É importante entender o drama de fim de ano nos EUA para evitar o
chamado "abismo fiscal" e como essa discussão pode ser útil ao Brasil. Hoje, é consenso que expansão no gasto público ou diminuição da
tributação geram aumento da atividade econômica. Quando o governo gasta
mais, expande a atividade. Quando arrecada menos e deixa mais recursos
ao setor privado, este também gasta mais e expande a atividade.
Essa conclusão agradou a muitos formuladores de política econômica e
gestores públicos. É interessante achar que não só se está gastando
mais, como se está contribuindo para elevar a atividade. O problema é
que, na medida em que se eleva o gasto e se diminui a arrecadação, esse
diferencial é coberto por empréstimos via emissão de títulos da dívida
pública.
Isso pode ser feito com facilidade, enquanto existirem investidores
dispostos a financiar o governo a taxas baixas. Mas, a partir de certo
momento, os juros começam a subir e, após certos níveis de
endividamento, os governos começam a perder capacidade de se financiar.
Já vivemos essa crise no Brasil e em outros países emergentes várias
vezes, e, hoje, a vemos na Grécia e em outros países europeus. É o
problema do país que atinge os limites do endividamento, já que a
solução de longo prazo passa a ser a redução da dívida pública, com
corte de gastos e mais impostos. No curto prazo, isso reduz a atividade e
pode reduzir a arrecadação. Dependendo da escala, gera ciclo vicioso,
como na Grécia O desafio ao país que ainda não atingiu essa fase dramática é tomar as
medidas certas para evitá-la. É onde se situa a discussão americana.
A questão dos EUA é como evitar que a dívida pública siga subindo na
velocidade das últimas décadas e comprometa sua capacidade de se
financiar. Com esse fim, medidas draconianas de aumento de impostos e
corte de gastos foram acordadas no Congresso para serem implementadas
automaticamente, na ausência de acordo para reequilibrar o Orçamento até
o fim de 2012. A conjunção dessas medidas levaria a uma curta recessão
econômica, o "abismo fiscal".
O resultado final trouxe um pouco para cada lado e não satisfez ninguém
completamente. Não prevê alta de impostos tão agressiva, como queriam os
democratas, nem corte de despesas substancial, como queriam os
republicanos. A lição é simples: no momento em que a dívida começa a crescer de forma a
sinalizar insustentabilidade no médio prazo, todas as soluções são
ruins.
A melhor solução para todos, e especialmente para o Brasil, é preservar a
disciplina fiscal duramente conquistada e manter a dívida pública
controlada para que não tenhamos de enfrentar esse dilema de Sofia
diante de muitos países.
Temos um estado inchado, caro demais.Todos sabem disso, mas poucos executam uma política austera nesse quesito.É vicio brasileiro, inchar o estado de apadrinhados, cumpanheiros, amantes, etc... Fora o desvio de recursos oficializado.
ResponderExcluirObservando o quadro brasileiro, podemos quase garantir que o Brasil será a Grécia dos anos 20.
ResponderExcluirO grande problema para o MUNDO, é que a Grécia é uma titica em termos de tamanho de economia e nós somos a 5/6ª economia mundial.
É aí que está o busilis...
Sr Coronel:
ResponderExcluirNenhuma nação sobrevive a rapinagem que o Brasil está sofrendo.O consórcio da base alugada é insaciável.
O pt perdeu, com a ganância de seus dirigentes,o momento histórico de dar um basta a tudo que está ai.
O seu jorge,aquele que gosta de dragões de fino trato,é um dos homens mais ricos do Brasil,os intelectuais descobriram um vagabundo e o fantasiaram de operário e chegamos onde chegamos
Saudações
cel,
ResponderExcluirO governo da anta se perdeu e esta decendo a ladeira, depois que demitiu Henrique Meirelles.
Coronel, lá nos EUA os dados reais estão em planilhas, os mercados sabem e preveem até quantos perdem emprego na semana e qual o déficit real.
ResponderExcluir-
Aqui em Banânia existe uma CORTINA DE BANANAS que obscurece a visão para dados confiáveis sobre os números da economia. A invenção do superávit nominal ( geração de caixa para pagar os juros da dívida ), mesmo no tempo de FHC que teve dados reais de déficit em proporção do PIB . Agora o abismo do déficit fiscal COBERTO COM UM ATERRO FEITO DE SALIVA DE MANTEGA e trucagens do BC e Ministério do Planejamento e enormes restos a pagar para este ano, impedem o mesmo recurso para o próximo ano para trucagem, se não for usado o déficit real será aumentado e a petralha não gostará.
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Seja qual for o endividamento e o custo de vida, se a Dilma quiser se reeleger e não um ditador fazer o dever de casa, ela precisará extinguir o conceito primário de superávit e primeiro o governo tem que colocar limite de déficit, algo como 3% do PIB ( em reais ) com metas a cada ano menores em 0,5% até o se ter o equilíbrio (nominal) obrigatório, superávit será muito bem-vindo e um pacote de cortes de gastos obrigatórios ( em cláusula pétrea da constituição ) e sem chance de fazer truques de saliva de mantega como agora.
*** Em 3 anos o custo de vida, a inflação vai cair para níveis de 1998 a 2000 ( 2% anuais ) e todos os preços livres e câmbio real.
O câmbio flutuante poderá em um ano ser restaurado com intervenção apenas se houver flutuações muito bruscas, sem alterar o rumo da taxa e ESTIMULAR O INVESTIMENTO PRIVADO NO PAÍS.
Dilma-Fé, LuLLarápio elegeu essa PresidAnta de 1.99, pra "enterrar" o Plano Real, a Responsbilidade Fiscal, o BNDES, a Petrobrás, enquanto enriquece com seus 21 mil comparsas daquela Organização Criminozzia {P/T}, 300 Picarettas do Sarney, pra ver se volta em 2014, como Salvador da Pátria outra veiz..
ResponderExcluirNa realidade, na matéria, ele não está falando dos EUA.
ResponderExcluirEstá é falando da errática e temerária política econômica da presidente atual.
E em tom crítico. Sem a bazófia salvacionista, auto-suficiente e arrogante, dos anos 2003/2010 e de 2011/2012.
No final, tudo o que ele fala que o Brasil precisa, existia no governo FHC e um pouco no governo posterior.
No governo atual acabou a meta de inflação, o superávit primário e o câmbio flutuante.
A economia poderá ter os problemas agravados antes das próximas eleições.