Lula: bola nas costas dos heróis de 58.

Do Blog do Cosme Rimolli, o desabafo de Djalma Santos em entrevista:

Blog: Como está a promessa da CBF de pagar plano médico e aposentadoria para os que ganharam a Copa de 58?

Djalma Santos: Pura promessa da CBF e do Lula. A gente foi, festejou, posou para foto. E nada. Nós não ganhávamos como os jogadores hoje em dia. Nós lutamos, fizemos tudo para conquistar a Copa. Foi a primeira vez que o Brasil foi campeão mundial. Foi uma festa danada. Falaram que nós éramos o orgulho da Nação. Só que já se passaram mais de 50 anos e não tivemos o reconhecimento. Festa não adianta. Tem gente morrendo, precisando de dinheiro. Só que o Lula, a CBF, o ministro dos Esportes, os clubes... Todos se esqueceram da gente. Não falo por mim. Falo por todos. Fico triste demais com esse assunto. Não era para ter tanto descaso, né?

Leia a entrevista completa.
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Em 26 de junho passado, Lula recebeu os atletas de 58 para inaugurar, no Palácio do Planalto, a exposição "Heróis de 58: as Chuteiras da Pátria". Algumas partes do discurso do presidente demagogo:

"Eu quero dizer para vocês o seguinte: eu pedi ao ministro Orlando, falei com o ministro do Planejamento. Por esses dias nós vamos apresentar uma proposta, Arlindo, ao Congresso Nacional, para a gente criar uma aposentadoria para que esses cidadãos, que são a cara do Brasil que vence, possam viver mais dignamente ou pelo menos serem respeitados por nós."

"Um País de 190 milhões não tem o direito de permitir que uns poucos que conseguiram enaltecer a alma da nossa gente ao mundo não mereçam o reconhecimento do Estado brasileiro. Então, nós vamos fazer essa reparação. O ministro Orlando e o Ministro do Planejamento vão me apresentar uma proposta e eu quero ver se a gente consegue resolver isso o mais rápido possível, porque não é sempre que a gente consegue produzir heróis. "

Oposição sem discurso.

"Faço esses comentários despretensiosos porque me preocupa o que possa vir a ocorrer no Brasil. A mídia e a sociedade cobram um discurso de oposição. Diz-se, e é certo, que ela deve unir-se se quiser vencer. Mas, que discurso fazer? O racional, da crítica ao desmanche das instituições, do enlameamento cotidiano da política, deveria ganhar mais vigor, dizem. O grito de Jarbas Vasconcelos estava parado no ar e sua entrevista em Veja deu-lhe um sopro de vida. Mas foi o próprio senador quem mostrou os limites desse tipo de protesto: o governo e o próprio presidente banalizaram o dá-cá-toma-lá. É como nos computadores quando se envia um e-mail e surge o aviso: a caixa está cheia. A caixa da revolta dos brasileiros contra o mau uso da política parece estar cheia. Temo que qualquer discurso “político” seja logo desqualificado pelos ouvintes.Quer isso dizer que as oposições devam silenciar sobre a perda de substância das instituições, sobre o clientelismo e a corrupção larvar, tudo com a leniência de quem manda? Não. Mas precisam inventar uma maneira de comunicar a indignação e as críticas que toque na alma das pessoas. Este é o enigma da mensagem política, de governo ou de oposição. Tanto o modelo-chacrinha como o do discurso de pregador chega à alma das pessoas. Não estou dizendo que a comunicação política se resolve pela supressão do discurso analítico. Isso seria rendermo-nos a ideia da política como mistificação (o que, aliás, não é o caso de Obama). Mas quando se dispõe de um ícone, como o Plano Real, por exemplo, ou quando o próprio candidato é um ícone, tudo fica mais fácil."

Trecho de artigo de Fernando Henrique Cardoso, publicado hoje nos principais jornais do país. Leia aqui na íntegra.

Pobrezinho do Zé Dirceu.

"Quero esclarecer que não se trata de pagar ou não pagar, é evidente que, se perco a ação, pagarei, com dificuldades mas pagarei".

Frase de José Dirceu - terrorista, guerrilheiro e seqüestrador anistiado; nominado como réu no processo do mensalão, onde é tratado como o chefe da sofisticada organização criminosa; ex-deputado cassado por quebra de decoro parlamentar - que teve a casa penhorada para pagar custas processuais de R$ 120 mil, após perder uma ação contra o governo Quércia, contra quem fez acusações mentirosas.

Bolsa-voto.

"Na verdade, o governo Lula estabeleceu uma série de programas sociais que estavam atrelados ao Fome Zero. Depois de dois anos essa marca foi, a meu ver, irresponsavelmente, mudada para o Bolsa Família. O Bolsa Família era um dos 60 programas do leque Fome Zero. Quando nós elaboramos o Fome Zero, a proposta era que cada família permanecesse na dependência do governo federal, no máximo, por dois anos. Fim dos dois anos, a família teria condições de produzir a sua própria renda. Era um programa emancipatório. Aí, alguns setores do governo descobriram que o Bolsa Família era um grande manancial de votos. Ou seja, melhor manter as famílias dependentes permanentemente do governo, que elas vão retribuir em votos. Daí se matou o Fome Zero e se valorizou o Bolsa Família, que eu não sou contra, mas é incompleto, imperfeito, insuficiente e assistencialista. Perdeu-se o caráter emancipatório para o caráter compensatório, em função de um projeto político, que não é a emancipação brasileira. Mas é a permanência no poder, na medida em que esses beneficiários do Bolsa Família trazem em contrapartida votos."

Leia aqui a entrevista completa do vermelhíssimo Frei Betto, concedida ao Congresso em Foco. Até ele, que criou o Fome Zero, reconhece que o Bolsa Família é um programa de compra de votos.

Ministrinho de quinta.

Tarso Genro, ministro da Justiça, agora afirma que os pugilistas cubanos são bem-vindos ao Brasil e que se quiserem refúgio conseguirão. Esta semana, em entrevista à imprensa mundial, os dois cubanos reafirmaram que foram obrigados a voltar para Havana na calada da noite, numa operação triangular entre Cuba, Venezuela e Brasil. Mesmo assim, o ministrinho de quinta, que no seu tempo de revolucionário fugia vestido de mulher, continua querendo negar que organizou um dos atos mais sujos da história recente do país.

O maior apoio.

A primeira dama Marisa Letícia tendo à sua esquerda a Rainha Sílvia da Suécia, na abertura do congresso.

A visita da Rainha Silvia, da Suécia, ao Brasil, para prestigiar o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado em novembro de 2008, no Rio de Janeiro, rendeu um excelente convênio de R$ 976.213,00 entre a Presidência da República e a World Childhood Foundation- WCF-Brasil, organização mundial mantida por ela. Deste valor, 52% foi aplicado em publicidade, outros 28% em gestão e administração e apenas 20% foi usado efetivamente em ações diretas. Casualmente, a Lew,Lara é parceira da WCF-Brasil e participa do seu Conselho Deliberativo, além de ser uma das principais agências de publicidade da Presidência da República, tendo faturado mais de R$ 23 milhões em 2008. Para quem tem boa memória, por ocasião do congresso, a primeira dama Marisa Letícia não discursou na abertura, mas deu uma rápida declaração à imprensa, onde dizia: " estou dando o maior apoio, também estão juntos o governo estadual e federal, queremos melhorar a situação da criança e do adolescente no Brasil". A rainha brasileira da Suécia agradece em nome das criancinhas pobres do seu país.

Respeito é bom.

Da Folha:

Em entrevista ao jornalista Jorge Oliveira, anteontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a Lei da Anistia foi aprovada pelo Congresso e deve ser respeitada. Oliveira está dirigindo um documentário sobre o operário Manoel Fiel Filho (1927-1976), que foi morto durante a ditadura militar. O filme será lançado em junho.Antes de entrevistar Lula, o jornalista disse ter estado com Frei Chico, irmão do presidente. No depoimento para o documentário, Frei Chico, que foi preso e torturado, criticou a Lei da Anistia, dizendo que os crimes de tortura deveriam ser julgados e não perdoados.Questionado por Oliveira sobre a posição do irmão, Lula disse entendê-la e respeitá-la, mas que a lei anistiou a todos e que o governo não tem como interferir. O presidente disse que cabe à Justiça qualquer decisão relacionada à ditadura.A Lei da Anistia (1979) criou um racha no governo Lula, colocando de um lado Casa Civil, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, favoráveis à punição dos torturadores, e de outro o Itamaraty, Ministério da Defesa e a AGU (Advocacia Geral da União), que defendem o perdão aos torturadores por entenderem que a lei é "ampla, geral e irrestrita".A polêmica ocorreu porque a AGU encaminhou ao Supremo Tribunal Federal parecer de defesa da União em processo, aberto a pedido do Ministério Público Federal, que pede a responsabilização dos militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel por desaparecimento, morte e tortura de 64 pessoas. A posição da AGU incomodou os ministros Tarso Genro, Dilma Rousseff e Paulo Vannuchi.

Yeda desmonta articulista da Folha.

Em carta aberta divulgada ontem, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), fez uma ampla defesa de sua gestão e criticou o colunista da Folha Fernando de Barros e Silva, também editor do caderno Brasil, por texto opinativo publicado na última segunda-feira, na página A2. Na sua peça, intitulada, "Carta Aberta ao Povo de Respeito", Yeda afirma que o colunista da Folha ultrapassou os "desejados limites de civilidade, de modo infundado, desnecessário e preconceituoso". O colunista comentava o mais recente capítulo da crise política do RS, que ganhou nova temperatura após a morte de Marcelo Cavalcante, ex-secretário de Yeda que havia sido demitido sob suspeita de corrupção, e de uma entrevista coletiva em que dirigentes do PSOL apontaram, sem exibir provas, a existência de áudios e vídeos que envolveriam a governadora e integrantes do primeiro escalão do governo em escândalos.

Leia a carta aqui.

Casa de papel.

Segundo o Painel da Folha, ao anunciar seu pacote habitacional, Lula fixará a meta de "contratar a construção de um milhão de casas", e não de entregá-las todas até o final de 2010 -o que os técnicos do governo já concluíram ser impossível. O discurso do governo dará ênfase à contratação. "As empresas levam até dois anos para entregar as casas. Nesse período, os empregos são gerados, e este é um dos objetivos do pacote", diz um auxiliar do presidente.
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É nestas horas que a incompetência da oposição fica flagrante. Será que um José Serra não tem um projeto habitacional que garanta a entrega de casas populares em seis meses? Será que no estado de São Paulo não existe um só modelo de eficiência implantado e com resultados? Será que teremos que aturar a candidata Dilma Rousseff convocando os governadores de oposição para o seu gabinete para ensiná-los a "contratar um milhão de casas em dois anos"? Não deveria ser o contrário? Não deveria ser José Serra a convocar a ministra para vir a São Paulo conhecer o melhor modelo do Brasil em projeto habitacional? Não deveria José Serra lançar, neste momento, um "Programa Bolsa Habitação", transformando-o em promessa de campanha? O site da Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo está cheio de projetos em andamento. Será que nenhum é melhor do que "contratar um milhão de casas em dois anos"?

Xô, seca-pimenteira!

Ontem Lula andou por Floripa para inaugurar uma linha de transmissão que já estava em funcionamento há dois meses. A capital havia passado um verão espetacular, não tinha faltado energia elétrica um só dia. Até ontem. Enquanto Lula fazia o discurso, a Nariz Gelado ficava do lado de fora da casa, sem conseguir abrir a porta da garagem. E na noite passada faltou luz, novamente. O homem é um pé-frio. Ou é um vampiro que suga para si toda a energia positiva à sua volta. Deve ter sido o que aconteceu ontem, na inauguração da linha de transmissão.

José Dirceu tem casa penhorada.

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a penhora de imóvel do chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, o guerrilheiro, seqüestrador e terrorista anistiado, além de ex-deputado cassado, José Dirceu, por causa de uma dívida judicial. O réu foi condenado, em segunda instância, a pagar custas processuais de ação popular que moveu -e perdeu- contra o governo Quércia (1987-1990). Com o fim da ação, o atual blogueiro e lobista José Dirceu foi condenado a arcar com os honorários de um perito contratado no caso. Em valores atualizados, deve cerca de R$ 120 mil ao perito. O advogado do ex-ministro rejeita esse valor. O perito em questão foi um dos elementos usados pela Justiça para apurar a denúncia de Dirceu, então deputado estadual. Ele questionava judicialmente uma compra de caminhões pelo governo do Estado. Leia mais aqui.

Quanta mentira!

Está gravado e filmado. Hoje, em Florianópolis, Dilma Rousseff mentiu deslavadamente ao afirmar que não apareceu como candidata à sucessão de Lula no encontro nacional de prefeitos organizado pelo governo. "Eu não abri a boca. Estava simplesmente presente", afirmou.
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Em 11 de fevereiro, todos os jornais publicaram a seguinte notícia:

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez um apelo aos prefeitos de todo o país, nesta quarta-feira, para que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sejam priorizadas. Em discurso de quase uma hora no Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, a uma plateia mais esvaziada de prefeitos do que na abertura do evento, nesta terça, quando mais de 3.500 pessoas se acotovelavam no local para ouvir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que pode cortar até o batom da Dilma, mas não as obras do PAC, a ministra listou os benefícios do programa, reiterando sua função anticrise por garantir a continuidade de investimentos e ter foco nos desequilíbrios regionais. - Eu peço que cada prefeito dê tratamento prioritário às obras do PAC - afirmou a ministra. Dilma, que deve disputar a Presidência em 2010, e já prepara uma agenda de pré-candidata, também esteve no encontro de prefeitos na terça-feira, acompanhando o presidente Lula, mas não discursou. O encontro desta quarta-feira foi o primeiro teste político da ministra junto aos prefeitos. Dilma sugeriu que em cada municipio onde há um obra do PAC seja criado uma equipe de monitoramento do andamento das obras, e que os prefeitos acelerem a liberação de medidas burocráticas (licenças, por exemplo) e que os turnos de trabalho sejam ampliados para três turnos (manhã, tarde e noite). - Quando acrescentamos obras no PAC cada município está trabalhando para minorar os efeitos da crise financeira. Além disso, o PAC prioriza a mão de obra local - afirmou a ministra. Dilma garantiu aos prefeitos que o governo federal está tomando todas as medidas necessárias para impedir que haja uma interrupção no ciclo de crescimento do país. - Vamos fazer todo esforço para impedir que essa crise não nos atinja da forma como ela está atingindo os países centrais. Temos bancos públicos que vão ter uma ação decisiva. Temos empresas que não foram privatizadas e que têm compromisso com o Brasil de assegurar emprego, renda e crescimento. A ministra concluiu ressaltando que os prefeitos e as prefeitas são os grandes parceiros do país. - Nós precisamos de vocês. O governo federal sabe que sem os municípios não fazemos política de qualidade na área de investimentos sociais - disse a ministra.

Gafe.

Em Florianópolis, hoje, Lula saiu com esta: "A Dilma, que é gaúcha, e costuma freqüentar muito a praia de Torres..." Dilma é mineira e, como diz a tradição, praia de mineiro é bar. Bar, Lula, uma da tarde...

CNA chama MST de movimento criminoso.

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, divulga nota alertando autoridades públicas para as 1.667 invasões de propriedades rurais nos últimos seis anos. Na nota, destaca a firmeza do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, ao afirmar que “cumpre com rigor e responsabilidade institucional seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito ao declarar que foge à lei a concessão de financiamento público a entidades que promovem invasões ilegais de propriedades públicas e privadas”. Leia a nota na íntegra.

Sobraram mãos.

Várias mãos descerraram a placa. Placa? Onde? O governador, a senadora, o presidente e a candidata retiram o pano sobre a "placa". O que uma ministra-chefe da Casa Civil tem mesmo a ver com a inauguração de uma linha de transmissão ao ponto de tirar o lugar do ministro das Minas e Energia? É ou não é campanha eleitoral?

"... A Dilma, que é gaúcha, e costuma freqüentar muito a praia de Torres, o Luiz Henrique poderia convidar a Dilma para passar três dias aqui, neste verão ainda, e fazer ela dar uma passadinha de helicóptero aqui por cima, para ela ver onde é que Deus pôs o dedo. Eu queria saber... Na divisão geográfica do Brasil teve um cara muito esperto e muito malandro porque deixou o Rio Grande do Sul grandão, o Paraná grandão, Santa Catarina pequenininha, mas dizem que os melhores perfumes estão nos pequenos frascos, e as melhores praias estão neste estado que é um dos menores da Federação. Por isso, Dilma, eu te aconselho a passar uns dois dias aqui. E digo mais: a casa de governo do estado, aqui, é uma casa para colocar inveja em qualquer presidente da República de qualquer país do mundo. Então, eu espero que ele te convide e que você aceite, para você saber por que eu estou falando bem do estado..."
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Trecho final do discurso de Lula, hoje, em Florianópolis, onde inaugurou uma obra que já está funcionando há dois meses. Malandramente, o presidente termina um discurso de 45 minutos como se estivesse "dialogando" com a sua candidata. Ele não tem um pingo de vergonha na cara.

Cortando as asinhas.

Conheça um pouco da biografia do juiz que mandou a Embraer suspender as demissões, segundo ele por "motivos econômicos" a partir do dia 19 de fevereiro , "assim como as que vierem a ocorrer sob igual forma ou justificativa até a data de audiência de conciliação" - marcada para a próxima quinta-feira. Os comentários serão filtrados com rigor.

O criminoso é o mordomo.

O petista Lula empossa o petista Toffoli, indicado pelo petista José Dirceu.

O site da AGU, Advogacia Geral da União, apresenta um vídeo sobre os 15 anos da instituição. Por ali passam Sepúlveda Pertence, Nelson Jobim, Gilmar Mendes e todos eles falam exatamente a mesma coisa: "a AGU defende o patrimônio do país"; "a AGU atua na defesa do dinheiro público"; "a AGU faz a defesa judicial do Estado brasileiro". Nem mesmo o petista Toffoli, atual ocupante do cargo, fala em qualquer lugar que caberia à AGU defender Lula e Dilma Rousseff de uma acusação de crime eleitoral. Se a denúncia da oposição é porque Lula e Dilma usaram quase R$ 3 milhões de diversos órgãos públicos, não seria esta a investigação a ser feita pelo Advogado Geral da União? Por que o Advogado Geral da União está defendendo os dois ocupantes, se a pena de ambos é o pagamento de multa a partir de recursos próprios? É uma inversão total de valores. O Advogado Geral da União defendendo que o dinheiro público seja utilizado para promover fins particulares. Se este país tivesse vergonha na cara, não seriam os partidos políticos de oposição a fazerem a denúncia contra Lula e Dilma. Seria o Advogado Geral da União.
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Assistam aqui o vídeo dos 15 anos da AGU e prestem muita atenção para o roteiro, totalmente construído para valorizar a defesa feita por Toffoli do uso de células-tronco para fins de pesquisa. Ele mesmo, o Advogado Geral da União, promove a si mesmo de forma subliminar em todo o vídeo, patrocinado por quem? Pelo Banco do Brasil.

Serra vira àlibi de Lula e Dilma.

A AGU (Advocacia Geral da União) sairá para o ataque contra os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), para defender a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no encontro nacional de prefeitos -- realizado em Brasília. Na defesa que será encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no processo movido pela oposição contra Lula e Dilma por campanha eleitoral antecipada, o ministro José Antônio Dias Toffoli (AGU) afirmará que Serra também promoveu evento semelhante em São Paulo -e que o encontro em Brasília contou com o apoio do governador do DF, que é da oposição. "[O] encontro nacional de prefeitos e prefeitas contou com a presença de gestores municipais também dos representantes, ou seja, do PSDB e do DEM. Ademais, na programação do evento, o governador do Distrito Federal, destaca-se, do DEM, acompanhou o presidente da República na abertura dos trabalhos", disse Toffoli. Leia mais aqui.
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A argumentação do advogado de Lula não resiste à réplica de um estagiário de quinto ano de direito. Lula pode reunir quantos prefeitos quiser, assim como Serra. O que não pode é usar um evento oficial para promover campanha eleitoral antecipada, com direito à foto na entrada, discurso, aplausos e reuniões paralelas onde Dilma foi ovacionada aos gritos de "Presidente!". E usando dinheiro público de estatais e de ministérios. Da mesma forma, o governador demo de Brasília, se soubesse que o evento teria conotação meramente política, não teria participado. Aliás, o governador se fazer presente na abertura dos trabalhos faz parte do protocolo de um evento deste porte. Ou vai recusar um convite do Presidente da República?

Toma lá, dá cá.

Depois de prometer construir 1 milhão de casas até 2010, Lula e Dilma resolveram transferir o problema para os governadores, pedindo que os mesmos dêem isenção de ICMS para materiais de construção. Sugestão para os governadores: exigir, em contrapartida, que o governo federal permita que o financiamento da casa própria seja integralmente abatido do IRRF. Em 2008, os pobres trabalhadores pagaram automática e antecipadamente R$ 92 bilhões, sendo restituídos de pouco mais de R$ 10 bilhões. Haveria, assim, uma injeção de mais de R$ 80 bilhões na construção civil, que permitiram construir em torno de 270 mil imóveis no valor de R$ 300 mil, atendendo a classe média que é quem sempre paga o preço da crise.

DEM gaúcho é uma vergonha.

O DEM unido com o PT não é novidade no Rio Grande do Sul. Foi o que aconteceu, por exemplo, em Canoas, uma das maiores cidades do estado nas últimas eleições municipais. O DEM elegeu um prefeito do PT. O que ninguém poderia imaginar é que o DEM se unisse ao PSOL para tentar derrubar a governadora Yeda Crusius, do PSDB, de quem Paulo Feijó, do DEM, é vice-governador. O próximo passo, quem sabe, será o DEM gaúcho unir-se ao PSTU ou ao PCdo B. São por atitudes imbecis como estas que o Democratas é apenas um PFL que perdeu o respeito por si mesmo.

Desmascarando Ingrid.

Os três americanos que foram mantidos reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante cinco anos e dividiram o cativeiro com a ex-candidata à presidência colombiana Íngrid Betancourt escreveram suas memórias sobre a experiência. E não pouparam críticas à companheira famosa.O livro sobre os 1.967 dias de sequestro dos homens que prestavam serviços para militares dos EUA na Colômbia é uma narrativa emocionante sobre sobrevivência, na qual descrevem a dor e a perseverança, o tempo passado na selva, as longas marchas, os riscos de um ataque do exército colombiano e o resgate. A revelação mais provocante de Out of Captivity (Fora do Cativeiro), porém, trata de Íngrid, sequestrada em 2002.Íngrid é descrita como arrogante e egocêntrica. Segundo os ex-colegas de cativeiro, ela costumava roubar comida de outros reféns e esconder livros. Ela teria ainda colocado a vida do trio em risco quando disse aos guerrilheiros que os americanos eram agentes da CIA. Leia mais aqui.

Papel aceita tudo.

Do Painel da Folha:

O grupo que dá os retoques finais no pacote habitacional a ser anunciado por Lula avisou o Palácio do Planalto: a meta de construir 1 milhão de casas até dezembro de 2010, esboçada em declarações extraoficiais, é ambiciosa demais para ser atingida. Segundo a equipe, a indústria de construção civil não tem "condições logísticas" de atingir tal ritmo.Diante desse diagnóstico, assessores de Lula estudam duas possibilidades: a) prometer fazer as casas num período "em torno de dois anos", o que incluiria o mandato do próximo presidente; b) simplesmente não mencionar prazo quando do anúncio das medidas. O pacote ainda não tem data para ser lançado.
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De um dia para o outro, Lula e Dilma resolveram pular de 500.000 para 1.000.000 de casas. Isto foi em 12 de fevereiro, faltavam 687 dias para o fim do governo e o blog fez as contas: teriam que entregar, a partir daquela data, 1.465 unidades/dia. O papel, assim como o povo burro, aceitam tudo.

Efeito Jarbas.

Lula preferiu distanciar-se do PMDB, pelo menos no dia de ontem, mandando cancelar a troca da diretoria financeira do Fundo Real Grandeza, de Furnas, que o ministro das Minas e Energia, Édson Lobão, capacho de José Sarney, pretendia realizar para botar a mão no bolo de R$ 7 bilhões em depósitos e patrimônio. Entre governabilidade e popularidade, Lula, como sempre, optou pela segunda. O "efeito Jarbas" atingiu em cheio o presidente da república.

Fora da lei?

É papel do Advogado Geral da União defender o Presidente da República e a Ministra-Chefe da Casa Civil em acusação de crime eleitoral? Sua função, ao que consta na lei, é defender a União junto ao STF, representando o Poder Executivo. Não foi o que ocorreu hoje. O ocupante do cargo, José Antônio Dias Toffoli, uma antiga indicação de José Dirceu que está cotado para ser o próximo ministro da Suprema Corte ungido por Lula, afirmou que há "total descabimento da ação" protocolada pela oposição em função de campanha eleitoral antecipada no evento com os prefeitos. Fica a questão: é papel da AGU defender Lula e Dilma dos seus supostos crimes?Leia mais aqui.

Cala a boca, Battisti.

Em carta enviada nesta quinta-feira, 26, aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o terrorista Cesare Battisti, que obteve o status de refugiado político do governo brasileiro, faz sua defesa e afirma que, pela primeira vez depois de 30 anos, terá oportunidade de ser ouvido "plenamente" pela alta Corte do País. Coube ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ler a carta de Battisti na tribuna do Senado. O italiano disse que nunca teve a oportunidade de se defender em seu próprio País, onde é acusado de praticar quatro crimes. "Nunca um juiz ou um policial me fez uma só pergunta sobre os homicídios cometidos pelo grupo ao qual pertencia, os Proletários Armados pelo Comunismo (PAC)", relatou. Leia aqui.
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É insustentável a situação do assassino terrorista. A sua linha de argumentação é uma piada. Primeiro, quer fazer a defesa dos seus crimes no Brasil. Não tem cabimento, pois os seus crimes forem cometidos na Itália. O bandido também sustenta que não teve direito de defesa. Óbvio, fugiu depois de cometer os crimes e foi condenado à revelia, a partir de fartas provas testemunhais. Só mesmo um imbecil como Eduardo Suplicy seria capaz de se prestar a um papel tão ridículo, no dia em que o Parlamento italiano aprovou por unanimidade uma moção pedindo a revogação do refúgio concedido a Battisti.

Unanimidade pela extradição de Battisti.

Esquerda, direita, centro, comunistas, fascistas, liberais, antes de tudo, italianos. A Câmara dos Deputados da Itália aprovou nesta quinta-feira por unanimidade, com 413 votos a favor, uma moção que pede a intervenção do governo italiano para obter do Brasil a revogação do refúgio político dado ao ex-ativista Cesare Battisti. Por consequência, a Câmara quer a extradição do italiano. O debate que precedeu a votação em plenário foi protagonizado pelos deputados do Partido Democrata, de oposição, Giovanni Bachelet e Olga D'Antona, ambos familiares de vítimas de lutas políticas travadas no país. Leia mais aqui.

Intimados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) já receberam a notificação do ministro Arnaldo Versiani para que apresentem, se quiserem, defesa na representação do DEM e PSDB por propaganda eleitoral antecipada, segundo informou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O despacho de Versiani foi assinado na última quinta-feira. Com a notificação em mãos, Lula e Dilma têm 48 horas para apresentar a defesa. Leia mais aqui.

Telhado de vidro.

O carro-fantasma de Luciana Genro(PSOL-RS) estacionado na frente do palácio do vice-governador Paulo Feijó (DEM-RS). Os dois estão unidos na tentativa de derrubar a governadora para favorecer o pai dela, ministro Tarso Genro, que almeja ao governo do Rio Grande em 2010.

Do Blog do Políbio Braga:

Já somam R$ 27 mil as multas aplicadas contra o proprietário do Ford Mondeo, placa IGC 1008, usado pela deputada Luciana Genro na sua campanha eleitoral e para seus deslocamentos no RS.O Detran não consegue cassar a carteira do motorista porque o motorista (também dono do carro) está morto há cinco anos. O Contran manda transferir a propriedade de carros de pessoas mortas. O prazo para isto é de dois anos.

Oposição paraguaia barra Venezuela.

Se depender da oposição paraguaia, a Venezuela não será aceita no Mercosul. O senador liberal Alfredo Luiz Jaeggli afirma que Hugo Chávez “não é um democrata" e, por isso, não há como permitir que a Venezuela ingresse no bloco. Assegurou que o projeto em questão não vai ter a maioria qualificada requerida para estes casos. “Lhe asseguro que não vão ter. Meu voto e de cinco liberais é para não apoiar o ingresso sob nenhuma hipótese". Leia mais aqui.

Recessão gigante.

O prejuízo de U$ 31 bilhões da GM é equivalente ao preço de venda de 3.100.000 automóveis Celta, que custam em média U$ 10.000. A empresa produz 200.000 Celta por ano no Brasil. Teria que entregar a produção de mais de 15 anos apenas para pagar o prejuízo. Alguém tem dúvida que esta será a recessão mais brutal que o mundo já conheceu?

Hillary dá duro recado ao Brasil.

Por mais que Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, lá de baixo da sua arrogância venha para a imprensa dizer que fez mil exigências ao governo americano, o relato é outro. Recebeu de Hillary Clinton o duro recado sobre o "Caso Goldman", como está sendo chamado pelos americanos, que exigiu rápidas definições para a repatriação do menino Sean Goldman, filho de David Goldman e da brasileira Bruna Bianchi Ribeiro.

PT dança para PMDB no senado.

Já está praticamente certo. Será o PT a pagar a conta pelos sete votos do PTB no senado, ao abrir mão da Comissão de Infra-Estrutura para o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello(PTB-AL). Quem sai perdendo é a senadora Ideli Salvatti(PT-SC) que vai de líder do partido na casa para uma irrelevante cadeira no plenário. A briga por cargos está paralisando os trabalhos do senado, que ainda não disse a que veio em 2009, em plena crise mundial. Leia mais aqui.

Tudo a Temer.

A cúpula do PMDB da Câmara já decidiu: quem estará no comando do partido na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o deputado Michel Temer (SP). A notícia agrada aos tucanos que querem a candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra. Eles veem em Temer não só um interlocutor confiável, como um aliado que pode ter papel estratégico em 2010, ajudando a ampliar o número de serristas no PMDB. Afinal, é em São Paulo que a aliança dos sonhos do tucanato, unindo PSDB, PMDB, DEM e PPS, está feita. "Não há a menor possibilidade de o PMDB interromper o mandato de Michel Temer à frente do partido. Ele fica na cadeira de presidente até março de 2010", disse o líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Depois desse prazo, seria "reconduzido" a mais um mandato. "Não só fica, como é candidato natural à reeleição", disse Alves. Leia mais aqui.

PMDB arma novo mensalão em Furnas.

A pressão do PMDB para trocar o comando da Fundação Real Grandeza, que gere um patrimônio de R$ 6,3 bilhões - em abril de 2008, eram R$ 7,2 bilhões - em recursos previdenciários dos trabalhadores e aposentados de Furnas Centrais Elétricas, pode provocar uma greve de grandes proporções na maior geradora de energia do país. Unidos aos aposentados, os funcionários da empresa, reunidos em 20 bases sindicais, são contrários à mudança no fundo de pensão, que deve ser proposta hoje em reunião extraordinária do conselho administrativo.Estão programadas paralisações a partir das 7h30 de hoje no Rio, em Minas e São Paulo, além de uma grande manifestação de funcionários e aposentados. Apesar de o PMDB negar a pressão por mudanças, o presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, distribuiu carta aos funcionários na última sexta-feira revelando a intenção de mudar a diretoria do fundo de pensão, sob alegação de que havia sido uma "orientação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão". Em 2005, o fundo de Furnas esteve no epicentro do mensalão. Leia mais aqui.

ABIN x ABIN.

Da Folha:

O oficial de inteligência Nery Kluwe, ex-presidente da Asbin (Associação dos Servidores da Abin), vai ajuizar na Justiça Federal em Brasília, na próxima terça-feira, nova ação popular pedindo que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) restitua aos cofres públicos os R$ 381 mil gastos na Operação Satiagraha, coordenada pela Polícia Federal.Kluwe argumenta que houve desvio de finalidade da agência ao atuar com a PF na investigação que apura crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. Uma primeira ação, com a mesma finalidade, foi apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas indeferida neste mês pelo ministro Ricardo Lewandowski, que considerou o tribunal "incompetente para processar e julgar ação constitucional".O araponga vai pedir também que o delegado Paulo Lacerda, ex-diretor da Abin, seja responsabilizado com o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Jorge Felix, e o atual diretor da agência, Wilson Trezza.Se a Justiça acolher a ação, ganhará força a tese da defesa de Dantas, de que a Abin teria cooperado de forma irregular com a PF realizando escutas telefônicas. O Ministério Público defende que os cerca de 80 agentes atuaram dentro da lei e que as provas colhidas não podem ser anuladas.

Peleguismo.

Do Painel da Folha:

As demissões na Embraer, que levaram Lula a se encontrar ontem com a direção da empresa, desencadearam um tiroteio no mundo sindical. Presidente da Conlutas, à qual é filiado o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, José Maria de Almeida acusa o presidente da CUT, Artur Henrique, de ter dormido sobre a notícia dos 4.200 cortes. "Ele estava na reunião em que Lula foi informado, quatro dias antes do anúncio, e não nos avisou", diz Almeida. "Foi mais leal ao governo do que aos trabalhadores."Procurado, Artur Henrique não se manifestou. A CUT luta na Justiça para rachar a base dos metalúrgicos em São José, criando uma nova entidade exclusiva para os trabalhadores do setor aéreo.

Amorim bate ponto em Washington.

Hoje foi o dia de Hillary Clinton convocar os ministros das Relações Exteriores latino-americanos para entregar o péssimo relatório sobre a situação dos direitos humanos no continente. Além de Jaime Bermúdez, chanceler da Colômbia, também recebeu Celso Amorim. Enquanto Hillary registrava a "penca" de diplomatas recebidos hoje em simpáticas fotografias, o nosso ministro distribuiu um press release onde relatou os "extraordinários" resultados da visita.

Relatório critica governo Lula.

O documento publicado hoje pelo Departamento de Estado ressalta que existe no Brasil respeito a vários direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos - como o de liberdade de religião e de reunião. Mas diz que ainda há violações em muitos outros setores. A parte reservada aos abusos por parte das autoridades policiais e carcerárias é uma das mais extensas, e dá exemplos de abusos diversos. As alegações do Departamento de Estado são semelhantes às incluídas no relatório relativo ao ano de 2007, que destacava que, em 2007, a polícia brasileira esteve envolvida em assassinatos praticados por esquadrões da morte. Em outros trechos, o Departamento de Estado lista exemplos de crimes cometidos contra mulheres e crianças e destaca que "discriminação de raça, gênero, status social, contra deficientes, contra mulheres, afro-brasileiros, homossexuais e indígenas continua existindo". Outro problema apontado pelo relatório é a corrupção. De acordo com o Departamento de Estado, apesar da lei brasileira prever penalidades para autoridades corruptas, "o governo não implementa a lei de forma efetiva, e autoridades frequentemente praticam a corrupção com impunidade". Leia mais aqui.

Relatório critica referendos.

Um relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em todo o mundo, divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, critica o uso de referendos na América Latina, dizendo que houve situações em que eles foram usados para prejudicar a democracia."Em alguns casos, governos têm usado processos democráticos, como referendos constitucionais, para seguir com políticas que poderiam ameaçar liberdades democráticas e instituições, reduzir checagens e balanços ou consolidar o poder executivo", diz o documento, referente ao ano de 2008. Nos últimos meses, três países sul-americanos - Venezuela, Bolívia e Equador - realizaram referendos. Leia mais aqui.

Beija-flor e o beijo da morte.

A Beija-Flor do pé-frio perdeu o carnaval do Rio. Deu Salgueiro. Na foto, Lula "abençoando" o Neguinho.

Governo comete crime ao financiar MST.

Em meio à onda de invasões de terras deflagrada por movimentos sociais em São Paulo e Pernambuco, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, disse nesta quarta-feira que o financiamento dos movimentos que promovem invasões com recursos públicos também é crime com sanções previstas na legislação brasileira. Ao classificar as invasões de terras públicas e privadas de "ilegais", Mendes disse que o governo não pode disponibilizar seus recursos para qualquer entidade ligada a invasões --sob pena de ser responsabilizado por esses atos. "Há uma lei que proíbe o governo de subsidiar esse tipo de movimento. Dinheiro público para quem comete ilícito é também uma ilicitude. Aí a responsabilidade é de quem subsidia", afirmou. Leia mais aqui.

Lula, pelego outra vez.

A diretoria da Embraer se reúne nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as mais de 4.000 demissões anunciadas pela empresa em consequência da crise econômica internacional. O governo tenta reverter as demissões para evitar que a crise traga impactos diretos aos trabalhadores. Na semana passada, Lula se mostrou indignado com as demissões ao lembrar que a empresa teve uma capitalização por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) --e, por esse motivo, deveria ter prevenido o governo sobre as demissões. Leia aqui.
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Pelas leis universais do peleguismo, o pelego jamais pode parecer pelego. Portanto, a tendência é que ao final da reunião o pelego apresente algum tipo de vantagem que, pelo menos, livra a sua cara.

MST desrespeita Ministério Público.

De Zero Hora:

Contrariando a decisão do Ministério Público tomada no dia 17, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manterá em funcionamento as escolas itinerantes em acampamentos no Interior do Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Dionilso Marcon, ligado ao MST, a manutenção das aulas tentaria evitar que os alunos perdessem o ano.– Não vai ter vaga nas outras escolas. E, se as famílias forem assentadas fora do local onde estão, os alunos terão dificuldades de se adaptar.Apesar do término do convênio do Estado com a entidade que contrata os professores, o deputado garante que as aulas continuarão sendo ministradas.– Falei com um professor hoje que me confirmou que vai trabalhar mesmo sem receber.

Jarbas prepara novas denúncias.

Do Blog do Josias:

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) parece mesmo decidido a tornar-se um personagem incômodo no Congresso. Para evitar que o alarido das baterias amorteça as declarações que sacudiram Brasília na fase pré-carnavalesca, o senador decidiu subir à tribuna do Senado. Prepara um discurso azedo. Pretende detalhar as perversões que desvirtuam a ação dos partidos políticos. Práticas que arranhou em entrevista veiculada há dez dias.Para Jarbas, não se deve permitir que o Carnaval funcione como anestésico contra um debate que considera “urgente e inevitável”. O senador trata a corrupção como “um tumor”, que precisa ser “lancetado”. No discurso, pretende ultrapassar as fronteiras do PMDB.

Mercosul agoniza.

As barreiras comerciais impostas pela Argentina, aliadas à forte queda na compra de veículos fabricados no Brasil, têm um impacto na balança comercial brasileira mais intenso do que o que a crise internacional vem provocando nos demais mercados para onde o Brasil exporta. Em janeiro deste ano, as vendas externas brasileiras foram US$ 3,5 bilhões menores que as do mesmo mês do ano passado. Mais de 40% desse recuo (US$ 1,4 bilhão) é atribuído à América Latina. Para a Argentina foi exportado, em dólares, a metade do valor de janeiro de 2008. O desempenho das exportações por região foi compilado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com dados do Ministério do Desenvolvimento e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).De acordo com o estudo, a América Latina mais o Caribe formavam o maior mercado de destino de produtos brasileiros (em valores), com 27,13% de participação em janeiro do ano passado. Essa fatia recuou para 21,99% no mês passado. Com isso, os latinos foram ultrapassados pela União Europeia (UE) na lista de mercados da pauta comercial brasileira. Leia aqui.

Trem da alegria.

Do Painel da Folha:

A criação de uma estatal para cuidar do trem-bala Rio-São Paulo, um dos mais vistosos projetos do PAC, tornou-se objeto de disputa na base do governo. O PR questiona a necessidade da nova empresa e pressiona para que a obra, orçada em R$ 11 bilhões e com conclusão prevista para 2014, fique a cargo da Valec, que supervisiona o sistema ferroviário e está nas mãos do partido. "Criar outra estrutura para quê?", pergunta o líder na Câmara, Sandro Mabel (GO).Já o PT não apenas defende a nova estatal como reivindica seu comando. A sigla alega que ela seria enxuta e responsável por assegurar a transferência de tecnologia dos investidores estrangeiros.

Rombo ou roubo?

Editorial da Folha:

FORAM DIVULGADOS os números ambiciosos para a candidatura brasileira a país-sede dos Jogos Olímpicos de 2016 -o evento seria realizado no Rio de Janeiro. Em dossiê de 538 páginas, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, anunciou investimentos de R$ 28,8 bilhões.Há aspectos que favorecem a candidatura brasileira. O país já está organizando a Copa de 2014. Também sediou de maneira bem-sucedida o Pan-2007. Para compreender as reais chances, no entanto -o Comitê Olímpico Internacional dará seu veredicto em outubro-, é necessário comparar a candidatura carioca com suas principais concorrentes. Aí começam os problemas.Em dólares, o custo do projeto brasileiro chega a 14,42 bilhões, o mais alto entre as quatro candidatas. É mais do que o dobro do que os seus concorrentes precisam investir. Chicago, Madri e Tóquio projetam orçamentos de, respectivamente, US$ 4,82 bilhões, US$ 6,13 bilhões e US$ 6,42 bilhões.Tal disparidade é justificada pela necessidade de pesados investimentos para a cidade. A previsão é que 80% do montante -R$ 23,2 bilhões- seja gasto apenas com infraestrutura e serviços públicos.A previsão bilionária de investimentos suscita muitas dúvidas. O orçamento é quase oito vezes maior do que o valor gasto com o Pan-2007. Nesse evento, houve notório desencontro entre o planejado e o executado. Orçado em R$ 409 milhões, o Pan custou R$ 3,7 bilhões -mais de nove vezes além do previsto.Os gastos do comitê organizador -excluindo a infraestrutura- são estimados em R$ 5,6 bilhões. Desse montante, 31% deve vir do COI e de seus patrocinadores, 45% da iniciativa privada e 24% das três esferas de governo. Há dúvidas sobre a gestão desses recursos, dada a falta de transparência nos gastos do Pan-2007.
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A Folha de São Paulo é bondosa no seu editorial, pois até o presente momento o TCU não recebeu as informações das estatais e as contas simplesmente não fecham. Cadeia é pouco para o que fizeram no Pan 2007.

Lula e Tarso: aguarda-se o mea-culpa.

Agora que ficou mais do que provado que os boxeadores cubanos foram mandados à força para fora do Brasil, em operação ilegal, imoral e inconstitucional, bem que Lula e Tarso Genro poderiam solicitar uma retribuição do favor criminoso que fizeram à Fidel Castro. Um pequeno favor. Um favor humanitário. Solicitar ao ditador que liberte as famílias de Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que finalmente conseguiram fugir da ilha-prisão.Enviar um jatinho da FAB para apanhar esposas e filhos em Havana e, em seguida, rumar para Miami para promover o reencontro de todos com a liberdade que um Presidente e um ministro da Justiça ajudaram a roubar. Hoje, novamente, os dois boxeadores desmentem Lula e Tarso Genro em matéria no Estadão.

E não fugiu vestido de mulher...

Farah, a esposa de Guillermo, o boxeador que finalmente alcança a liberdade.

Guillermo Rigondeaux, o boxeador cubano extraditado do Brasil por Lula e Tarso Genro, a pedido de Fidel Castro e com apoio logístico de Hugo Chávez, saiu de casa no fim de janeiro dizendo que visitaria a mãe, em Santiago de Cuba. Nunca mais voltou. A história foi contada por sua mulher, Farah Colina, em entrevista divulgada nesta terça-feira pela agência Associated Press, em Havana. "Ele teve de fazer isso", afirmou, emocionada. Guillermo, o filho, ainda é criança e pouco entende o que se passa com o pai. Mas o apoio familiar não vai faltar, apesar da distância. Farah Colina não diz abertamente, mas o grande objetivo de Rigondeaux é voltar a reunir-se com ela e com o garoto num futuro próximo. Quer tirá-los de Cuba, onde diz que a vida está longe de ser a ideal."Ele vai superar tudo isso, sofreu muito aqui nos últimos dois anos", comentou Farah, confiante em uma reviravolta na vida do marido. "Tenho certeza de que ele terá força para se levantar como atleta e como pessoa." O mais importante: ao contrário de Tarso Genro, o cubano não fugiu vestido de mulher. Leia mais aqui.

Mais de 100 bancos quebrando nos EUA.

O número de falências no setor bancário dos Estados Unidos deve crescer em mais de quatro vezes neste ano, com a chegada de novos recursos para os órgãos federais lidarem com bancos insolventes e com a postura mais agressiva do governo Barack Obama quanto a projeções ruins de alguns bancos.Analistas e participantes do setor dizem que a contínua deterioração das condições de crédito deve ser o principal motivo por trás da disparada no número de falências, mas decisões do governo também podem aumentar as cifras."Eu acho que as pessoas ficaram surpresas por não ter havido mais no ano passado, e eu acho que isso tem mais a ver com as condições do Federal Deposit Insurance Corp (FDIC, órgão do governo dos EUA) do que com a qualidade dos bancos", disse Richard Eckman, diretor do setor de serviços financeiros da empresa de advocacia Pepper Hamilton.O FDIC fechou 25 bancos no ano passado e, somente nas sete primeiras semanas de 2009, 14 bancos quebraram. Nesse ritmo, o FDIC vai fechar mais de cem instituições em 2009. Leia mais aqui.

Ô, catso!

Da Folha Online:

Um italiano homossexual fará uma operação para trocar de sexo e entrar para um convento como freira, apesar de não ter o apoio da Igreja Católica. "Marco", 45, sempre sonhou com a mudança e contará com a ajuda da Casapound Itália, associação de promoção da justiça social. O italiano mora nas proximidades de Roma e planeja realizar seu "sonho" em maio, mas terá de entrar em um convento de um país do Norte da Europa. "Falei com o sacerdote da minha paróquia, mas me deparei com um muro de borracha. Com o bispo foi pior, mas recebi ajuda posteriormente", comentou o italiano, em referência à associação. O porta-voz da Casapound Itália, Massimo Carletti, afirma estar disposto a tornar realidade o sonho de Marco. "Todos os homens e mulheres deveriam ser iguais e ter as mesmas chances. Ele conta com nossa simpatia e a única culpa é a de ter uma ambição. 'Marco' tem muitas virtudes e um forte ideal cristão, justamente o que a Igreja quer lhe negar", afirma Carletti.

Campanha da Fraternidade 2009.


O tema da Campanha da Fraternidade, que será lançada amanhã, é Fraternidade e Segurança Pública. Ataca o foro privilegiado, a prisão especial e as imunidades, que na maioria das vezes burlam a lei e fomentam os crimes contra a ética, a economia e a gestão pública. É, também, o despertar da igreja católica para o submundo das cadeias e penitenciárias, dominado pelas igrejas evangélicas. Leia mais aqui.

Ditabranda.

O editorial abaixo, da Folha de São Paulo, publicado em 17 de fevereiro, vem causando espécie junto à esquerda brasileira, gerando respostas furibundas de terroristas, guerrilheiros, assaltantes de bancos e, principalmente, da "cumpanherada" pendurada nas tetas da "vaca brasilis". Basta andar pelos blogs chapa-branca e vocês verão até o maluco do megafone propondo mais um protesto de duas dezenas de inimigos da liberdade de imprensa...Dizem que até uma reunião entre os "blogueiros de prestígio" está sendo marcada para contestar o jornal. Gente do tipo do mascate que deu calote no BNDES, do anão de recados da telecom e do repórter demitido da Globo...Segue o texto do editorial:

O rolo compressor do bonapartismo chavista destruiu mais um pilar do sistema de pesos e contrapesos que caracteriza a democracia. Na Venezuela, os governantes, a começar do presidente da República, estão autorizados a concorrer a quantas reeleições seguidas desejarem.Hugo Chávez venceu o referendo de domingo, a segunda tentativa de dinamitar os limites a sua permanência no poder. Como na consulta do final de 2007, a votação de anteontem revelou um país dividido. Desta vez, contudo, a discreta maioria (54,9%) favoreceu o projeto presidencial de aproximar-se do recorde de mando do ditador Fidel Castro.Outra diferença em relação ao referendo de 2007 é que Chávez, agora vitorioso, não está disposto a reapresentar a consulta popular. Agiria desse modo apenas em caso de nova derrota. Tamanha margem de arbítrio para manipular as regras do jogo é típica de regimes autoritários compelidos a satisfazer o público doméstico, e o externo, com certo nível de competição eleitoral.Mas, se as chamadas "ditabrandas" -caso do Brasil entre 1964 e 1985- partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça-, o novo autoritarismo latino-americano, inaugurado por Alberto Fujimori no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente.Em dez anos de poder, Hugo Chávez submeteu, pouco a pouco, o Legislativo e o Judiciário aos desígnios da Presidência. Fechou o círculo de mando ao impor-se à PDVSA, a gigante estatal do petróleo.A inabilidade inicial da oposição, que em 2002 patrocinou um golpe de Estado fracassado contra Chávez e depois boicotou eleições, abriu caminho para a marcha autoritária; as receitas extraordinárias do petróleo a impulsionaram. Como num populismo de manual, o dinheiro fluiu copiosamente para as ações sociais do presidente, garantindo-lhe a base de sustentação.Nada de novo, porém, foi produzido na economia da Venezuela, tampouco na sua teia de instituições políticas; Chávez apenas a fragilizou ao concentrar poder. A política e a economia naquele país continuam simplórias -e expostas às oscilações cíclicas do preço do petróleo.O parasitismo exercido por Chávez nas finanças do petróleo e do Estado foi tão profundo que a inflação disparou na Venezuela antes mesmo da vertiginosa inversão no preço do combustível. Com a reviravolta na cotação, restam ao governo populista poucos recursos para evitar uma queda sensível e rápida no nível de consumo dos venezuelanos.Nesse contexto, e diante de uma oposição revigorada e ativa, é provável que o conforto de Hugo Chávez diminua bastante daqui para a frente, a despeito da vitória de domingo.

A própria Folha de São Paulo, hoje, através do editor Fernando de Barros Silva, reposicionou-se sobre o tema, com o seguinte artigo:

Certamente não é a primeira vez que um colunista da casa diverge de uma posição expressa pelo jornal em editorial.Mas é a primeira vez que este colunista se sente compelido a tornar pública sua discordância, inclusive em nome do que aprendeu durante 20 anos nesta Folha.O mundo mudou um bocado, mas "ditabranda" é demais.O argumento de que, comparada a outras instaladas na América Latina, a ditadura brasileira apresentou "níveis baixos de violência política e institucional" parece servir, hoje, para atenuar a percepção dos danos daquele regime de exceção, e não para compreendê-lo melhor.O que pretende ser um avanço analítico parece, mais do que um erro, um sintoma de regressão.Algumas matam mais, outras menos, mas toda ditadura é igualmente repugnante. Devemos agora contar cadáveres para medir níveis de afabilidade ou criar algum ranking entre regimes bárbaros?Por essa lógica, chega-se à conclusão absurda de que o holocausto nazista não passou de um "genolight" perto do extermínio de 20 milhões promovido por Stálin.Ora, se é verdade que o aparelho repressivo brasileiro produziu menos vítimas do que o chileno ou o argentino, isso se deu porque a esquerda armada daqui era menos organizada e foi mais facilmente dizimada, não porque nossos militares tenham sido "brandos".Quando a tortura se transforma em política de Estado, como de fato ocorreu após o AI-5, o que se tem é a "ditadura escancarada", para falar como Elio Gaspari. Seria um equívoco de mau gosto associar qualquer tipo de "brandura" até mesmo ao que Gaspari chamou de "ditadura envergonhada", quando o regime, entre 64 e 68, ainda convivia com clarões de liberdade, circunscritos à cultura.Brandos ou duros, o fato é que os regimes autoritários só mobilizam a indignação de grande parte da esquerda quando não vêm acompanhados da retórica igualitarista.Muitos intelectuais se assanham agora com a tirania por etapas que Chávez vai impondo à Venezuela sob a gosma ideológica da revolução bolivariana. Isso para não lembrar o fascínio que o regime moribundo mas terrível de Fidel Castro ainda exerce sobre figurões e figurinhas da esquerda nativa.É bem sintomático, aliás, que, ao protestar contra a "ditabranda" em carta à Folha, o professor Fábio Konder Comparato, guardião do "devido respeito à pessoa humana", tenha condenado os autores do neologismo a ficar "de joelhos em praça pública" para "pedir perdão ao povo brasileiro".Que coisa. Era assim, obrigando suas vítimas a ajoelhar em praça pública, submetendo-as à autêntica "tortura chinesa", que a polícia política maoísta punia desvios ideológicos durante a Revolução Cultural. Quem sabe, como a "ditabranda", seja só um palpite infeliz.

Maconha free.

O Wall Street Journal publicou ontem um artigo assinado pelos ex-presidentes do Brasil, da Colômbia e do México, respectivamente Fernando Henrique Cardoso, César Gavíria e Ernesto Zedillo, com o título " A Guerra às Drogas é um Fracasso", repercutindo as conclusões da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida há poucos dias atrás no Rio de Janeiro, que defendeu a descriminalização da maconha sob o argumento de que isso já vem sendo feito em muitos países. Paralelamente a isto, um tribunal argentino absolveu um casal que tinha quatro pés de maconha plantados em casa, alegando que cultivar para uso pessoal não é crime. O assunto vai para a Corte Suprema do país que está prestes a tomar uma decisão definitiva sobre o assunto, com tendência a descriminalizar o uso da maconha.

Simon quer uma "limpa" no PMDB.

"O PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais". Com esta frase o senador Pedro Simon, do Rio Grande do Sul, definiu para O TEMPO(Minas Gerais) como acredita que vai ser o processo de escolha do seu partido entre os pré-candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), ministra da Casa Civil, e José Serra (PSDB), governador de São Paulo. O peemedebista decidiu abrir o jogo e contou sua versão sobre o funcionamento da legenda que ajudou a fundar, em 1966. Simon afirma que seu partido passa por uma situação difícil, principalmente, porque tem como presidente o grupo ligado a Temer. Ele defendeu uma saída em massa da legenda daqueles que hoje têm o poder dentro do meio peemedebista. "O PMDB poderia fazer uma limpa", afirmou o senador. "Isto que estamos passando é uma vergonha", lamentou o Simon. Ele acredita que ainda é possível reverter o quadro com um movimento de mudança oriundo das bases. "Impossível não é. As bases pensam como nós", disse. Leia mais aqui.

Bastidores da Sapucaí.

Da coluna de Mônica Bérgamo:

Susana Vieira, cercada por nove seguranças, caminha pelo corredor paralelo à pista dos desfiles, logo depois de se apresentar na avenida. "Susana! Eu sou Marcelo, mas sou gente boa!", grita um "fã" que diz ter o mesmo nome do ex-marido da atriz, morto no fim do ano passado. "Que conversa é essa, rapaz!", revida um dos seguranças. Susana, nem te ligo. Segue abraçando as fãs. "Eu vi o presidente Lula [na Sapucaí]. Fiz um coração para ele [com os dedos] na avenida", diz a estrela, para logo emendar uma revelação bombástica: "Ele [Lula] já me cantou!".

Como é que é? A atriz conserta. "Quer dizer, me cantou, não!". Susana diz que, ao encontrar Lula numa solenidade em Brasília, ele a abraçou "assim [faz sinal de aperto com os braços] e falou: "Minha atriz favorita! Minha senhora do destino! Levei 30 anos para te conhecer!'". E Susana: "E eu, presidente, levei 30 anos votando no senhor".

Na Sapucaí, o presidente Lula estava no camarote do governador Sérgio Cabral, do Rio, "blindado" contra a imprensa e os penetras. Ali só entravam ministros e amigos como os ex-governadores petistas Zeca do PT (MS) e Jorge Viana (AC), o cardiologista Roberto Kalil -e também Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, que deu uma passadinha. Uísque Black Label, garrafas e mais garrafas de Moët Chandon Brut Imperial e vinho chileno Don Melchor animavam a galera.

Dona Marisa surpreendeu pela animação. "Deu um trabalhão!", diz um segurança. A primeira-dama foi quatro vezes à pista. Beijou bandeiras, sambou numa das frisas e até deu goles em copos de cerveja, cercada por amigos para que não fosse fotografada com a bebida. "Eu estou aqui por causa do Neguinho da Beija-Flor. Ele é meu amigo, um companheiro", dizia Marisa.

Coração aberto, dona Marisa teve um longo papo reservado com o prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ), do Rio, que mais uma vez pediu a ela desculpas por ter falado mal de Lulinha, um dos filhos do casal presidencial, na época da CPI do mensalão. "Ganhei o Carnaval! Tô feliz da vida", disse Paes depois da conversa.

Nocaute técnico em Tarso Genro.

O boxeador cubano Guillermo Rigondeaux, um dos boxeadores que tentou desertar durante o Pan de 2007, no Rio, e por conta disso foi excluído da seleção, chegou em Miami, com o objetivo de recomeçar sua carreira profissional. Campeão mundial e olímpico, Rigondeaux já se encontrou com os boxeadores Yuriorkis Gamboa, Erislandy Lara e Odlanier Solís, segundo informações de Luis de Cubas, representante da Arena Box Promotions nos Estados Unidos. Ele não passou detalhes de quando e como Rigondeaux chegou em Miami. "Somos promotores dele", disse Cubas, confirmando que a Arena Box Promotion cuidará da carreira de Rigondeaux. A empresa confirmou que ele treinará com Gamboa, Lara e Solis. Rigondeaux tentou desertar junto de Lara durante o Pan do Rio. Eles estiveram desaparecidos durante 11 dias e foram encontrados pela polícia em Cabo Frio, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, e devolvidos a Cuba. Segundo Tarso Genro, ministro da Justiça, os boxeadores se entregaram à polícia e pediram para voltar à ilha-prisão de Fidel. Depois do "retorno voluntário", feito na calada da noite e longe da imprensa, em jatinho emprestado por Hugo Chávez, ele foi condenado ao ostracismo pelas autoridades cubanas, que o deixaram de fora da equipe dos Jogos Olímpicos de Pequim. Desde a primeira tentativa de deserção, jamais subiu novamente a um ringue. Com a palavra, o ministro mentiroso.

Se beber, não dirija.

Lula, ontem, na Marquês do Sapucaí.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira, durante o "Café com o Presidente", que os brasileiros bebam com responsabilidade e não dirijam no Carnaval. Ele disse que a fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal vai ser "mais dura" neste feriado prolongado. "Não estamos querendo que as pessoas não bebam. Se quiserem beber, que bebam com responsabilidade e não dirijam. É isso que nós queremos. Que as pessoas bebam socialmente, o suficiente para se divertir e nunca para ficar violento e nunca para pegar no volante bêbado", afirmou. Lula lembrou que 9.600 agentes vão fiscalizar os cerca de 62 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o país. Ao todo, 700 bafômetros farão parte do esquema -40% a mais do que na Operação Carnaval do ano passado. A Polícia Rodoviária Federal conta ainda com 2.000 viaturas de policiamento e de resgate, seis helicópteros, 500 radares e 1.000 computadores de mão. "Estou dando esses dados para que ninguém diga que não foi avisado. Quero que todo mundo brinque o Carnaval, mas quero que todo mundo também assuma responsabilidade." (Da Folha Online)

O PSDB é um fracasso.

"O que nós precisamos é aprender a fazer oposição. Temos sido um fracasso neste quesito".

Senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB.

Os tucanos estão começando a se organizar para montar um projeto para 2011. A frase acima é um resumo do fracasso do partido, depois que saiu do poder. Um fracasso que pode ser conhecido nesta matéria do Estadão, onde os tucanos revelam em detalhes como vão tentar eleger o presidente em 2010. Sabem qual é uma das estratégias? Pedir que seja aberta a caixa-preta da Petrobras. Lula vai responder que a caixa-preta dobrou a produção, achou o pré-sal e por aí vai. E que, novamente, querem privatizar a estatal. Os tucanos deveriam abrir o cofre da Dilma Rousseff e o caixa-dois do PT. Mas eles são um fracasso também no quesito coragem.

Lulin tem uma só cauda.

O cometa Lulin, esverdeado, rápido, vindo de longe, circulando no sentido oposto ao dos planetas e com duas caudas, poderá ser visto no céu com brilho máximo na madrugada de hoje para amanhã, com ajuda de binóculos. Vale a pena: ele não deve voltar por aqui nos próximos milhões de anos.Já era possível ver o Lulin aumentando o seu brilho no céu havia alguns dias, mas ele atinge agora a sua aproximação máxima com a Terra. Estará a cerca de 60 milhões de quilômetros, menos de metade da distância entre a Terra e o Sol.Para observar o astro errante no seu momento mais luminoso, será necessário estar em um lugar com céu limpo e longe das luzes da cidade. Quem olha da Terra para o Lulin, então, vê duas caudas. Mas Tasso Napoleão, diretor da Rede de Astronomia Observacional, diz que, no caso de Lulin, é apenas "uma ilusão de ótica, uma questão de ângulo". "A cauda, na verdade, é uma só", completa. (com informações da FSP)

Guerrilha rural.

Da Folha:

Um confronto envolvendo seguranças de uma fazenda e integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) resultou na morte de quatro homens -todos funcionários da propriedade rural. O crime ocorreu anteontem, em São Joaquim do Monte, a 134 km de Recife.Dois suspeitos de participação nas mortes foram presos em um acampamento do movimento montado em frente à fazenda. Outros dois sem-terra ainda estão sendo procurados. Um deles estaria ferido. Os donos da fazenda não foram encontrados ontem pela Folha.Segundo o delegado da cidade, Luciano Francisco Soares, o confronto ocorreu às 15h de sábado durante uma tentativa de reinvasão da fazenda Consulta, de onde os lavradores haviam sido despejados há 15 dias por determinação da Justiça. Cerca de 80 trabalhadores rurais participaram da ação. Segundo o delegado, cinco seguranças da fazenda reagiram à invasão e houve troca de tiros.Dois funcionários da fazenda morreram durante o embate. Outros dois, segundo o delegado, foram perseguidos e mortos pelos sem-terra longe do local do conflito. Um segurança e dois lavradores fugiram e estão sendo procurados.Foram presos os agricultores Paulo Alves Cursino, 62, e Aluciano Ferreira dos Santos, 31, líder do acampamento. Nenhuma arma foi encontrada.Em depoimento em Bezerros (PE), Santos disse que a briga começou quando um segurança lhe deu um soco na boca, após discussão sobre um suposto vídeo feito pelo MST no despejo. As cenas mostrariam os funcionários armados.O líder do acampamento negou ter participado do tiroteio. Disse que só viu um integrante do movimento armado, Romero Severino da Silva, o foragido que se feriu. A polícia apurou que ele se medicou em um hospital de Agrestina e sumiu.O outro suspeito preso também negou participação nos crimes. O delegado diz que ele distribuiu as armas aos lavradores, versão confirmada por uma testemunha, que também viu dois seguranças armados.Ainda de acordo com o delegado, após o confronto todas as armas foram recolhidas pelos sem-terra e levadas em um Corsa. Os suspeitos, autuados em flagrante sob acusação de homicídio qualificado, podem ser condenados a penas de 12 a 30 anos de reclusão.O líder do MST, Jaime Amorim, disse que os sem-terra só agiram em "defesa do acampamento". Segundo ele, "pistoleiros armados" ligados à fazenda fizeram três investidas contra os lavradores para "tentar matar todo mundo": "Eram 15 pistoleiros armados com pistolas e espingardas", disse Amorim."Eles tentaram desalojar o pessoal do acampamento Jaboticaba e depois atacaram o acampamento Consulta." Disse que os acampados se defenderam usando "armas de caça" que têm para se alimentar. "Se não reagíssemos, estaríamos hoje enterrando os nossos".

Amarelô, ô, ô...

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Marisa Letícia, chegaram ao sambódromo do Rio por volta das 21h40 deste domingo para acompanhar os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial. Quando entraram na Sapucaí, a Império Serrano -escola que abriu a noite- já desfilava. Lula e Marisa seguiram para o camarote do governo do Estado. O presidente foi convidado para ser padrinho do intérprete Neguinho da Beija-Flor, que se casará minutos antes do desfile da escola de samba. No entanto, informações preliminares apontam que ele não deve aceitar o convite devido à dificuldade de atravessar o sambódromo -a cerimônia acontecerá na concentração da Sapucaí.

No pó da estrada.

Do Blog da Juliana Wosgraus, Diário Catarinense, postado às 21:01:

Quem está agora mesmo curtindo a festa no P12, em Jurerê Internacional, é o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, com a namorada, Letícia Weber, gaúcha, mas radicada em Floripa. Agora passa mais tempo em Belo Horizonte. Mas vem sempre com o namorado curtir a cidade e a família dela.

Dono da bola.

Aécio Neves parece aquele menino fútil e egoísta, dono da bola, que escala os times, determina as regras e as suas mudanças durante o jogo e, quando contrariado, ameaça pegar a pelota e ir pra casa, melando a partida. Garoto arrogante este Aécio. Em 2002, quando o candidato tucano era Serra, Aécio virou governador no primeiro turno, com 57,7% dos votos. Serra fez apenas 22,8% no primeiro e 33,5% dos votos no segundo turno nas Minas Gerais. Em 2006, com Alckmin, Aécio também se reelegeu no primeiro turno, com a espetacular preferência de 77,0% dos mineiros. O tucano Alckmin, no primeiro turno, fez 40,6% e sabem o que aconteceu no segundo? Caiu para 34,8% entre os mineiros! Lula, nas suas duas eleições, abocanhou 66,5% e 65,2% dos votos em Minas Gerais. Agora Aécio quer ser o candidato tucano porque Minas é fundamental para que um presidente seja eleito. Não é. Se Aécio conseguir fazer a mesma votação de 2006, livrará apenas 3 milhões de votos sobre Lula. E não podemos esquecer que Alckmin perdeu as eleições por uma diferença de mais de 20 milhões de votos. Aécio deveria se recolher à sua insignificância, petulância e arrogância. Se com Serra a eleição é difícil, com Aécio é impossível.

Atacada por skinheads suiços no Bola Preta.

Esta vem do Nosso Blog Tá na Rua que cobre os blocos carnavalescos no Rio. A fantasia impagável apareceu no Bola Preta.


De volta para casa.

Da Folha de São Paulo:

Até 2008, estimava-se que cerca de 320 mil viviam no Japão. Os brasileiros constituem a terceira maior comunidade estrangeira no Japão, atrás de China e Coreia do Sul.A migração começou há 30 anos, quando o Brasil vivia contração, e o Japão, boom econômico. A situação se inverteu.A maioria dos brasileiros trabalha na indústria automobilística e na de eletrônicos -as mais afetadas pela crise- e em regime de trabalho temporário -o primeiro a ser afetado em períodos de instabilidade.Desde outubro de 2008, 25 mil clientes do Banco do Brasil no Japão (20% do total) transferiram a residência de sua conta bancária para o Brasil. A partir desse dado, o gerente regional do BB para a Ásia, Admilson Monteiro Garcia, estima que entre 40 mil e 50 mil brasileiros -incluindo correntista, cônjuge e filhos- já retornaram ao Brasil. Segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), os decasséguis enviam para cá US$ 2,2 bilhões por ano.O vice-cônsul em Tóquio, Marcos Torres, diz que, antes da crise, havia uma "reserva de mercado" para estrangeiros, o que incluía ofícios mais "pesados". "Com a crise, os japoneses estão pegando tudo, porque o desemprego é grande. Uma das primeiras coisas que estão exigindo é que falem japonês."Garcia diz que um setor que ainda tem espaço para a mão-de-obra brasileira é a lavoura, mas os decasséguis brasileiros não querem essas vagas. "Eram pessoas de classe média no Brasil e, quando vieram para cá, já se sentiam fazendo trabalho não muito nobre. Preferem voltar ao Brasil a enfrentar trabalho como esse", afirma.A maioria dos desempregados que desejam retornar ao Brasil, porém, não o consegue por falta de dinheiro, diz o ex-decasségui Wilson Yamaguti, demitido de uma fábrica de cerâmica em dezembro e de volta ao Paraná desde janeiro. Como em muitos casos a moradia está vinculada ao emprego, muitos brasileiros chegaram a virar moradores de rua, relatam decasséguis ainda no Japão.Um dos que continuam por lá é o sansei (neto de japonês) Márcio Silva, 34, que trabalhava havia três anos em uma fabricante de pneus em Shiga quando foi demitido, no Natal.A jornada de 12 horas diárias e seis dias por semana tinha um objetivo: comprar uma casa e voltar para o Brasil. Agora, Silva vive do seguro-desemprego e do salário da noiva, que já cumpre aviso prévio. "Se a gente não conseguir nada no prazo do seguro, vai ter de ir embora."

Faz sentido.

Do Painel da Folha:

Enquanto Aécio Neves põe lenha na fogueira das prévias, uma parcela do PSDB discute outra saída para o dilema de 2010: deixar o governador de Minas à vontade para cumprir a ameaça velada de abandonar o partido. Embora gere controvérsia mesmo entre serristas, tal ideia é ouvida com cada vez mais frequência.Mas e se ele disputar por outra sigla? Os defensores da solução radical dão de ombros. Não acreditam que Aécio venha a ser o candidato de Lula. Nem que consiga unir o PMDB. No máximo, concedem que poderia virar vice de Dilma Rousseff. Mas e o risco de Serra perder os votos de Minas, segundo colégio eleitoral do país? Aí admitem que há um problema. Argumentam, porém, que o problema existirá de qualquer forma se não for Aécio o candidato tucano.Resumo da ópera, segundo um apoiador de José Serra: "O Aécio não trabalhou pelo candidato do PSDB a presidente nem em 2002 nem em 2006. A menos que o escolhido seja ele, em 2010 não será diferente".

Bolsa-família: beco sem saída.

Anunciado em agosto do ano passado, às vésperas das eleições municipais, o plano do governo para qualificar profissionalmente beneficiários do Bolsa-Família - e facilitar seu ingresso no mercado de trabalho - ainda não decolou. O pior para o governo, porém, é que os entraves na pista de decolagem aumentam. O mais visível deles? A mudança da conjuntura econômica - idealizado quando a economia efervescia, o plano de qualificação enfrenta agora um cenário desfavorável, de encolhimento do mercado de trabalho. Mas não é só. As autoridades foram surpreendidas também pelo desinteresse das pessoas convidadas para os cursos profissionalizantes.No ano passado, o Ministério do Desenvolvimento Social selecionou 370 mil pessoas - com mais de 18 anos e a 4ª série do ensino fundamental concluída - e enviou-lhes uma cartinha. Nela apresentava o chamado Plano Setorial de Qualificação e as convidava a participar. O retorno foi fraco: só 5% mostraram interesse. Leia mais aqui.

Sapo e perereca.


A marchinha mais tocada no carnaval 2009.

Irreconhecível.

Do Blog do Jamildo:

Carol Carvalho conta que Dilma, na sua chegada à Avenida Guararapes, pouco falou com as pessoas. Deve ser por ser desconhecida. Já Eduardo e João Paulo foram muito acionados. Eduardo pedia a todo tempo que as meninas tivessem juízo.
Ou seja, Dilma falhou em seu primeiro teste de popularidade.
No camarote do governo do Estado, muita gente, a ministra está dando até autográfo, ao lado de João da Costa.
De vez em quando, ela dá uma balançadinha e aplaude, levanta os braços. Mas é muito tímida.
Quando passou a Frevioca, com a ministra já dentro do camarote, o locutor do trio fez saudações ao governador e ao prefeito, um de cada lado da ministra.
Possivelmente sem saber quem era, o carinha ignorou a mãe do PAC, Programa de Aparelhamento do Carnaval.
Sérgio Leite, diretor do bloco, quando percebeu a gafe, foi ao locutor e pediu que Dilma fosse mencionada.
Feito.

Cara de um, fochinho do outro.

Hugo Chávez reconheceu ontem, pela primera vez desde que iniciou a crise financeira internacional, que para a Venezuela "é duro e difícil" o panorama econômico atual devido à queda do preço do petróleo, que está sendo deixando pela "metade" as receitas nacionais esperados para este ano. "O preço do petróleo venezuelano está muito baixo, ao redor dos 36 dólares, e em nosso orçamento nacional está previsto em 60 dólares o barril", declarou Chávez em um ato público. Mesmo assim, Chávez garantiu que a crise "afeta a todo mundo e a Venezuela também". No entanto, esclareceu que as "missões" são sagradas. "Porém tenho dito e vou cumprir: não vamos reduzir o orçamento do gasto social"! Até bem pouco tempo, Chávez afirmava que a Venezuela estava "blindada" contra a crise. Não é a cara de um e o focinho do outro?

Sucesso de público.

Nas ruas do Recife,no desfile do Galo da Madrugada, o casal observa a passagem da comitiva do governador:

" Olha ali, nêgo, é a Dona Marisa Letícia..."

" Que nada, muié, é a Marta Suplicy!"

A cirurgia plástica feita no final do ano, segundo Dilma Rousseff, é um "sucesso de público". Até agora ninguém a reconheceu.

FAT, Fundo de Assalto ao Trabalhador.

Uma manobra do ministro Carlos Lupi (Trabalho) ateou fogo no Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador). Criado para gerir as verbas do FAT, cujo patrimônio atual passa de R$ 158 bilhões, o conselho tem composição tripartite. Interam-no quatro repesentantes do governo, quatro das centrais sindicais e quatro de organizações patronais. Governo, trabalhadores e patrões revezam-se na presidência. A dança de cadeiras ocorre a cada dois anos.Em agosto, o novo presidente virá dos emprésários. O ministro assistente do Paulinho da Força Sindical quer acabar com o rodízio e transformar o FAT em Fundo de Assalto ao Trabalhador. Leia no Josias.

Cuidado, carta-bomba.

O italiano Cesare Battisti está escrevendo uma carta endereçada aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na qual garante que, apesar de ter usado armas nos anos 70, nunca matou ninguém. Condenado à prisão perpétua na Itália, acusado de quatro homicídios, Battisti dirá na carta de próprio punho - marcada pelo tom emocional - que sua maior preocupação, nas ações do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), era montar uma estratégia para não ferir as vítimas. Leia mais aqui.

Desemprego vai a 8,2%.

O mercado de trabalho metropolitano, que parecia protegido da crise até dezembro, iniciou o ano sob os efeitos nefastos da turbulência econômica. A taxa de desemprego subiu para 8,2% em janeiro, ante 6,8% em dezembro. O número de desocupados aumentou 20,6%, a maior variação desde o início da série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2002. Em um mês, cresceu em 323 mil o número de desempregados nas seis principais regiões metropolitanas do País. Segundo o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo, o aumento do desemprego de dezembro para janeiro foi "assustador" e reflete um "cenário econômico conturbado". "Nem na época da recessão de 2003 houve um aumento no número de desocupados dessa magnitude. Foi um janeiro diferente, mais cruel." Leia mais aqui.

Falsa indignação.

Da Folha:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva(aquele mesmo que se disse "surpreso" e "indignado") sabia desde segunda-feira que a Embraer anunciaria uma grande demissão no seu quadro de pessoal.Anteontem, quando a empresa de aviação oficializou o corte de 4.200 funcionários, Lula se disse indignado, segundo relato do presidente da CUT, Artur Henrique, e comunicou que convocaria uma reunião com ministros para tentar reverter as demissões.Na segunda-feira, numa reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, na sede do Banco do Brasil em São Paulo, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, antecipou aos demais participantes que a situação da Embraer, por depender muito do mercado externo, era complicada por conta da crise internacional e que haveria "expressivas demissões".Estavam na reunião o ministro José Múcio (Relações Institucionais), o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, os presidentes do Banco do Brasil e da CEF (Caixa Econômica Federal), Antônio de Lima Neto e Maria Fernanda Coelho, além de Henrique, da CUT, entre outros.Na própria segunda-feira, Coutinho informou a Lula sobre as demissões na Embraer. Procurado pela Folha, o BNDES, por meio da assessoria, disse que Coutinho não se manifestaria sobre o assunto. O Palácio do Planalto também não se manifestou sobre o caso.Na reunião do Conselhão, convocada para debater meios de aumentar a oferta de crédito no país, Coutinho disse que a Embraer alegou cancelamentos de pedidos de encomendas de avião para fazer um ajuste entre receita e despesa.Coutinho teria dito também que o banco estudava uma forma de estimular as vendas da Embraer para companhias aéreas nacionais, como modo de compensar o encolhimento do mercado externo.

TRE cassa fundo partidário do PT-SP.

Os aloprados vão ter que arranjar outra fonte de pagamentos, o que não é lá muito difícil. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) suspendeu hoje a transferência das cotas do fundo partidário referentes a 2009 ao diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) da capital paulista. A corte reprovou as contas do diretório paulistano referentes à campanha eleitoral de 2004. O PT municipal não apresentou recibos eleitorais que comprovam cerca de R$ 1,3 milhão (7,4% do total arrecadado pelo comitê) em doações recebidas. A legenda também é acusada de não declarar impostos e taxas de campanha, que juntos totalizam R$ 433 mil, e de não comprovar parte dos valores relativos à propaganda e à publicidade, no montante de R$ 49 mil.

Até quando Lula vai tapar sol com peneira?

Da Agência Estado:

Com o aumento das despesas de 23,46% e uma queda nas receitas de 2,67% o superávit primário do governo central (contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central) foi de apenas R$ 4,251 bilhões em janeiro. O resultado equivale a 1,75% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit primário não leva em conta as despesas com o pagamento de juros.Em janeiro de 2008 o superávit do governo central havia sido de R$ 15,362 bilhões, o que equivalia a 6,75% do PIB. Segundo os dados divulgados hoje, o Tesouro Nacional registrou um superávit de R$ 10,612 bilhões no mês passado, enquanto a Previdência Social teve déficit de R$ 6,337 bilhões. O BC também teve um resultado negativo em janeiro, de R$ 23,6 milhões.O impacto da crise financeira internacional na receita do governo contribuiu para a redução do superávit primário das contas do governo central em janeiro. As receitas brutas caíram R$ 2,6 bilhões em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado.O governo fez uma série de desonerações tributárias para enfrentar a crise no final do ano passado e início deste ano, o que acarretou na diminuição da arrecadação. Além disso, as despesas do governo aumentaram. As despesas de janeiro deste ano com pessoal cresceram 31,22% em relação a janeiro do ano passado.Os gastos com investimentos no mês de janeiro somaram R$ 1,493 bilhão. O valor representa um aumento de R$ 231,6 milhões em relação a janeiro de 2008. Os ministérios que mais investiram foram dos Transportes, Ciência e Tecnologia, Defesa, Desenvolvimento Social e Combate à Fome.As despesas com o Projeto Piloto de Investimento (PPI) totalizaram R$ 285,2 milhões em janeiro; 23,6% a mais em relação a janeiro do ano passado, quando foram desembolsados R$ 230,6 milhões.