa final. O que garante que os outros concorrentes não ficarão neutros ou com Dilma? Pois é, por ora só a esperança de que as premissas estejam certas e o vento sopre a favor.

Se fizesse pronunciamentos, Dilma chamaria a EBC. Como faz propaganda eleitoral, gasta rios de dinheiro com agências de publicidade.

Comentário: A EBC Brasil é uma empresa pública, que possui toda a estrutura para gravar e colocar no ar os pronunciamentos de Dilma. Como não são pronunciamentos, mas verdadeiros comerciais eleitorais, Dilma gasta rios de dinheiro para anunciar seus feitos ao país.A matéria abaixo é da Folha de São Paulo.

O cenário é sempre o mesmo: o Palácio do Alvorada desfocado ao fundo, enquanto a câmera passeia lentamente sobre trilhos e dá movimento à imagem, sem tirar do primeiro plano a mesma personagem, sentada. O formato dos pronunciamentos de Dilma Rousseff na TV pouco mudou, mas os gastos para produzir os anúncios veiculados em rede nacional tiveram uma disparada nos últimos quatro meses.
 
Desde que foi eleita, Dilma já convocou emissoras de rádio e televisão para a transmissão de 12 pronunciamentos, que custaram aos cofres públicos um total de R$ 855 mil, em valores corrigidos. O salto no valor pago -já descontando a inflação- foi de 37% entre o primeiro pronunciamento, quando Dilma apresentou o novo slogan do governo, em fevereiro de 2011, e o último, em março, no qual anunciou a desoneração da cesta básica. Os valores pagos incluem despesas com produção, gravação e edição dos vídeos. Em 2011, os quatro primeiros anúncios tiveram um custo unitário de produção de até R$ 66 mil. Já do final de 2012 até o começo de 2013, os três pronunciamentos feitos superaram os R$ 90 mil cada.
 
A Presidência da República justifica o aumento dizendo que os preços não eram reajustados havia quatro anos. "Em dezembro de 2012 houve uma atualização de valores na produção dos pronunciamentos, uma vez que os preços praticados remontavam ao ano de 2008." Se mantiver o preço atual, o governo pode contabilizar em maio, com o tradicional pronunciamento do Dia do Trabalho, gastos de cerca de R$ 1 milhão com os anúncios de Dilma em rede nacional. O governo federal não paga para veicular os vídeos em rádio e televisão -somente os custos com a produção. Um decreto presidencial de 1979 prevê que as emissoras possam ser convocadas para divulgar gratuitamente assuntos de relevância.
 
Três agências de publicidade -Leo Burnett, Propeg e Nova S/B- que venceram licitação e têm contratos com a Presidência da República disputam entre si a confecção de cada pronunciamento. A Propeg fez 10 dos 12 pronunciamentos de Dilma -muitos deles supervisionados por João Santana, o marqueteiro da campanha petista de 2010. Ele também foi responsável pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006.
 
Apesar de exigir das agências gastos discriminados e cotação de preços no mercado, o governo não informou à reportagem quanto foi pago, por exemplo, a diretores, cinegrafistas, editores, maquiadores e cabeleireiros. Tudo está embutido no preço total do pronunciamento, uma vez que as agências de publicidade selecionadas para prestar o serviço têm liberdade de subcontratar profissionais de cada área. "As agências são remuneradas pelos serviços por ela intermediados e supervisionados", afirma a Presidência.
 
O valor pago pelos pronunciamentos é abatido do contrato total das empresas com o governo federal.
No mercado do marketing político, o custo superior a R$ 90 mil é considerado alto, mesmo utilizando equipamentos de ponta e contratando os melhores profissionais de texto, arte, luz e direção de cena.

O marqueteiro da Dilma é tão bonzinho!

Marqueteiro do PT e da campanha de Dilma Rousseff ao Planalto, o publicitário João Santana "contribuiu" de graça e sem contrato nos pronunciamentos oficiais da Presidência da República. Em nota, o Planalto admitiu a "contribuição gratuita" do publicitário. "Esporadicamente", diz a nota, "[Santana] conversa com pessoas do governo sobre assuntos de comunicação pública, inclusive pronunciamentos oficiais, mas não recebe qualquer remuneração por tais observações".
 
Embora tenha sido questionada, a Presidência não informou sobre outros serviços prestados por Santana além de dois episódios citados pela reportagem. Um deles foi a criação do slogan da gestão: "País rico é país sem pobreza". O outro é a produção do pronunciamento de 1º de maio de 2011, quando foi lançada a campanha do programa Brasil Sem Miséria.
 
"[Santana] deu, por exemplo, contribuição gratuita doando formalmente ao governo federal seus direitos de autor referentes à linha criativa do posicionamento da nova Marca Brasil e ideias para a campanha de lançamento do programa Brasil Sem Miséria", afirma a nota do Palácio do Planalto. A Marca Brasil é a logomarca que identifica o governo Dilma Rousseff em obras e peças publicitárias.
 
Pela campanha que elegeu Dilma à Presidência da República, em 2010, João Santana recebeu R$ 39 milhões. No ano passado, Santana foi o responsável pela campanha vitoriosa de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo por R$ 30 milhões. Procurado por e-mail, o Santana não respondeu aos questionamentos.(Folha de São Paulo)

Quanta inovação! Marina Silva contrata equipe de vendedores para caçar assinaturas para seu novo partido.

Mas quanta novidade! Marina Silva, a sonhática, poderia ser chamada de "espértica". Como não tem militância, vai contratar uma equipe de vendedores para pegar incautos na rua para assinar ficha de apoio ao seu partido. Será que vai registrar em carteira? Vai usar terceirizados? Como é que vai ser? Prometerá kits de Natura? Seria muito interessante que a Imprensa, que foi tão investigativa quando o PSD foi formado, acompanhasse esta operação caça-ficha da Marina. A matéria abaixo é do Estadão.
 
Com dificuldades para conseguir as mais de 500 mil assinaturas necessárias para criar um partido que possa disputar as eleições de 2014, o grupo capitaneado pela ex-senadora Marina Silva resolveu profissionalizar o processo e contratar pessoas para fazer esse trabalho. Até agora, as assinaturas estavam sendo recolhidas apenas por voluntários.
 
"A ideia é colocar essas pessoas contratadas nas ruas já a partir da semana que vem. A combinação desses dois atores, com a preponderância do voluntariado, é que vai produzir o resultado que esperamos", afirmou Cassio Martinho, um dos porta-vozes da Rede Sustentabilidade.
 
Para bancar esse custo extra com a contratação de pessoal, serão realizados eventos para arrecadar fundos. O primeiro deles vai ser um café da manhã, em São Paulo, na próxima quinta-feira. No dia seguinte, em Brasília, haverá um jantar. Os convites estão sendo vendidos a R$ 100. O local escolhido, um restaurante na asa norte da capital federal, tem capacidade para aproximadamente 300 pessoas.
 
O sentimento entre os fundadores da sigla, que foi lançada no dia 16 de fevereiro, é o de ser necessário acelerar o processo de coleta para que a Rede saia do papel dentro dos prazos legais. A Justiça Eleitoral estabelece que todas as assinaturas sejam encaminhadas e analisadas pelo Tribunal Superior Eleitoral até um ano antes das eleições, o que, no calendário eleitoral, significa a data limite de 4 de outubro."Os nossos mobilizadores e companheiros ativistas precisam ficar espertos, acordar, ter senso de urgência, dar um grau a mais no esforço de mobilização", afirmou Martinho.
 
Segundo ele, além de intensificar o número de mutirões para a coleta de assinaturas, novas estratégias estão sendo elaboradas para alcançar a meta. No próximo fim de semana, os 6 mil voluntários cadastrados no site da Rede foram convocados a entregar, cada um, 30 assinaturas nos postos de coletas dos seus respectivos Estados. C0m isso, o movimento pretende garantir 180 mil assinaturas de uma só vez.
 
Metáfora. Martinho, no entanto, diz considerar natural que a coleta de assinaturas ainda não tenha "engrenado" e compara o processo com a aceleração de um carro: "Um amigo usa uma metáfora que eu gosto muito para esse caso. É como um carro que começa um processo de aceleração lento e com marchas diferenciadas conforme cada estágio. Primeiro você passa a primeira, depois a segunda, até o carro atingir uma velocidade de cruzeiro. Por isso que se você fizer uma análise a partir da velocidade de um carro, você percebe que, neste momento, nós estamos mais lentos, o que é natural. O que a gente precisa conseguir é dar um empurrão na velocidade neste mês de abril".
 
O deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que já anunciou a sua migração para a Rede, também fala na necessidade de acelerar o processo, mas afirma que não há um temor de que o partido não consiga ser oficializado.
 
Mutirões. Nas últimas semanas, a própria Marina tem usado a sua popularidade para ir às ruas e pedir apoio para a criação do seu novo partido. A ex-ministra do Meio Ambiente conquistou quase 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010, mas nega que esteja criando o partido somente para se candidatar no ano que vem.
 
Há duas semanas, em São Paulo, ela participou de três eventos num mesmo dia, com direito a posar para fotos com os eleitores e tomar suco nas barracas dos dois mercados municipais que visitou. Além da capital paulista, a ex-senadora já participou de eventos no Rio, Belém, Manaus e Rio Branco.
 
A Rede ainda não fez um balanço oficial de quantas fichas de apoio já conseguiu. Segundo Martinho, esse número será divulgado em dez dias, já contabilizando os resultados dessa militância profissional que será contratada. A última vez que Marina falou sobre o assunto, na semana passada, disse que a sigla contava com 100 mil assinaturas.

PSDB precisa aprender a fazer marketing, em vez de atacar o marketing da Dilma.

O PT informa que a estratégia mercadológica para a reeleição de Dilma será baseada no tripé da queda dos juros, desoneração da cesta básica e redução da conta de luz. É uma grande oportunidade para a oposição, pois o tripé é volátil e só será mantido à base de truques. Com a inflação subindo, o congelamento dos juros vai ter um preço. É preciso que a oposição saiba explicar isso. Que Aécio Neves deposite, hoje, nas várias modalidades de aplicação financeira, um salário mínimo. De corpo presente. O próprio candidato. Já bem dirigido. No ano que vem, na campanha, volte lá e mostre quanto as várias aplicações renderam, retirando a inflação. Provavelmente, nada. Que o candidato explique, então, didaticamente, que se algum brasileiro está querendo viver de poupança na aposentadoria, não vai dar certo no governo do PT. Não existe mais remuneração para o pequeno capital no Brasil. Aécio também pode, com este mesmo dinheiro, fazer uma compra de alimentos. Um ano depois, sacar o dinheiro e ir ao mesmo supermercado, comprar as mesmas coisas, as mesmas marcas. Isto é mostrar inflação. A conta de luz, da mesma forma, será maior daqui um ano do que hoje, sem dúvida alguma. É hora da oposição preparar este tipo de campanha, clara, transparente e didática para a próxima eleição. Mostrando um Brasil de Verdade, contrapondo aos slogans oficiais, cuidadosamente construídos, desde o início da gestão Dilma. Para isso, não precisa buscar marqueteiro americano e nenhum encantador de serpentes. Mais uma vez, fica a dica. Como aquela de que os governadores tucanos deveriam se unir e fazer uma Minha Casa,Minha Vida deles. Hoje, as casas tucanas estariam de pé, bem feitas, sem rachaduras, enquanto as casas da Dilma estão por aí, desmoronando. A oposição não tem marcas porque não tem marketing. Que não percam mais tempo para não perderem mais uma eleição.

PT trata partidos aliados como traidores.

Comentário: Não é só Eduardo Campos(PSB-PE) que virou " aquele ingrato que me abandonou". A tática petista é vitimizar o PT, que sugou o que podia dos outros partidos nos últimos dez anos. Parece que o sentimento de todas as legendas é que chegou a hora de dar o troco no PT. A notícia abaixo é do Estadão.
 
A preocupação política do Planalto, agora, reside na montagem dos palanques para Dilma. Por enquanto, a meta do PMDB é lançar candidatos próprios em pelo menos 20 dos 26 Estados, além do Distrito Federal. Em muitos deles, como o Rio, o PT e o PMDB estão em pé de guerra e há outras praças onde as desavenças prosperam - caso do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul."Seria muita traição, depois de tudo o que Lula e Dilma fizeram por Sérgio Cabral e Eduardo Paes (governador e prefeito do Rio, respectivamente), o PMDB do Rio condicionar o apoio à presidente à retirada da minha candidatura", reagiu o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
 
Pré-candidato do PT ao governo fluminense, Lindbergh foi acusado, em reportagem da revista Época, de envolvimento em corrupção quando era prefeito de Nova Iguaçu. O material foi obtido com o PMDB. Cabral tenta emplacar a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e quer a desistência de Lindbergh, que nega com veemência a veracidade das denúncias. "O PMDB me jogou na oposição. Por que Geddel (Vieira Lima) pode ser candidato do PMDB na Bahia e eu não posso concorrer pelo PT no Rio?"
 
Para o senador Valdir Raupp (RO), presidente do PMDB, a pergunta deve ser feita no sentido inverso. "Por que o PMDB tem de apoiar o governo em todos os Estados e o PT não pode abrir mão de nada?", devolveu Raupp. No Planalto, o comentário é que, resolvidas essas pendências do PT com os aliados, "o resto vem por gravidade".

Aécio diz que Dilma faz o "governo do marketing".

O senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB na corrida presidencial de 2014, voltou a criticar o governo federal e afirmou hoje que a recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa servirá apenas para oferecer cargos à "paquidérmica base de sustentação do governo" e, com isso, "garantir alguns segundos a mais de propaganda eleitoral para a atual presidente". O órgão, que tem status de ministério (o 39º da atual estrutura), teve a criação sancionada pela presidente Dilma Rousseff na quinta-feira. A expectativa é que a pasta seja oferecida ao PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
 
Segundo Aécio, a atual administração federal "se entregou à lógica da reeleição". "Reformas ministeriais, em qualquer democracia mais avançada, pressupõe a melhoria da qualidade da prestação do serviço público e até mesmo o enxugamento da máquina. No Brasil, reforma ministerial serve para aumentar os custos do governo e garantir alguns segundos a mais de propaganda eleitoral para a atual presidente", afirmou o tucano. "Mais esse ministério, a meu ver, não resolverá o problema da pequena e micro empresa. Elas precisam de apoio, sim, mas precisam de verbas, de um BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que não privilegie apenas os grandes conglomerados", acrescentou.
 
Para o mineiro, o governo federal "quase saltou" 2013 e age como se já estivesse em período eleitoral. "O governo não foca as questões estruturantes. Prefere privilegiar a propaganda oficial . É um governo que optou pelo marketing", disse Aécio.As declarações foram dadas pouco antes de Aécio participar da Procissão do Enterro em São João Del Rei, no Campo das Vertentes mineiro, seguindo tradição do avô Tancredo Neves, que por décadas carregou uma lanterna de prata no cortejo, função agora exercida pelo senador.
 
Mantendo a postura de valorizar a administração tucana no governo federal, Aécio ressaltou que "não é uma nova estrutura, alguns novos cargos em comissão, que vão resolver os problemas da pequena e da micro empresa". "Na verdade, o que houve de mais importante para a pequena e micro empresa foi o Simples, criado ainda no governo do presidente Fernando Henrique, e depois o Super Simples, criado por nós no Congresso Nacional. É uma demonstração de que não precisa ter uma estrutura e cargos no governo para garantir competitividade a esse segmento da economia brasileira", avaliou.
PSDB
 
Antes de seguir para a procissão, Aécio também comentou sobre as disputas internas do PSDB e salientou que, independentemente de quem for o candidato presidencial tucano no ano que vem, a legenda precisa de unidade para ter "reais possibilidades de vitória". Acredito que algo que é mais importante que nossas posições individuais ou diferenças que possamos ter é o interesse do Brasil, o interesse público, e todos nós temos espíritos públicos", afirmou, citando nominalmente o ex-governador José Serra, oponente do mineiro no partido. (Estadão)

Condenado por atacar Ali Kamel, blogueiro da "sujosfera" chora as pitangas.

Condenado pela Justiça, um dos expoentes da "sujosfera", Luiz Carlos Azenha, faz um post pedindo , nas entrelinhas, desesperadamente , "apoio" para o seu blog. Abaixo, trechos e aqui a integra.
 
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo....
 
Vejam este trecho:
 
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
 
E mais este:
 
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores...
 
Outra expoente da "sujosfera", a Maria Frô, também fez um desabafo no facebook. Emocionante. Tocante. Vejam abaixo:
 
Porra, gente, acorda. Há anos a gente dá o sangue pra poder garantir liberdade de expressão e recolocar a verdade destruída cotidianamente por um monopólio midiático. O viomundo, o maria fro e outros poucos blogs tem uma característica própria de dar voz aos movimentos sociais, de trazer o que está fora de foco, para o centro do debate. Mas é porque somos teimosos, muito, mas muito teimosos que in...sistimos nisso.

 Luiz Carlos Azenha não gosta de falar, mas enquanto um monte de detratores nojentos gordamente alimentados por esta Secom sequelada ficavam tentando destruir sua reputação ele punha dinheiro do próprio bolso pra alimentar a blogosfera, Azenha, PHA, Rodrigo Vianna compram cotas para que conseguíssemos fazer o primeiro blogprog.

 O viomundo em 2010 passou de 2 milhões de páginas vistas e nunca recebeu um único centavo da secom, ao contrário, como ele mesmo fala só de advogados já gastou 30 mil, para bancar, por exemplo, textos denunciando a indústria do amianto.

 A idiota aqui que vos fala gasta um tempo precioso dela (estando desempregada) e em 2010 nem dormia. Parei toda a minha vida para defender um projeto político. Mas é isso, tudo tem limites. Tudo. Dinheiro não dá em árvore, quem tem honra tem honra e a gente tem honra.

 Choro escrevendo este texto, choro de raiva porque sei o quanto o Azenha ama fazer o Viomundo, ele respira jornalismo, ele curte a blogosfera, dá muita, muita raiva saber que defendemos um governo covarde, que acreditávamos que este governo teria coragem de fazer valer a Constituição. Como fomos idiotas.
 
Sobrou até para os ministros Paulo Bernardo e Helena Chagas, que são uns insensíveis que não entopem a "sujosfera" de dinheiro, preferindo anunciar na Veja, na Globo, na Epoca, que eles tanto odeiam:
 
Parabéns Helena Chagas, Parabéns Paulo Bernardo, parabéns governo com síndrome de estocolmo, vcs conseguiram alimentando gordamente estes corvos e não fazendo porra nenhuma pra democratização das comunicações no Brasil calar a blogosfera decente: http://www.viomundo.com.br/denuncias/globo-consegue-o-que-a-ditadura-nao-conseguiu-extincao-da-imprensa alternativa.html
 

Militares são ruins de marketing. Nunca fizeram pesquisa de opinião pública sobre 1964.

O discurso político sobre 1964 já está perdido há muito tempo. Ficar batendo boca em nota oficial no dia 31 de março não leva a lugar algum. Com R$ 200 mil, os clubes podem contratar uma pesquisa nacional para ouvir o que os brasileiros pensam sobre o regime militar. Com as perguntas certas, sem viés ideológico de esquerda, como tudo o que é feito em relação ao tema. Fica a dica para a milicada. Contratem o Ibope, o Datafolha ou outro instituto de pesquisa e saiam a campo. Com as respostas na mão, construam um novo discurso. Ou continuem sendo condenados pela História, derrotados pela opinião pública da minoria.

Insatisfeita, Dilma quer Comissão da Verdade criando mais factóides midiáticos. Em resumo: quer botar o povo contra os militares.

Vítima de tortura durante a ditadura militar, a presidente Dilma Rousseff não está satisfeita com os resultados alcançados até agora pela Comissão Nacional da Verdade, e cobrou uma mudança de rumos nos trabalhos do colegiado. Em conversas recentes com integrantes do grupo, Dilma exigiu mais resultados concretos e que sensibilizem a opinião pública, já que pouco do que está sendo feito vem sendo divulgado.
 
A principal intervenção da presidente foi no sentido de pedir que a comissão investisse mais nos depoimentos públicos de familiares, como forma de promover uma “catarse nacional”, como mostrou na quinta-feira a coluna Panorama Político. Alguns focos de resistência na comissão a esse tipo de atuação desagradaram ao Palácio do Planalto, que acompanha de perto os trabalhos. Só este ano, Dilma já teve reuniões reservadas com Cláudio Fonteles e com Paulo Sérgio Pinheiro.
 
O próximo passo da comissão, que deverá causar comoção nacional, será atuar junto à Justiça brasileira para que autorize a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, deposto e exilado pelo golpe militar. A exumação já foi autorizada pelos familiares de Jango, que acusam os governos militares na América do Sul, no âmbito da Operação Condor, de terem assassinado o ex-presidente em 1976. Um juiz uruguaio requisitou a exumação, e o governo brasileiro concordou com o pedido.
 
Em conversas com integrantes do colegiado, a presidente obteve a resposta de que a comissão já reuniu uma grande quantidade de informações inéditas, e que terá um material consistente para apresentar ao fim do período de funcionamento, em maio de 2014. Em relação ao ponto fundamental para Dilma — o de provocar maior comoção nacional —, ainda há resistências de alguns integrantes. A crítica da presidente é que, diferentemente das comissões mais exitosas pelo mundo, como as da Argentina e da África do Sul, no Brasil não se está promovendo uma catarse das feridas abertas pela ditadura. De acordo com pessoas próximas à presidente, ela acredita que somente a partir desse processo será possível promover uma verdadeira “cura”.
 
Dilma alertou que, nesses países, o sucesso das comissões deveu-se em grande parte às sessões em que eram ouvidos mães, esposas, filhos e demais familiares das vítimas, em depoimentos que eram tornados públicos, dando-lhes espaço para “exorcizar” seus fantasmas, chorar suas dores e espantar a tristeza. Dilma solicitou que, nos próximos meses, a comissão adote esse mecanismo.
 
O alerta do Planalto foi reforçado devido a desavenças internas que a comissão está enfrentando por conta da condução dos trabalhos. Enquanto uma parte do grupo defende que haja mais envolvimento público, para comover a sociedade em relação aos fatos ocorridos durante a ditadura, outra parcela dos integrantes acredita que o melhor é esperar até o fim dos trabalhos para somente então tornar os resultados conhecidos. De acordo com interlocutores do Planalto, os integrantes chamados pela presidente Dilma sinalizaram que poderiam adotar as mudanças.
 
No último encontro com integrantes do colegiado, Dilma afirmou que avaliaria o apelo do grupo para fazer mudanças na comissão. Alguns dos membros manifestaram preocupação com as constantes ausências de José Paulo Cavalcanti Filho, consideradas “injustificadas”, e também com a participação do ministro Gilson Dipp que, desde o ano passado, por questões de saúde, deixou de comparecer às reuniões. Há receio de que o desfalque prejudique o andamento dos trabalhos.
 
— O José Paulo Cavalcanti não está envolvido fortemente com a comissão, e em relação ao Gilson Dipp, ele não se apresentou ainda, não sabemos como está seu estado de saúde. A situação está difícil e precisamos de uma deliberação sobre isso. Há tempo hábil para se promover uma substituição. A um ano e um mês do fim dos trabalhos, ainda é possível que uma pessoa se integre perfeitamente ao grupo. Estamos no limite para dar uma definição — afirmou um integrante do colegiado, que prefere não se identificar.
 
A presidente teria demonstrado pouca disposição em realizar esse tipo de intervenção, mas prometeu analisar o caso. Dilma teria tentado convencer o grupo de que seria melhor trabalhar com cinco pessoas do que perder tempo e polemizar com eventuais mudanças, e pediu que os integrantes tocassem os trabalhos independentemente do problema, enquanto avalia a substituição. (O Globo)

Eis a questão: se 64 não tivesse existido, o Brasil seria uma China ou uma Cuba?

O envolvimento do governo americano no golpe contra Jango, prestes a completar 49 anos, é o pano de fundo do documentário O Dia que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, que estreia hoje em sete capitais do País. Seu protagonista é Lincoln Gordon, um economista de Harvard que serviu no Brasil como embaixador entre 1961 e 1966 e cujo maior temor, pelos áudios e documentos exibidos no filme, era que o maior país da América Latina se convertesse "não em outra Cuba, mas em uma China no Ocidente". Leia mais aqui.

Marina Silva promete um Reino de leite e mel para seus seguidores.

A crise mal começou, sabemos. Ultrapassou a miséria crônica das periferias e já penetrou nas fortalezas centrais do império. Adiamos as decisões mais urgentes para depois de todos os prazos, na mudança da economia, na prevenção das mudanças climáticas, na readequação das cidades, na proteção das comunidades, na educação das gerações. Atrasamo-nos, especialmente, na política, transformada num jogo de vitrines e estilingues do ego. Desprezamos os avisos da ciência, deixamos a sabedoria clamando no deserto. Comprometemos as safras dos tempos vindouros pela colheita de apenas algumas décadas.
 
Há, entretanto, uma força silenciosa e sem nome. Chamam-na esperança, utopia, sonho, fé e até destino. É um grão de certeza, uma pequeníssima semente. Uma promessa de que a vida será restaurada em seu sentido mais profundo. Chegaremos ao Reino e nele não teremos armas, mas simplesmente leite e mel. Serenidade na passagem da dor à alegria. Feliz Páscoa para todos.
 
Trecho do artigo que Marina Silva escreve às sextas na Folha de São Paulo

Acendeu a luz vermelha: Eletrobras teve rombo de R$ 10,5 bilhões em três meses. E prejuízo de R$ 6,8 bilhões em 2012.

As mudanças nas regras do setor elétrico implantadas no ano passado pelo governo Dilma Rousseff levaram a Eletrobras a registrar em 2012 prejuízo de R$ 6,8 bilhões, o maior desde que a companhia foi criada, em 195. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto. Entre outubro e dezembro de 2012, a elétrica teve perda de R$ 10,5 bilhões, maior prejuízo trimestral nominal (sem ajustar pela inflação) de uma empresa de capital aberto no país desde 1996, segundo levantamento da Economática. O prejuízo decorreu exclusivamente dos efeitos da MP do setor elétrico, que obrigou as companhias a reduzir suas tarifas para antecipar a renovação das concessões. Sem isso, a empresa teria um lucro de R$ 5,9 bilhões. (Folha de São Paulo)

Petrobras perde rios de dinheiro em negócios obscuros, denuncia Época.

Na quarta-feira, dia 27 de março, o executivo Carlos Fabián, do grupo argentino Indalo, esteve no 22o andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para fechar o negócio de sua vida. É lá que funciona a Gerência de Novos Negócios da Petrobras, a unidade que promove o maior feirão da história da estatal – e talvez do país. Sem dinheiro em caixa, a Petrobras resolveu vender grande parte de seu patrimônio no exterior, que inclui de tudo: refinarias, poços de petróleo, equipamentos, participações em empresas, postos de combustível. Com o feirão, chamado no jargão da empresa de “plano de desinvestimentos”, a Petrobras espera arrecadar cerca de US$ 10 bilhões. De tão estratégica, a Gerência de Novos Negócios reporta-se diretamente à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela acompanha detidamente cada oferta do feirão. Nenhuma causou tanta polêmica dentro da Petrobras quanto a que o executivo Fabián viria a fechar em sua visita sigilosa ao Rio: a venda de metade do que a estatal tem na Petrobras Argentina, a Pesa. ÉPOCA teve acesso, com exclusividade, ao acordo confidencial fechado entre as duas partes, há um mês. Nele, prevê-se que a Indalo pagará US$ 900 milhões por 50% das ações que a Petrobras detém na Pesa. Apesar do nome, a Petrobras não é a única dona da Pesa: 33% das ações dela são públicas, negociadas nas Bolsas de Buenos Aires e de Nova York. A Indalo se tornará dona de 33% da Pesa, será sócia da Petrobras no negócio e, segundo o acordo, ainda comprará, por US$ 238 milhões, todas as refinarias, distribuidoras e unidades de petroquímica operadas pela estatal brasileira – em resumo, tudo o que a Petrobras tem de mais valioso na Argentina.
 

Dilma não abre mão de trazer a inflação de volta.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar 2013 em 5,7%, acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%. Os dados constam do Relatório de Inflação referente ao primeiro trimestre deste ano e divulgado nesta quinta-feira pela autoridade monetária.
 
A publicação do documento ocorreu um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter afirmado que não concordava com políticas de controle de inflação que prejudicassem o crescimento do país. Horas depois, Dilma, que estava na cidade sul-africana de Durban para a cúpula anual dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, disse que sua declaração havia sido manipulada pela imprensa. A atual estimativa, de 5,7%, supera consideravelmente o índice com o qual o BC trabalhava no fim de 2012. Na ocasião, a autoridade monetária previa que a inflação em 2013 seria de 4,8%. Em 2011, o IPCA fechou exatamente no teto da meta (6,5%) e, no ano passado, foi de 5,84%.
 
No relatório, o BC também indica que, num período de 12 meses, a inflação terminará o primeiro trimestre de 2013 no teto da meta fixada pelo governo e deve superar tal patamar no segundo trimestre, atingindo 6,7%. Segundo a autoridade monetária, o índice só começará a apresentar desaceleração no terceiro trimestre, quando deve bater 6%, fechando o ano em 5,7%. Para 2014, a previsão do BC é de que o IPCA registre queda em relação a este ano. Porém, ainda assim, deve superar o centro da meta, fechando em 5,3%. O documento também aponta que a economia deve crescer 3,1% neste ano, abaixo da previsão oficial do governo, que é de 4%. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de bens e serviços do país, foi de 0,9%. (BBC Brasil)

Quem quer comprar 3 milhões de hectares na Amazônia, com índio e tudo?

O Equador pretende leiloar a companhias petrolíferas chinesas mais de três milhões de hectares de Floresta Amazônica, informou nesta quarta-feira o jornal britânico “The Guardian”. Segundo a publicação, um grupo de políticos equatorianos foi à China negociar contratos com representantes das companhias no hotel Hilton, no centro de Pequim, como parte de um roadshow para promover as licitações. Outros encontros teriam ocorrido em Houston, nos EUA, e em Paris, onde os participantes enfrentaram protestos de grupos indígenas. Entre as petrolíferas chinesas, havia representantes da China Petrochemical e da China National Offshore Oil. — O Equador quer estabelecer uma relação de benefício mútuo, do tipo “ganha-ganha” — defendeu o embaixador do Equador na China.
 
Segundo a organização não governamental Amazon Watch, que fica na Califórnia, nos Estados Unidos, sete grupos indígenas da região argumentam que não consentiram com o estabelecimento dos projetos de petróleo em suas terras. “Pedimos às empresas públicas e privadas de todo o mundo que não participem do processo de licitação que viola de forma sistemática os direitos de sete etnias indígenas ao impor projetos de petróleo a seu território ancestral”, escreveu um grupo de associações indigenistas em carta aberta há alguns meses.
 
O secretário de Hidrocarbonetos do Equador, Andrés Donoso Fabara, por sua parte, acusa os representantes indígenas de falarem em nome de suas comunidades com fins políticos. Ele informou que o governo optou por não licitar determinados blocos do território por falta de apoio das comunidades locais. — Estamos amparados pela lei se quisermos agir com a força e promover as atividades, mesmo que eles sejam contra — afirmou o secretário ao “The Guardian”. — Mas essa não é nossa política.
 
O governo do presidente Rafael Correa anunciou, em 2007, diante da Assembleia Geral da ONU, o compromisso de manter inexploradas por tempo indeterminado reservas de 846 milhões de barris de petróleo no campo ITT, na Amazônia equatoriana. A contrapartida seria uma contribuição internacional de US$ 3,6 bilhões. A Amazon Watch afirma que o acordo com as petrolíferas violará a própria política chinesa para novos investimentos, anunciada no mês passado, que promete respeitar as comunidades locais e o meio ambiente em operações fora do país.
 
Críticos dizem que a dívida do Equador com a China pode ser um dos fatores que impulsionam o negócio. O montante devido ultrapassa os US$ 7 bilhões, o que representa mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto de bens e serviços produzidos) do Equador. Desde 2009, os empréstimos chineses são recompensados com carregamentos de petróleo. E, recentemente, a China ajudou a custear dois dos maiores projetos de hidrelétricas no país.
 
— Acredito que seja mais do que uma questão de dívida. É porque os equatorianos são tão dependentes dos chineses para financiar seu desenvolvimento que estão cogitando comprometer áreas como a social e o desenvolvimento — disse Adam Zuckerman, da Amazon Watch, ao jornal britânico. (O Globo)

Bendita reintegração de posse.

Um projeto da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) está em tramitação na Comissão de Constituição de Justiça, exigindo que, tomada a decisão judicial, os governadores têm 15 dias de prazo para promover a reintegração de posse de áreas invadidas. Alguns senadores não concordam. O que ocorreu ontem, em São Paulo, prova que o projeto está certo. O governador Geraldo Alckmin foi obrigado a promover a recuperação de uma área invadida há sete meses, onde já havia 1.300 pessoas morando, com centenas de barracos construídos. Tendo em vista a comoção social, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, transformou o terreno em área de interesse social, por decreto, para promover a sua desapropriação. Justiça feita. O juiz decidiu, o governador cumpriu a lei, o prefeito negociou em nome da população, os moradores ficarão no local e os legítimos proprietários da área receberão a justa indenização. Uma prova de o projeto da senadora do Tocantins, que recentemente teve a sua fazenda invadida pelo MST, é fundamental para proteger o direito de todos e para exigir que autoridades do Executivo tenham que tomar decisões difíceis, pois estão ali para isso.

O editorial de hoje do Estadão intitulado "Brincando com fogo" mostra o quanto esta falta de uma regra dura pode gerar situações fora de controle...

A exemplo do que ocorreu no ano passado com a desocupação da área de Pinheirinho, em São José dos Campos, a execução de uma ordem judicial de reintegração de posse de um terreno no bairro Iguatemi, na zona leste de São Paulo, se converteu em mais um embate político entre o PT e o PSDB e terminou em tumulto. Convocada por um juiz de Itaquera, a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) iniciou às 6 horas a remoção das 700 famílias que ocuparam ilegalmente a área, mas suspendeu a operação no final da manhã, depois que o prefeito Fernando Haddad manifestou a intenção de desapropriar a área e o governador Geraldo Alckmin acionou o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori.

Haddad e Alckmin disseram que chegaram a um acordo por temer que o confronto entre a PM e os invasores resultasse em mortes. Apesar de ter sido procurado por uma comissão de moradores da área invadida na mesma semana em que assumiu a Prefeitura, a verdade é que Haddad só agiu após a atuação da PM, que é subordinada ao governo estadual.

Com isso, o prefeito saiu bem na foto. Quando acenou com uma solução politicamente correta para os invasores, prometendo declarar o terreno área de utilidade pública, Alckmin já havia sofrido o desgaste político causado por uma operação policial sobre a qual não tinha responsabilidade, uma vez que a PM foi convocada pela Justiça para executar uma ordem judicial.

Foi uma situação semelhante à da desocupação da área do Pinheirinho, em janeiro de 2012, quando movimentos sociais, o PT e pequenos partidos de esquerda conseguiram atribuir ao governador a imagem de culpado pela remoção forçada de 1.600 famílias. O incidente foi amplamente usado nas eleições municipais de outubro pelo PT, que acabou derrotando o PSDB não só em São José dos Campos, mas em outras cidades do Vale do Paraíba - o principal reduto eleitoral de Alckmin.

A exploração política da execução de ações de reintegração de posse teve início há cerca de três décadas, quando os movimentos sociais começaram a estimular as invasões de propriedades privadas em áreas urbanas. À medida que as ocupações se repetiam, os advogados desses movimentos passaram a usar os recursos previstos pelo Código de Processo Civil para acelerar ou retardar a tramitação das ações impetradas pelos proprietários para preservar suas propriedades. O objetivo dos movimentos sociais era levar a Justiça a julgar essas ações e a autorizar sua execução no período de campanhas eleitorais, criando situações de fato que beneficiam os partidos de esquerda vinculados a ONGs e associações comunitárias e constrangem prefeitos e governadores.

O cronograma da ação de reintegração da gleba do bairro Iguatemi é um exemplo dessa estratégia. O processo foi aberto em junho do ano passado. A ordem de reintegração foi emitida dois meses depois pelo juiz Jurandir Abreu Júnior. Entre o final de 2012 e o início de 2013, ele recebeu quatro pedidos de suspensão da reintegração de posse, tendo negado todos. Há um mês, receando a exploração política da operação, já que o embate entre o PT e o PSDB pelo Palácio dos Bandeirantes já começou, a PM pediu o adiamento da reintegração, alegando falta de efetivo. O juiz não acolheu o pedido e ordenou à PM que promovesse a reintegração.

A exploração política da execução de ações de reintegração de posse também tumultua o Judiciário, disseminando incerteza jurídica. Diante da interferência dos políticos, o juiz Jurandir de Abreu Júnior acolheu o pedido de suspensão feito pelo governo do Estado e fixou o prazo de uma semana para que Haddad assine o decreto de desapropriação da área. Mas, para cumprir a promessa feita aos moradores da gleba invadida, a Prefeitura terá de pagar uma quantia vultosa ao proprietário - e, se depositar esse valor, estará estimulando uma onda de invasões na cidade e no Estado, abrindo com isso um perigoso precedente para todos os governos municipais e estaduais, já que os movimentos sociais exigirão um tratamento isonômico.

PT mensaleiro não desiste da censura à imprensa.

Cada vez mais pragmático, o PT ainda carrega, para consumo interno, seus resquícios de ideologia. É a única explicação para o atual conflito entre o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e dirigentes de seu partido sobre a questão da banda larga. Segundo Bernardo, para aumentar os investimentos privados em telecomunicações, o governo prevê desoneração fiscal de R$ 6 bilhões ao setor nos próximos cinco anos. Foi o que bastou para áreas do petismo passarem a acusar o ministro de fazer lobby pelas empresas de telecomunicações.
 
"Será que o PT pensa que são as empresas que pagam esse imposto?" -reagiu o ministro em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo". Quem paga pelos altos custos das comunicações no país, assinalou, é o consumidor. "Quando você faz incentivo para automóvel, ninguém acha anormal." São bem outras, na realidade, as razões do dissenso entre Paulo Bernardo e o PT. O alvo do partido tem muito pouco a ver com investimentos na infraestrutura de tráfego de dados, da qualidade dos serviços e dos custos ao usuário.
 
O PT procura fundir essas preocupações -legítimas, porque o país está muito atrasado na matéria- com objetivos de ordem doutrinária. Critica-se o governo Dilma Rousseff, em seu próprio partido, por não levar adiante uma antiga reivindicação -a "democratização dos meios de comunicação". O termo esconde mal o propósito, especialmente agudo depois do escândalo do mensalão, de impor controle sobre a imprensa. Ela é acusada, como se esse não fosse o seu dever, de criticar o governo.
 
Surge, assim, o paradoxo tipicamente petista de carregar nas tintas ideológicas quando se vê desmascarado na fisiologia. A tática é fazer-se de oprimido por inimigos poderosos, quando a banda podre do PT busca prosseguir, sem críticas, no desmando e na corrupção.
 
Refratário, por qual motivo for, ao ressentimento dos mensaleiros, o governo aposentou por ora a tese da "democratização" da imprensa. Concentra suas ações nos problemas econômicos -as quais não deveriam excluir, por certo, medidas de estímulo à concorrência no setor de telecomunicações.
 
Paulo Bernardo terminou eleito como bode expiatório por alas frustradas de seu próprio partido. No entanto, o PT não ousa, ao que tudo indica, atribuir à presidente da República a responsabilidade pela orientação em curso. A comédia se destina só a contemplar o inconformismo daqueles que, flagrados em irregularidades, não perdem a arrogância jamais.

Editorial da Folha de São Paulo intitulado "Linhas cruzadas no PT"

PT x PMDB: Rio entre a máfia do guardanapo e a turma da propina.

Após a divulgação de inquérito no qual é investigado por suposta cobrança de propina quando esteve à frente da Prefeitura de Nova Iguaçu, o senador Lindbergh Farias (PT) afirmou que se tornou opositor do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). O desembarque da gestão peemedebista, porém, tem resistência dentro do PT.
 
De acordo com a revista "Época", que revelou detalhes da investigação, o material faz parte de dossiê produzido pelo PMDB do Rio contra o petista, pré-candidato ao governo do Estado. A sigla, que defende a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), nega ter reunido os documentos. Cabral também afirmou não estar envolvido na divulgação do caso.
 
De acordo com a revista, os papéis mostram depoimentos de Elza Araújo, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Finanças de Nova Iguaçu, segundo os quais Lindbergh exigiria propina de empresas contratadas pelo município para pagar despesas pessoais dele e de parentes. Procurada pela Folha, Elza Araújo não foi localizada. Os documentos integram inquéritos abertos em 2007 pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal do Rio enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) após a eleição do petista ao Senado -quando passou a ter foro privilegiado.
 
A investigação está sob segredo de Justiça por conter a quebra de sigilo bancário do senador e de familiares. Lindbergh nega as acusações e afirma que o Ministério Público Federal no Rio pediu que a investigação não fosse enviada ao STF por não haver indícios suficientes.
 
A divulgação do suposto dossiê fez com que o senador atacasse Cabral. "Eles querem jogar todo mundo na lama", disse o senador no último fim de semana. "Eles [o PMDB] me jogaram no terreno da oposição." Lindbergh, porém, encontra dificuldades no PT para emplacar o desembarque da gestão Cabral. No início do mês, o senador anunciou que o partido discutiria a entrega das duas secretarias que comanda no Estado (Ambiente e Assistência Social).
 
O debate, no entanto, sequer foi feito na Executiva Estadual. "Essa discussão nunca foi do partido", disse o presidente regional do PT, Jorge Florêncio, que defende a candidatura do senador. O presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, criticou a reação do senador. "Em vez de ficar gastando energia tentando inverter a situação, o senador poderia responder à Justiça."
 
O PMDB do Rio ameaça não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff caso o PT não apoie Pezão e lance Lindbergh como candidato. O recado foi repassado ao ex-presidente Lula em reunião com Cabral e Pezão. Em entrevista ao "Valor Econômico", Lula disse que não vai pedir para que o senador desista de concorrer em 2014, como fez em 2010. Mas, ao mesmo tempo, afirmou que a prioridade é o "projeto nacional", de reeleição da presidente Dilma. "Lindbergh pode ser candidato sem causar problema", disse o ex-presidente. (Folha de São Paulo)

PSDB muda marketing e acorda para internet.

O PSDB vai trazer um dos estrategistas da campanha do presidente dos EUA, Barack Obama, para ajudar a construir a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República em 2014. A costura para trazer David Axelrod, um ex-alto funcionário da Casa Branca e conselheiro político das campanhas presidenciais de Obama, foi feita pelo novo marqueteiro do tucano, Renato Pereira, com ajuda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso -que tem proximidade com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
 
Segundo a Folha apurou, o partido também fez contato com Antonio Villaraigosa, prefeito de Los Angeles e uma das estrelas em ascensão do Partido Democrata dos EUA. A legenda pretende trazê-los para orientar o tucano na fase da pré-campanha, sobretudo na área de internet. Ainda não há data para o desembarque dos dois democratas, mas integrantes da cúpula do partido afirmam que isso ocorrerá após maio.
 
Nesse mês, Aécio Neves deverá assumir a presidência do PSDB e lançar o programa de TV do partido, primeira aparição do senador mineiro em cadeia nacional para se apresentar como alternativa tucana ao Palácio do Planalto. Conforme os planos do grupo de Aécio, o objetivo é colher experiências em pesquisas por segmentação do eleitorado e estratégias na área de campanha digital.
 
Os tucanos querem aprender como encurtar a distância entre candidato e eleitor por meio de uma fala mais direta, com mensagens focadas em segmentos sociais específicos. Além disso, buscam ferramentas criativas para usar de forma moderna e mais eficaz nas redes sociais. Intensificar uma ação pela internet é uma das missões de Renato Pereira, marqueteiro considerado "entusiasta" da linguagem virtual.
 
Foi por meio da internet que Obama popularizou sua candidatura, tanto nas primárias democratas como na candidatura para presidente. Por meio dela, aproximou-se do eleitorado jovem e difundiu o slogan da "mudança", além de elevar a arrecadação de recursos por meio de financiamentos de baixo valor feitos por simpatizantes individuais. O resultado levou o próprio PT, em 2010, a convidar o norte-americano Ben Self, da Blue State Digital, para dar palpites na estratégia de internet da campanha de Dilma Rousseff. Ele também trabalhou na campanha de Barack Obama. (Folha de São Paulo)

Acusado de racista, Feliciano manda prender manifestante.

Leiam o cartaz do vagabundo de amarelo...
 
Após ser chamado de racista, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), determinou nesta quarta-feira (27) a prisão de um dos manifestantes que protestavam contra sua permanência no cargo. O episódio ocorreu minutos depois de ele abrir os trabalhos da comissão. O rapaz foi retirado do colegiado pela Polícia Legislativa da Câmara.
 
"Aquele senhor de barba, chama a segurança, me chamou de racista. Racismo é crime. Eu quero que ele saia preso daqui", disse. Os manifestantes contra Feliciano tentaram impedir a saída do colega e o abraçaram, mas ele foi levado por vários policiais para o departamento de Polícia da Câmara. O rapaz foi identificado como Marcelo Pereira por outros colegas. Feliciano reiterou que não vai sair do cargo. "Vou pedir para os manifestantes que mantenham a calma. Não vou ceder a pressão. Pode gritar, pode espernear ". O deputado ainda decidiu trocar de plenário para impedir a presença de manifestantes. (Folha Poder)

Lula não fala da Rose nem do Mensalão. Ataca Aécio e lambe Eduardo Campos.

Lula deu uma longa entrevista ao Valor Econômico. Recusou-se a falar da Rose e do Mensalão. Também saiu pela tangente quanto o assunto foi o dinheiro que recebe das empreiteiras. E sobre como usa dinheiro público para organizar as suas viagens, pelas quais cobra gordos cachês. Atacou Aécio Neves e lambeu Eduardo Campos. Este fato define muito bem quem é oposição ao governo e quem é governo fantasiado de oposição. Abaixo algumas frases e o link da entrevista.
 
Sobre Dilma:
 
Foi um grande acerto. Tinha obsessão de fazer o sucessor. Eu achava que o governante que não faz a sucessão é incompetente.
 
O que é importante é que ela não perde suas convicções ideológicas, mas não perde o senso prático para governar o país. Ela não vai governar o país com ideologia. Se alguém ainda aposta no fracasso da Dilma, pode começar a quebrar a cara.
 
O papel dela não é tão fácil quanto o meu porque 99% das pessoas que recebia eram homens, e homem fala coisa que mulher não pode falar, conta piada.
 
Sobre Eduardo Campos:
 
Ainda é cedo para falar de Eduardo candidato, mas se ele for não é da minha índole tentar demover candidaturas.
 
Minha relação de amizade com Eduardo Campos e com a família dele, que passa pela mãe, pelo avô e pelos filhos, é inabalável, independentemente de qualquer problema eleitoral. Eu não misturo minha relação de amizade com as divergências políticas.
 
Sobre a Direita:
 
Candidaturas como a do Eduardo e da Marina só engrandecem o processo democrático brasileiro. O que é importante é que não estou vendo ninguém de direita na disputa.
 
Sobre Aécio Neves:
 
E o Aécio não tem a performance que as pessoas esperavam dele.
 
... tem o Aécio que me parece com mais dificuldades de decolar.
 
Sobre Serra:
 
Acho que Serra se desgastou. Poderia não ter sido candidato em 2012. Eu avisei: não seja candidato a prefeito que não vai dar certo. Poderia estar preservado para mais uma. Mas Serra quer ser candidato a tudo, até síndico do prédio acho que ele está concorrendo agora.
 
Sobre as suas "palestras":
 
O que faz um presidente da República? Como é que viaja um Clinton? A serviço de quem? Pago por quem? Fernando Henrique Cardoso? Ou você acha que alguém viaja de graça para fazer palestra para empresários lá fora?
 
E eu falo sinceramente: nunca pensei que eu fosse tão bem remunerado para fazer palestra. Sou um debatedor caro. E tem pouca gente com autoridade de ganhar dinheiro como eu, em função do governo bem-sucedido que fiz neste país.
 
Sobre FHC:
 
Você sabe que eu fico com pena de ver uma figura de 82 anos como o Fernando Henrique Cardoso viajar falando que o Brasil não vai dar certo. Fico com pena.

Sobre 2018:

Não sei das circunstâncias políticas. Vai saber o que vai acontecer nesse país, vai que de repente eles precisam de um velhinho para fazer as coisas. Não é da minha vontade. Acho que já dei minha contribuição. Mas em política a gente não descarta nada.
 
 
 

Partido de Feliciano pede afastamento dos mensaleiros do PT da CCJ.

O PSC decidiu transformar o conflito em torno da presidência da Comissão dos Direitos Humanos na Câmara numa espécie de "guerra santa". Percebendo o constrangimento das lideranças partidárias em destituir do cargo aquele que elegeram - o pastor Marco Feliciano (SP) -, o partido partiu para o enfrentamento. Após uma reunião de mais de três horas, terminada há pouco, com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os líderes partidários não encontraram uma solução para o impasse envolvendo a presidência da Comissão de Direitos Humanos.
 
Depois de uma nota oficial da Executiva Nacional, à tarde, apoiando a permanência do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando do colegiado, parlamentares evangélicos, também de outras legendas, resolveram cobrar o afastamento da Comissão de Constituição e Justiça dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoíno (PT-SP), condenados no processo do mensalão. - Se é para afastar o Feliciano, então tem que tirar o José Genoíno e o João Paulo Cunha da Comissão de Constituição e Justiça, cobrou o deputado João Campos (PSDB-GO), coordenador da bancada evangélica, dizendo falar em nome de mais de 200 deputados. (Estadão)

Decisão de Barbosa deixa mensaleiros do PT mais perto da cadeia.

Sob o argumento de que o julgamento do mensalão foi "amplamente divulgado", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou pedidos dos réus que queriam mais tempo para elaborar os recursos e cópia dos votos revisados dos ministros antes da publicação oficial do resultado. Ele analisou dois requerimentos feitos pelas defesas de Ramon Hollerbach, ex-sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e do petista José Dirceu.
 
A negativa de Barbosa gerou reação das principais defesas que atuaram no caso. Ontem, horas depois da decisão ter sido divulgada, 15 advogados, entre os quais o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Arnaldo Malheiros Filho, Alberto Toron e José Luís de Oliveira Lima, entraram com um novo pedido. Sobre essa solicitação Barbosa ainda não se manifestou. Eles afirmaram que a falta de acesso prévio às manifestações por escrito dos ministros e a não ampliação dos prazos "inviabilizaria o direto de defesa".
 
O novo embate entre Barbosa, relator do mensalão, e a defesa dos réus ocorre porque os advogados terão o prazo regimental de cinco dias para elaborar recursos assim que for publicado o acórdão (resultado do caso). Houve 25 punidos pelo esquema de desvio de dinheiro público e compra de votos de parlamentares nos primeiros anos do governo Lula. O documento com os votos dos ministros terá milhares de páginas e deveria ser publicado em 1º de abril, quando terão passado 60 dias do fim do julgamento, descontados recessos e feriados.
 
Como alguns ministros ainda não entregaram suas contribuições, a expectativa é que a publicação do acórdão só ocorra após o dia 8. O presidente do STF afirma que as defesas conhecem bem o que foi decidido e não precisam do acesso antecipado ou um maior prazo para eventuais questionamentos. "Todos os interessados no conteúdo das sessões públicas de julgamento, em especial os réus e seus advogados, puderam assisti-las pessoalmente no plenário desta corte", disse, em sua decisão.
 
Os advogados dizem que, se não tiverem acesso ao conteúdo antecipadamente, vão precisar de ao menos 30 dias para analisar esse material. Thomaz Bastos disse à Folha que o argumento de Barbosa é "falacioso", pois a maioria dos ministros não leu o voto durante as sessões, prometendo juntar manifestação escrita posteriormente. "Quase nenhum ministro apresentou o voto escrito durante o julgamento. Como podemos saber o que questionar? Isso, na minha opinião, é um cerceamento completo de defesa", afirmou.
 
No documento entregue ontem, ele e seus colegas também disseram ser "humanamente impossível cumprir os exíguos prazos". "Ninguém, por mais conhecedor das minúcias do processo que seja, consegue ler mais de 5.000 folhas em cinco dias e ainda por cima redigir uma peça apta a defender os interesses de seu patrocinado." (Folha de São Paulo)

Serra sumiu até do twitter.

José Serra (PSDB-SP) é um expert em twitter, o microblog tão usado pelos políticos. Viajou para um evento secreto em Princeton. Sim, porque não publicou nenhuma foto usando o instagram. Tampouco fez algum post. No site da famosa universidade também não existe referência à homenagem ao economista morto em dezembro, que levou Serra às pressas aos Estados Unidos, exatamente no dia em que o PSDB de São Paulo se reunia com Aécio Neves. Tuíta uma foto aí,  Serra.

Eduardo Campos leva sova de Gleisi Hoffmann na Comissão dos Portos.

Para quem não conhece, ontem foi a estreia de Eduardo Campos (PSB-PE) em audiência da Comissão da MP dos Portos. Durante 15 ou 20 minutos, ele falou atacando a decisão do governo de assumir o controle dos portos no país, cuja gestão, em alguns casos, está nas mãos dos estados. Aliás, o caos nos portos deve-se muito ao  fracasso desta centralização. Ao final da sua explanação, Campos fez um pedido inédito ao governo, ali represetando por Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil: mudem a gestão nos outros estados, mas mantenham a independência do Porto de Suape, em Pernambuco. Uma vergonha para quem havia citado o pacto federativo como justificativa, pedir tal preferência. Na tréplica, Gleisi arrasou o candidato em campanha Campos, dizendo que ele mesmo havia tido problemas durante anos para aprovar obras no seu porto, pois o projeto estava errado. Além disso, afirmou que os estados, como Pernambuco, não faz licitações, sugerindo que privilegia apenas as empresas já instaladas. E, finalmente, que ela tem que regular o Brasil não a partir de Pernambuco, mas olhando todo o território nacional.
 
Observação: Eduardo Campos pode ter uma boa estampa, mas quando abre a boca é um fiasco. Não empolga e não passa verdade. Vai precisar de muito media training para enfrentar uma campanha nacional onde não bastam olhos azuis.

Agora é a Folha quem toma lado para 2014.

Leiam o Editorial de hoje da Folha de São Paulo. E respondam: a reunião de um partido, faltando 18 meses para a eleição presidencial, é motivo para um editorial? E desde quando um editorial termina com um "talvez"? Um editorial não expressa a opinião de um jornal? "Talvez"?
 
O evento desta segunda-feira do PSDB paulista, para demonstrar apoio ao senador Aécio Neves, atenua a imagem de uma divisão grave no maior partido da oposição. Os tucanos seguem tão unidos -ou desunidos- como têm estado desde que deixaram o governo federal, no início da década passada. Desde então, um punhado de caciques disputa e controla as indicações nas eleições majoritárias. A soma de suas personalidades e veleidades entra em atrito constante, e às vezes em franca contradição, com as diretrizes de estabelecer um programa partidário coerente e de privilegiar condutas que se sobreponham ao personalismo.
 
O que acontece há dois anos nesse minúsculo grupo de comando é o enfraquecimento de um de seus próceres, José Serra. Duas derrotas sucessivas -para a Presidência, em 2010, e para a prefeitura paulistana, em 2012- anularam sua capacidade de colocar-se no caminho de Aécio Neves. O ex-governador paulista tornou-se um incômodo menor no processo de unção do senador mineiro à condição de candidato tucano ao Planalto em 2014. Com a bênção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador Geraldo Alckmin, Aécio deverá assumir o comando da legenda em maio e, a partir daí, desenvolver sua estratégia até a eleição.
 
Aécio Neves está sozinho na disputa interna, e esse é o seu maior problema. Enquanto se debatia com lideranças mais fortes, como em 2010 contra Serra, tinha ao menos um pretexto para não dizer exatamente a que veio. Agora o candidato que pretende governar o Brasil, antepondo-se a uma presidente popular que será competitiva no ano que vem, está desafiado a revelar, sem subterfúgios, sua plataforma e sua personalidade.
 
Os primeiros ensaios e discursos de Aécio Neves têm sido desapontadores. Não se depreende muito bem o que deseja fazer de diferente em relação à administração Dilma Rousseff. Melhorar a operação da Petrobras, emancipar os mais pobres da dependência de bolsas e recursos públicos e aperfeiçoar a gestão federal, tópicos aos quais Aécio se aferra, seriam temas adequados a qualquer candidato, de situação ou de oposição.
 
Saber em que se distinguiria a candidatura de Aécio Neves é ainda mais crucial para o PSDB diante da desenvoltura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), nesta aquecida pré-temporada eleitoral. Semidesgarrado do bloco governista, Campos arrebata simpatias em setores da opinião pública e do empresariado usualmente próximos dos tucanos. Talvez esse veio não seja largo o suficiente para abrigar dois candidatos fortes de oposição em 2014.

Pai do Mensalão e patrocinado por empreiteiras, Lula quer tornar financiamento privado de campanha um crime inafiançável.

Ao tratar de reforma política em debate nesta terça-feira (26), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o financiamento privado de campanha se torne "crime inafiançável". "Nós precisamos de uma reforma política. Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado", defendeu o ex-presidente.
 
Lula ressaltou a dificuldade de uma reforma política ser aprovada porque, segundo ele, aqueles que estão no Congresso querem manter o status quo. O ex-presidente também defendeu o fortalecimento dos partidos políticos e criticou as legendas de aluguel "por vender espaço na TV e negociar no Congresso". "Partido tem de ser uma parte representativa de uma parte da sociedade", disse. (Folha Poder)

E aí, Dilma, vai lançar uma Bolsa Reforma para o Minha Casa, Minha Vida?

Abaixo, uma estarrecedora reportagem de O Globo sobre a decomposição das casas e apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Casas com rachaduras. Casas inundadas. Casas afundando. A situação ocorre no Rio e em todo o Brasil.
 
 
Para quem vivia em áreas de risco, muitas vezes em barracos precários, ganhar apartamentos em conjuntos habitacionais com espaços de lazer e saneamento adequado poderia parecer solução, não fossem alguns desses condomínios verdadeiros castelos de areia, como relatam moradores de unidades do programa Minha Casa Minha Vida. A fragilidade de parte dessas construções ficou evidente semana passada, com os problemas nos prédios que receberiam desabrigados da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói.
 
Nos condomínios Santa Helena e Santa Lúcia, no Parque Paulista, em Duque de Caxias, as 389 casas foram inundadas semana passada, fazendo com que muitos moradores perdessem tudo. Na segunda-feira, oito dias depois das chuvas, as pessoas continuavam limpando os estragos. Em frente aos conjuntos, havia montes de móveis que tiveram de ser jogados no lixo.
 
— Passei minha vida pedindo a Deus uma casa. Quando finalmente recebi, comprei todos os móveis novos. Mas veio a água e destruiu tudo — conta, chorando, a dona de casa Francisca Rabelo Gonzaga, de 52 anos. — Pior que, já tendo morado em vários bairros, alguns lugares de risco, nunca tinha passado por isso — acrescentou Francisca, que paga pela casa R$ 54 mensais à Caixa Econômica Federal, que financiou o projeto.
 
Os problemas, no entanto, não começaram com o temporal da semana passada. Muitas casas têm rachaduras e infiltrações, como a da doméstica Ana de Souza Silva, de 49 anos. — Já construí uma barreira com tijolo e cimento nas minhas portas. Mas não adianta. A água passa por cima. Não sei mais o que fazer. A casa está toda rachada e mofada — diz Sidneia Fonseca da Silva.
 

Unido a Kassab, Serra pode criar um palanque para Campos em São Paulo.

São Paulo, 2014. Eduardo Campos para presidente. José Serra para governador. Gilberto Kassab para vice ou para o Senado. Não é impossível. Serra iria para o PPS e Kassab colocaria o PSD e seu precioso tempo de TV na canoa do pernambucano e do ex-tucano. Seria um palanque dos sonhos para Campos em São Paulo. Para Kassab, então, seria o paraíso. Se não for para segundo turno, Campos e Kassab apoiariam Dilma, voltando às boas com a "coalizão". Indo para o segundo turno, Serra ficaria neutro na eleição presidencial, mas teria o apoio do PSB e do PSD. Pelo comportamento de Serra e Kassab nos últimos dias, não é impossível.

O tempo conspira a favor de Aécio.

Para quem não lembra, José Serra e o PSDB só assumiram a candidatura à presidência em abril de 2010. O então governador de São Paulo deu uma entrevista ao programa do Datena e praticamente confirmou que seria ele a enfrentar Dilma. Liderava as pesquisas com folga, inclusive no Nordeste. Seu nome veio a ser homologado apenas em abril do ano da eleição.
 
Ontem, Aécio Neves foi confirmado como candidato tucano e novo líder da legenda, há um ano e meio da eleição de 2014. Como presidente do PSDB, poderá correr o Brasil em busca de alianças e de popularidade, sem correr riscos de crime eleitoral. O mineiro não tem problema de mandato, pois é senador até 2018. Terá muito mais tempo para construir um discurso convincente e alianças imprescindíveis para obter um bom espaço de propaganda eleitoral.
 
A situação de Aécio é completamente diferente daquela vivida por Serra. Tem baixa rejeição, uma imagem a ser construída e parte de um teto de preferência igual ao de Dilma em 2010. Lula, como cabo eleitoral, está envolto em um mar de suspeitas e o PT, pela primeira vez, enfrentará concorrência no Nordeste. O grande problema é a popularidade de Dilma. Para vencê-la, não vão bastar críticas. Deverá haver genialidade em apresentar uma nova proposta para o Brasil. Mais do que querelas regionais, este é o grande desafio.

Tucanos só sabem fazer oposição a si mesmos.

Do Blog do Augusto Nunes:

É secundário saber se José Serra tem ou não motivos para a declaração de guerra à candidatura de Aécio Neves em 2014. O que importa é a constatação: Serra tem combatido o companheiro de partido com a agressividade que lhe faltou na campanha presidencial de 2010.
 
Se tivesse enfrentado Dilma Rousseff com a determinação e a bravura exibidas na luta contra o senador mineiro, poderia ter vencido a disputa com o poste que Lula inventou. Na pior das hipóteses, não seria derrotado tão facilmente.
 
Tucanos são péssimos quando precisam opor-se aos inimigos de verdade. Mas esbanjam competência quando o adversário é outro tucano.
 
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PSDB fecha com Aécio presidente do partido e do país.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso discursa ao lado de Geraldo Alckmin e Aécio Neves em evento, em São Paulo
Ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu pela primeira vez o nome do mineiro à presidência da sigla.

Ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu pela primeira vez o nome do mineiro à presidência da sigla."O que sinto no PSDB é que você, Aécio, assuma a presidência do PSDB, percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale ao povo brasileiro e una o partido", afirmou antes do início do congresso do diretório estadual do partido, em que o mineiro fará uma palestra.
 
Aécio vem buscando unidade interna para assumir o comando do partido e, em seguida, se lançar candidato à Presidência da República, mas esbarrava na resistência de grupos divergentes dentro do partido, parte deles em São Paulo. Há duas semanas, Alckmin chegou a falar em caráter reservado a Aécio que não concordava com seu projeto de presidir a sigla.
 
Antes de Alckmin, o mineiro também falou aos jornalistas. Disse que a visita a São Paulo é uma "oportunidade para demonstrarmos que estamos aquecendo os motores e nos preparando para mostrar que o Brasil pode ter um governo com muito melhores resultados do que esse que está aí."
 
Para ele, "o PSDB não tem sequer o direito de se negar a apresentar ao Brasil uma alternativa a esse modelo de governo que aí está, seja da perspectiva ética, da eficiência, de uma visão mais moderna de país e de mundo". Fora do país, o ex-governador José Serra, rival interno de Aécio, não compareceu. Ao chegar o evento, o senador afirmou que preferia "agradecer a presença de todos os companheiros" que vieram. (Folha Poder)

"Nós precisamos percorrer uma longa estrada até 2014. Essa é a hora de o PSDB se mostrar vigoroso ... A escolha do candidato do PSDB vai ocorrer no amanhecer de 2014, quando vamos estar todos juntos, prontos para enfrentar esse governo que vai estar desgastado, cansado, porque perdeu a capacidade de transformar. E se contenta, hoje, em ter um projeto de poder que é um vale tudo". (Aécio Neves)

Acabou o primeiro mandato da Dilma. Desse jeito, o PT acaba com o Brasil.

Lula lançou a reeleição de Dilma na festa dos 10 anos do PT. Em fevereiro passado. Um lance de esperteza para trocar mensalão por sucessão. A partir daí, 2013 entrou para a história como o ano que não existiu. O primeiro mandato de Dilma, que deveria ser de 48 meses, durou exatos 26 meses. PIB de 0,9%. Apagão logístico. Inflação em alta. Nada disso importa mais. A campanha eleitoral para 2014 está nas ruas. Um governo que acumulava resultados pífios agora será desmontado para acomodar velhos aliados fisiológicos. Voltou Carlos Lupi do PDT corrupto, em seguida volta Alfredo Nascimento ou algum apaniguado do PR corrupto. E outros virão para meter a mão no erário.  Acabou o primeiro mandato da Dilma. Tomara que não exista um segundo, para o bem do Brasil.

Ala do PSDB acha que rejeição de Serra tem recuperação. É o mesmo argumento usado em 2012 na eleição paulistana.

Da Folha:
 
Interlocutores do senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmam que o mineiro, pré-candidato ao Planalto em 2014, pretende manter uma convivência apenas partidária com o ex-governador José Serra (PSDB-SP). Isso significa dizer que Aécio não espera engajamento de Serra em uma eventual campanha presidencial, mas quer que ele ao menos não o atrapalhe.
 
Segundo aliados, Aécio até gostaria de ter Serra integrado à campanha, por reconhecer nele um político de boas ideias, conhecedor de temas de várias áreas. Mas o que leva Aécio a não alimentar esse sentimento é o tipo de relação que ele e Serra vêm tendo nos últimos anos: formal, com pouca identidade e com estilos distintos.
 
Do Estadão:
 
"Eu nunca postulei presidir o PSDB, mas confesso que há hoje um movimento de governadores, de parlamentares, que consideram importante eu assumir a presidência do partido. Só farei isso se for algo consensual, inclusive com o apoio de São Paulo", afirmou.Aécio adota discurso similar ao se referir a 2014. "Eu não sou candidato à presidência da República a qualquer custo. O PSDB terá um candidato e esse candidato, para ter sucesso, terá de ter o apoio do governador Geraldo Alckmin", disse.
 
A depender de Alberto Goldman, o apoio do PSDB paulista à candidatura à Presidência de Aécio ainda pode estar longe. Ao chegar à reunião, ele destacou que, segundo a última pesquisa Ibope, 47% dos eleitores, no voto estimulado, não escolheram o nome de Dilma e, entre os oposicionistas, Serra ainda é o segundo colocado, com 12%, mesmo tendo Aécio, quarto colocado, com 7%,como opção. Em análise publicada em seu blog na noite de domingo, 24, Goldman destacou que a rejeição de Serra - a mais alta entre os nomes citados da pesquisa - poderá cair se o governo Dilma enfrentar problemas na condução da economia, assim como a rejeição a Aécio poderá subir, na medida em que mais eleitores o conheçam.
 
Recordar é viver (novembro de 2012):
 
 “Alguém no mundo pode ser contra a renovação? Renovação é sempre boa ... Mas não perdemos a eleição porque Serra tem 70 anos de idade. A principal rejeição a Serra foi a rejeição ao prefeito Gilberto Kassab, que é jovem.”
 
(Alberto Goldman, vice presidente do PSDB, em novembro de 2012)

Piada do dia: Serra pode ser vice de Aécio, Campos ou Marina Silva.

José Serra (PSDB-SP) tem nova aspiração: ser candidato a vice-presidente da República em 2014. Apresenta como trunfo aos eventuais interessados (os candidatos de oposição à reeleição da presidente Dilma Rousseff) a abertura de espaço em São Paulo, maior eleitorado do país. Interlocutores do ex-governador já falam abertamente da ideia. (Da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo)

Serra cancelaria a viagem, se quisesse lutar por espaço no PSDB à luz do dia.

Ontem publicamos um post (veja abaixo) que gerou alguns comentários exasperados, pois sugeria que o Estadão era serrista, no que tem todo o direito. Chamada de hoje é: SEM SERRA, AÉCIO PEDE APOIO PAULISTA. Ontem, às vésperas do encontro entre Aécio e os tucanos paulistas, o vetusto jornal foi chafurdar nas passagens aéreas do senador tucano. Cheira, obviamente, a dossiê, a um aviso de como será a guerra dentro do ninho tucano. O post também falava sobre a viagem de Serra para fugir ao debate. Um comentarista indignado disse que a viagem estava marcada há seis meses. Ora, o falecido que será homenageado em Princeton morreu em dezembro. Por fim, este blog apóia inteiramente o direito de Serra lutar com unhas e dentes por espaço e poder dentro do PSDB, mas que o faça à luz do dia e não na calada da noite, ameaçando deixar a legenda e fazendo reunião secreta com o inimigo. Leiam, abaixo, o que o Estadão publica hoje sobre as negociações e a ausência de Serra.
 
A presença do senador na capital paulista ocorre no momento em que Serra ameaça deixar o PSDB. Aliados do ex-governador reclamam da falta de espaço para o tucano no partido e chegaram a pleitear a presidência da legenda para ele - Aécio, porém, deve ser eleito o novo presidente nacional do PSDB em maio. Convidado para participar do encontro, o ex-governador foi para os Estados Unidos neste final de semana, alegando ter sido chamado "em cima da hora", segundo tucanos.
 
No discurso de hoje, o senador seguirá o tom das críticas ao governo petista, principalmente na área econômica. Também aproveitará o público interno para fazer uma sinalização em direção à unidade partidária. Falará da importância de São Paulo para o partido e tecerá elogios ao governador Geraldo Alckmin e a Serra.
 
Para mostrar força, Aécio deve chegar ao encontro acompanha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal avalista de sua candidatura a presidente no partido, de Alckmin e do presidente da legenda, deputado Sérgio Guerra (PE). "Aécio atribui a São Paulo e ao PSDB paulista uma grande importância. Não tem PSDB viável sem o firme apoio de São Paulo", afirmou Guerra. Questionado sobre a ausência de Serra no encontro, ele disse: "Seria melhor que ele estivesse, mas ele deve ter razões para ter ido viajar".
 
Alckmin cogitou desmarcar o evento ao ponderar a conveniência de Aécio vir a São Paulo num momento em que há divergência com Serra sobre a formação da nova direção do PSDB. Aécio e o ex-governador conversaram na semana passada, mas o encontro não teve resultado. Não houve sinalização concreta por parte de Aécio sobre participação do ex-governador no partido. Também não houve nenhum pedido por parte de Serra. A situação ficou como está: Aécio com domínio da estrutura partidária, e aliados de Serra falando em "rolo compressor".